Os Vírus Mais Mortais do Mundo
Publicado: 28/03/2023
Publicado: 28/03/2023
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Vírus Mais Mortais do Mundo. Diversas doenças virais estão presentes no nosso dia a dia, podendo ser uma simples gripe ou alguma infecção mais grave. Existem vírus que podem ser letais para os seres humanos, ou seja, podem levar o paciente infectado a óbito.
A letalidade desses vírus pode variar dependendo de uma série de fatores, como por exemplo a capacidade de se espalhar rapidamente, a taxa de mortalidade, a disponibilidade de tratamentos médicos e a imunidade da população afetada. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre quais são os 10 vírus mais mortais do mundo.
A maioria dos vírus letais existentes são classificados como zoonoses, ou seja, doenças que naturalmente possuem como hospedeiros alguns tipos de animais, que podem infectar acidentalmente o ser humano.
Esses hospedeiros naturais servem como uma espécie de reservatório para um agente infeccioso, seja ele um vírus, bactéria ou parasita, por longos períodos de tempo, sem que o mesmo adoeça.
Os vírus da encefalite transmitidos por artrópodes E um grupo de vírus pertencentes várias famílias, Flaviviridae, Togaviridae, Bunyaviridae e Reoviridae transmitidas por meio de picadas de um artrópode infectado, geralmente um mosquito ou uma espécie de carrapato.
Cada um desses vírus podem levar o paciente infectado a desenvolver quadros de meningite ou meningoencefalite, quadro de inflamação do cérebro.
Além disso, a infecção pode trazer complicações como sequelas graves e até mesmo o óbito.
Vindo da mesma família do vírus Ebola, a infecção por Marburg em humanos começou quando primatas não humanos infectados foram inadvertidamente importados de Uganda para a Alemanha e a Iugoslávia em 1967. Desde então, este vírus vem causando vários surtos em países na África Central e oriental.
O principal reservatório natural deste vírus são os morcegos que comem fruta. Eles podem permanecer infectados por muito tempo sem adoecer, excretando o vírus em fluidos orais e vaginais.
A principal forma de transmissão entre os humanos ocorre da mesma forma que o vírus Ebola, ou seja, pelo contato direto com o sangue e outros fluidos corporais de um paciente infectado.
Em pacientes que evoluem com o quadro de hemorragia a taxa de letalidade do vírus é de 88%.
Apesar de existir em todas as partes do globo terrestre, o hantavirus faz referência ao nome do rio onde soldados americanos contraíram a primeira infecção pelo vírus ainda durante a guerra da Coreia em 1950.
O reservatório natural principal para esse tipo de vírus são os roedores e morcegos. No entanto, dependendo da subespécie viral pode existir em vários tipos de mamíferos. O hantavírus é excretado pela urina, fezes ou saliva dos animais hospedeiros e infecta o ser humano por meio da via respiratória por gotículas aerossóis.
Diferente de outras infecções, o hantavírus não pode ser disseminado entre humanos, ou seja, o contato com pessoas contaminadas não é perigoso. Existem mais de 30 subtipos em todo mundo e pelo menos 12 são capazes de causar doenças em humanos. A taxa de mortalidade do vírus é de aproximadamente 38%.
A gripe aviária é causada pelo vírus da Influenza A e pode ter vários subtipos, como o H5N1 e H7N9. Apesar de afetar principalmente as aves, também pode ser transmitida aos seres humanos.
Para que a infecção ocorra, uma pessoa precisa estar em contato próximo com aves infectadas, como por exemplo, durante o abate, depenagem e até mesmo no preparo das aves para consumo.
Já a infecção entre humanos ocorre por meio das vias respiratórias ou pelo contato direto com secreções respiratórias, olhos ou saliva.
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Em certos casos o paciente pode não desenvolver nenhum sintoma, o que chamamos de infecção assintomática. Em outros, pode haver a existência de sintomas bem localizados como conjuntivite, doença respiratória superior não complicada como sinusite à pneumonia fulminante com falência de múltiplos órgãos como rins, fígado coração, meningite e sangramento generalizado.
A taxa de mortalidade para aqueles casos considerados graves ou complicados pode chegar a até 70%.
A Mammarenavirose compreende um grupo de vírus emergentes encontrados especialmente em países da américa do sul causadores de quadros de febre hemorrágica entre os quais o vírus causador da:
Identificado pela primeira vez em humanos em 2003 na Bolívia, mais precisamente na região de Chapare, que fica a Oeste de Cochabamba, esse vírus é transmitido especialmente pelo roedor andes. Os sintomas mais comuns são febre alta, dores musculares, dor de cabeça, náusea, vômito e diarreia. Em casos graves, a doença pode progredir para insuficiência renal, problemas respiratórios e hemorragias.
