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Vacinas mais importantes para os adultos

Vacinas mais importantes para os adultos
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Vacinas Mais Importantes para os adultos

Se você é daqueles que acha que vacinas são coisas apenas para crianças, pense de novo!

As vacinas são essenciais para nos proteger e proteger a todos aqueles que amamos. Pessoas de todas as idades precisam se vacinar !

Algumas vacinas são dadas apenas na infância, outras se não forem dadas na infância podem ser dadas na vida adulta, outras são dadas em vários momentos da vida, outras apenas em idosos e outras ainda são dadas apenas em situações especiais.

Como as vacinas funcionam

As vacinas são uma forma de proteção contra doenças infecciosas causadas por vírus, bactérias ou outros patógenos.

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O objetivo da vacinação é estimular o sistema imunológico do corpo a reconhecer e combater um patógeno específico, sem causar a doença real.

As vacinas contêm uma forma enfraquecida ou morta do patógeno, ou uma proteína ou fragmento dele. Isso é suficiente para desencadear uma resposta imunológica, mas não é suficiente para causar a doença.

Quando a vacina é administrada, o sistema imunológico responde ao estimulo na vacina produzindo anticorpos e células de defesa específicas para combater o patógeno. Estes anticorpos e células específicas passam a fazer pate de nossa memória de defesa e em um momento no futuro caso nosso corpo entre em contato com o verdadeiro patógeno, Nosso sistema imune resgata esta memória combatendo o microorganismo invasor antes mesmo de ficarmos doentes ou antes de desenvolvermos complicações.

Esta resposta pode ser tão eficaz que nós nem percebemos que entramos em contato com o microorganismo pois não adoecemos. Em outras situações, mesmo que não sejamos capazes de eliminar totalmente o invasor antes de ficarmos doentes, ainda assim a vacina nos ajuda a diminuindo as chances de complicações pois deixa a doença mais branda.

Quais são as vacinas que os adultos devem tomar.

Vacinas conjugadas contra Tétano e outras

Para os adultos nós temos três vacinas um pouco parecidas:

A TRÍPLICE BACTERIANA ( dTpa)

É uma vacina inativadas feita a partir de toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio e água para injeção e está recomendada mesmo para aqueles que tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente

A Dose de reforço deve ser feita a cada 10 anos e nas gestantes a cada gestação para que a mãe possa passar um grande volume de anticorpos para bebê com o objetivo de protegê-lo contra a coqueluche nos primeiros meses de vida até que tenha maturidade imunológica suficiente para receber a sua vacina e produzir os seus próprios anticorpos. 

Para adultos que irão conviver com RN ou crianças abaixo de 2 anos o reforço é após 5 anos da última dose. Não podemos esquecer que a coqueluche é uma bactéria que está presente em nosso meio, em adultos geralmente não causa maiores complicações mas os adultos acabam transmitindo a bactéria para crianças que podem ter quadros bastante graves com insuficiência respiratória.

A contra indicação a esta vacina é apenas para pessoas com antecedentes de anafilaxia ou sintomas neurológicos causados por algum componente da vacina ou após a administração de dose anterior.

DUPLA ADULTO (dT)

  • Difteria
  • Tétano,

Para os adultos não vacinados adequadamente na infância, fazer 2 doses após a Tríplice bacteriana,

ou pode ser usada como vacina de reforço a cada 10 anos, para adultos com esquema vacinal completo que não terão contato com crianças pequenas, que não possuem comorbidades, e em situação em que não tenha a vacina tríplice bacteriana disponível

VACINA TRIPLICE BACTERIANA COMBINADA COM POLIOMIELITE INATIVADA (dTpa – VIP)

  • Difteria
  • Tétano,
  • Coqueluche
  • Poliomielite inativada

Está indicada para aqueles adultos que irão receber tríplice bacteriana mas irão viajar para áreas endêmicas para Poliomielite.

Hepatites Virais

Hepatite é a inflamação do fígado. Existem várias causas de hepatites, incluindo vírus. Entre os vírus que agridem diretamente o fígado que recebe até hepatite no nome temos os vírus da hepatite A, B, C, D e E.

As mais conhecidas são: Hepatite A, Hepatite B e Hepatite C.  Nós temos vacinas contra o Vírus A e B. 

São todas feitas de vírus inativados e portanto sem capacidade de causar doença em ninguém.

Temos 3 vacinas distintas:

  • Vacina contra hepatite A
  • Vacina contra hepatite B
  • Vacina conjugada contra hepatite A e B

A vacina contra o vírus da hepatite B que é feita a partir da proteína de superfície do vírus da hepatite purificado, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção. Pode conter fosfato de sódio, fosfato de potássio e borato de sódio

A vacina do vírus A composta por antígeno do vírus da hepatite A que é uma proteína que faz parte do vírus, sal de alumínio amorfo, estabilizante (que varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído

E a vacina conjugada contra o vírus da hepatite A e B composta pelo vírus inativado (morto) da hepatite A e da proteína de superfície do vírus da hepatite B. além de sais de alumínio, formaldeído, sulfato de neomicina, fenoxietanol, polissorbato 20, cloreto de sódio e água para injeção

A vacina contra o vírus A sozinha é dada em 2 doses com intervalo de pelo menos 6 meses entre elas. E as que têm vírus B seja conjugada com a A ou sozinha possui esquema com  3 doses sendo o tempo mínimo de 1 mês entre a primeira e a segunda e de 6 meses entre a primeira e a terceira desde que tenha pelo menos 1 mês entre a segunda e a terceira dose. 

Contra indicação:
  • Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.
  • Pessaos que apresentaram púrpura trombocitopênica após dose anterior. 
    • Púrpura trombocitopênica é um fenômeno que pode ter vários fatores incluindo doenças auto-imunes. Nela, as plaquetas que fazem parte dos fatores de coagulação do sangue que previnem o sangramento, fica com níveis muito baixos causando:
      • hematomas,
      • hemorragias
      • pequenas manchas vermelho-púrpuras em pele, especialmente em membros inferiores. 

Influenza (Gripe)

Por ser indicada para todas as idades a partir dos 6 meses de vida e com doses todos os anos, esta vacina junto às vacina da Covid-19 e do HPV tem sido alvo de uma série de mitos e notícias falsas que dificultam ainda mais a cobertura vacinal. 

Esta vacina é feita de proteína de vírus, sequer é o vírus inteiro ali, portanto nunca é demais dizer que ela não é capaz de causar nenhuma infecção em ninguém

Ela protege contra o vírus influenza, como aqueles que causam gripe suína, gripe aviária 

A vacina da influenza não tem proteção alguma contra o que nós erradamente chamamos de gripe, mas que na verdade é o resfriado comum. Por isso a pessoa pode se vacinar contra a influenza e ficar gripada ( com resfriado comum) quantas vezes ela tiver contato com estes vírus e são muitos que circulam no mesmo período em que também mais circulam os vírus da influenza. Porém, ela não irá se infectar caso tenha contato com vírus influenza cuja cepa esteja na vacina ou se ficar doente terá menos chance de complicações. 

Vale lembrar que existe um grupo de pessoas com maior risco para evoluir com síndrome respiratória aguda grave e falência respiratória caso se infecte pelo vírus influenza como: gestantes, idosos, imunodeprimidos e pessoas com doenças crônicas.

No entanto, qualquer pessoa pode evoluir com complicações sérias e por isso que todo mundo deve se vacinar contra a gripe sempre. 

Muitas empresas sem relação alguma com atendimento à saúde inclusive, compram estas vacinas e vacinam seus funcionários anualmente pois perceberam que o gasto de comprar as vacinas e facilitar o acesso dos funcionários à imunização, vale muito mais do que o prejuízo que estavam tendo com o absenteísmo dos colaboradores em cascata na temporada de gripe.

Existem 2 tipos de vacina, a trivalente, com proteínas de duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e vacina quadrivalente, com proteínas de duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B. 

As cepas do vírus que serão usadas na fabricação das vacinas são atualizadas e definidas ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza a vigilância das cepas em circulação nos hemisférios Norte e Sul de todo o globo.

As cepas vacinais são cultivadas em ovos embrionados de galinha e, por isso, as vacinas contêm traços de proteínas do ovo

Também podem conter traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina e neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes. Também contém cloreto de sódio e água para injeção.

O esquema da vacina da gripe é anual, dado sempre no início do outono que é o período de maior circulação dos vírus respiratórios para que os níveis de anticorpos estejam maiores nos meses de maior risco de infecção que são os períodos de outono e inverno.

Com o passar dos meses os níveis de anticorpos vão caindo até que no máximo um ano após a última dose, a pessoa não possui mais proteção mesmo que entre em contato com a mesma cepa contida na vacina. É por isso que em casos de surtos ou aumento da circulação do vírus influenza fora da temporada da gripe (outono e inverno), pode ser considerada uma segunda dose no mesmo ano para grupos de alto risco de complicações como idosos, imunodeprimidos e pacientes com doenças crônicas que prejudicam a resposta vacinal como diabéticos, pneumopatas, cardiopatas nefropatas, etc. 