A febre hemorrágica argentina é endêmica em países como Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, sendo transmitida pelo roedor Calomys Laucha. A doença pode causar inflamação dos tecidos e é caracterizada por sintomas como febre, mal-estar, dores musculares e hemorragias, podendo levar a infecção generalizada, sendo essa fatal em cerca de 20% dos casos.
Causador da febre hemorrágica boliviana, o vírus encontrado em roedores, pode ser transmitido de humano para humano. A doença é caracterizada por sintomas como febre, dores musculares, vômitos e diarréia, bem como hemorragias. A taxa de mortalidade pode chegar a 30% em casos graves.
É o principal causador da chamada febre hemorrágica brasileira. A transmissão acontece por meio do contato com roedores silvestres, a partir da urina, das fezes e da saliva desses hospedeiros naturais. Os principais sintomas da infecção incluem febre, dor de cabeça, dor muscular, náusea, vômito e diarreia. Com o tempo, a doença pode progredir para sangramentos, icterícia, insuficiência renal e outras complicações graves. A taxa de mortalidade pode ser alta, variando de 15% a 30% dependendo do vírus causador.
Identificada pela primeira vez na Nigéria em 1969, a infecção viral é considerada endêmica na região do oeste da África. Esse tipo de vírus é tão perigoso que está classificado como um agente de bioterrorismo de categoria A.
O reservatório animal é o roedor “rato multi mamífero” – pesquisadores acreditam que 15% dos roedores da Nigéria são portadores desse vírus. A transmissão para humanos ocorre por contato com urina e fezes de roedores infectados. A disseminação do vírus entre humanos é feita por meio do contato direto com sangue, urina, fezes ou outras secreções corporais de um indivíduo infectado.
A vantagem é que acredita-se que apenas as pessoas com sintomas, consigam transmitir a doença. Está descrito também a transmissão entre seres humanos pela via sexual de pessoas convalescentes.
Os principais sintomas da condição podem variar enormemente. Em alguns casos começam inespecíficos como na grande maiorias das infecções por vírus, nesse caso o paciente pode se queixar de um quadro de faringite, tosse, náusea, vômito, diarreia, mialgias, dor torácica retroesternal, dor nas costas e dor abdominal. Ao progredir a doença, o paciente pode apresentar inchaço dentro do pulmões, sangramentos pela boca, nariz, vagina, trato gastrointestinal, insuficiência renal, meningite com quadro neurológico severo.
Arboviruses nada mais são do que vírus transmitidos por mosquitos. Aqui no Brasil, nós temos uma espécie versátil que consegue se infectar com vários vírus ao mesmo tempo. O chamado Aedes Aegypti pode disseminar doenças como a Febre amarela, zika, chikungunya e dengue.
Entre estas, podemos dizer que a primeira e a última são consideradas como tendo o vírus mais letal. Em sua forma hemorrágica, a letalidade da Dengue chega em média a 5%.
Populações como crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas ou imunodeprimidos possuem maior risco de evoluir para óbito em caso de dengue hemorrágica.
Esse tipo de dengue começa a se apresentar como o quadro clássico e inespecífico de febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, rash cutâneo, dores musculares, cansaço, etc. No entanto, após alguns dias, o quadro evolui com piora e o paciente passa a se queixar de dor abdominal intensa e contínua, bem como vômitos persistentes, pele fria, e úmida, sangramento pelo nariz, boca, gengivas, hematomas ou sangramentos na pele, choque hipovolêmico pelo sangramento e finalmente a morte.
Quem já pegou dengue uma vez tem maior risco de ter dengue hemorrágica caso se infecte novamente por um diferente subtipo da dengue.
Para saber mais sobre a Dengue, clique aqui
Atualmente temos apenas febre amarela de transmissão silvestre, onde os mosquitos transmissores da doença são de dois gêneros diferentes: Haemagogus e Sabethes.
Eles vivem apenas em áreas de mata, na copa das árvores e se alimentam de sangue. Por isso os macacos são alvos fáceis. O ser humano nesse caso é um hospedeiro acidental, ou seja, o vírus não precisa do ser humano para se perpetuar, o ser humano é picado pelo mosquito ao entrar em seu habitat.
O quadro clínico da pessoa infectada varia de leve a grave, quadros leves são muito inespecíficos e podem apresentar apenas febre de 2 dias e mais nada. Quadro moderado já apresenta sintomas mais típicos, mas ainda assim podem ser encontrados em outras infecções. Febre, dor de cabeça, muscular e nas juntas, olhos vermelhos, náuseas, cansaço são os principais sintomas.
Alguns fenômenos hemorrágicos como epistaxe e pele amarelada também podem ser percebidos em pacientes infectados. Os quadros mais graves incluem todos estes sintomas piorados com sangramentos, falência de múltiplos órgãos como rins e fígado o que acaba levando o doente ao óbito.
A letalidade da Febre amarela hemorrágica que é a forma de apresentação mais grave da doença chega a 50%
Para saber mais sobre a Febre Amarela, clique aqui.
Os Coronavírus são conhecidos mundialmente muito antes da pandemia de 2020, mais precisamente desde os anos 1960.
Os Coronavírus são comuns em muitas espécies de animais, incluindo Camelos, Gado, Gatos e Morcegos. Mas só raramente infecta seres humanos. Eles podem causar sintomas de febre apenas, quadros respiratórios, e gastrointestinais, mas os seus principais sintomas são respiratórios assim como as suas principais complicações a curto prazo estão associadas à piora respiratória.
Entre as condições que podem ser causadas pela infecção por coronavírus estão:
Para saber mais sobre coronavírus clique aqui
Quando o assunto é vírus letal não podemos deixar de falar do HIV. Durante anos houveram diversas mudanças na história da doença, principalmente envolvendo o tratamento com o uso dos antirretrovirais, que nos proporcionou todas as conquistas em expectativa e qualidade de vida para os pacientes infectados (para saber mais sobre a história do HIV clique aqui)
O tratamento só será iniciado se o diagnóstico for feito e por isso precisamos focar em diagnósticos amplos, precoces e universais, eliminando amarras que começam já individualmente com o medo do diagnóstico que fazem postergar a realização de exames específicos e o desconhecimento de muitas pessoas, e até de alguns médicos, do fato de que não existe grupo de risco e nem precisa ter sintomas específicos para se ter a infecção.
Para saber mais sobre HIV clique aqui
Descoberto em 1976 no Congo, o vírus recebeu o nome de ebola por conta do rio que cortava o vilarejo onde foi identificado pela primeira vez. São conhecidas 5 cepas distintas do vírus denominadas conforme o local nas quais foram isoladas pela primeira vez, sendo elas:
Podemos dizer que a taxa de mortalidade do ebola varia entre 50% e 90%, dependendo da cepa do vírus e da qualidade do cuidado médico disponível para tratar a condição. Dentre as 5, a cepa zaire é a mais fatal.
A primeira transmissão ocorre a partir do contato com animais infectados como os macacos, seja caçando, matando ou preparando sua carne. Suspeita-se também da transmissão via contato com morcegos. Já a transmissão entre humanos ocorre através do contato direto ou indireto dos fluidos corporais das pessoas infectadas, mesmo já mortas pela doença, também podendo ocorrer pela via sexual, uma vez que pode haver vírus infectante no semen de pessoas convalescentes.
Apesar de não haver cura para a doença, o tratamento precoce com hidratação abundante e suporte adequado das complicações pode ajudar a aliviar os sintomas e melhorar as chances de sobrevivência.
O vírus da raiva é comumente transmitido por meio da saliva que ao entrar em contato com mordidas, arranhões e feridas infecta o paciente. Recentemente, também foram descobertas infecções pela exposição das mucosas.
Os animais que podem transmitir raiva são os cachorros e gatos domésticos, cachorro do mato, lobo, coiote, raposa, guaxinins, gambás, ratos e morcegos. A raiva tem a maior taxa de letalidade entre todas as doenças infecciosas humanas. É de praticamente 100%. O vírus tem afinidade por células do sistema nervoso. Existem várias formas de apresentação dos sintomas, todos neurológicos como por exemplo:
Intermitentemente, o paciente pode apresentar sintomas de excitação generalizada ou hiperexcitabilidade associados a desorientação, consciência flutuante, inquietação, agitação e alucinações visuais ou auditivas. Os pacientes podem se tornar agressivos e maníacos, seguidos de períodos de calma.
Para saber mais sobre prevenção da Raiva em humanos clique aqui
Menos de 20% dos pacientes com raiva apresentam paralisia ascendente, que pode imitar a síndrome de Guillain-Barré. Esses pacientes têm pouca evidência de envolvimento cerebral até o final do curso da doença.
Não tem tratamento específico, a prevenção é por recebimento de soro e vacina dados após situação de risco a depender da gravidade do risco.
A varíola é uma doença altamente infecciosa caracterizada por sintomas como febre, erupção cutânea e alta taxa de mortalidade. A infecção só pode ser transmitida por humanos e é disseminada principalmente por meio das vias respiratórias, por exemplo, através de espirros ou tosse.
A condição possui 5 formas de manifestação, sendo elas:
Em 1926 a doença foi erradicada dos estados unidos e em 1979, foi anunciada a erradicação global da varíola, marcando uma das maiores conquistas da medicina moderna, graças a fatores que possibilitaram o controle da varíola, como:
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