Ela é contra indicada apenas para pessoas com história de alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Pessoas imunodeprimidas devem se vacinar contra a gripe?

Quabdi uma pessoa possui uma condição que reduza transitoriamente sua imunidade, ou possui uma doença de imunidade baixa mas que irá melhorar sua condição algum tempo depois, nós geralmente esperamos melhores condições imunológicas para indicarmos a vacinação.

Mas quando se trata da vacina contra a Infuenza, é diferente. Nós vacinamos sempre durante a campanha anual, a não ser que a pessoa se encontre com alguma contra indicação absoluta naquele momento como uma infecção ativa. 

Nós não esperamos porque o risco de infecção no período de outono e inverno é sempre muito alto, pois este vírus sempre estão em grande circulação nesse período e quanto menor a imunidade da pessoa maior o risco de complicação se ela ficar doente.

Além disso, a vacina é completamente segura mesmo se a imunidade estiver muito baixa e por mais que a resposta para esta dose em questão não seja a melhor, ainda é melhor que nada e no ano seguinte ela deverá tomar nova dose e o organismo poderá ter uma melhor nova chance de ter uma melhor resposta vacinal com uma imunidade mais forte.

Tríplice viral – SCR

A vacina tríplice viral protege contra os vírus do

Trata-se de vacina de vírus vivo atenuado, ou seja, contém vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, rubéola e caxumba; além de aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina.

No processo de fabricação da vacina também é utilizado traços de proteína do ovo de galinha e no Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública não todas, contém traços de lactoalbumina que é uma proteína do leite de vaca

Ela é dada de rotina para adultos que não foram vacinados e não tiveram contato com nenhum dos 3 vírus na infância, ela é dada em 2 doses com intervalo de 1 mês entre elas, sem dose de reforço. Mas em situações de surtos, orienta-se mesmo vacinados na infância a tomar 1 dose de reforço na idade adulta, como há um ou 2 anos, que houve aumento dos casos em adultos. Já os idosos acima de 60 anos recebem em situações especiais sendo avaliado o risco de contágio pelo médico infectologista

Por se tratar de uma vacina contendo vírus vivo atenuado, ela  está contra indicada em gestantes, pessoas que estejam com imunidade muito baixa (aí o médico precisa avaliar cada caso), e pessoas com história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente presente na vacina.

Apesar de serem usados traços de ovo em sua produção, A maioria das pessoas com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à esta vacina. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas à vacina tríplice viral. e eu estou falando de reação anafilática que aquela reação alérgica grave na qual a pessoa pára de respirar.

O teste cutâneo para ver se a pessoa vai apresentar alergia à vacina não é recomendado, pois ele não consegue prever se a reação realmente acontecerá. No entanto, é recomendado que pessoas com história de anafilaxia a ovo, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia caso ocorra.

Vacinas contra Papiloma Vírus Humano – HPV

Esta vacina previne verrugas genitais (condiloma) e o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus, penis e garganta causadas pelos subtipos do Papiloma Vírus Humano (HPV)  presentes na vacina

É uma vacina conjugada  inativada composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6,11,16,18 que são os 2 que mais causam verrugas e os 2 que mais causam câncer, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção.

Disponível pelo PNI – programa nacional de vacinação para crianças entre 9 e 14 anos, pois sua maior eficácia é para quem ainda não iniciou sua vida sexual. 

Em situações especiais, como pessoas convivendo com HIV; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea ou outras situações de alto risco, a vacina está indicada independente da idade e o médico infectologista deve avaliar cada caso. Mesmo que a pessoa já tenha tido contato com algum subtipo do HPV, a vacina protege contra os sorotipos com os quais a pessoa ainda não teve contato

Para os adultos, o esquema é de 3 doses – 0 – de 1 a 2 meses e 6 meses. 

Está contra indicada em gestantes e pessoas que apresentaram anafilaxia após receber uma dose da vacina ou a algum de seus componentes.

Ela está contra indicada em gestantes apenas por falta de dados de segurança, mas caso a vacina seja aplicada sem que se saiba da gravidez, não se tem necessidade de ser feito nenhuma medida adicional.

Varicela (Catapora)

Muitos dizem que é melhor pegar catapora logo enquanto criança e ficar livre, antigamente havia até as festas da catapora nas quais as crianças suscetíveis mantinham deliberadamente contato com uma criança infectada para pegar logo a doença.

Isso é um grande mito. Apesar de na maioria das vezes a catapora ter uma evolução benigna nas crianças, ainda assim pode haver quadros extremamente graves ou complicações das feridas como infecção secundária das lesões. Além da doença, por mais que se apresente na forma leve, infringe um sofrimento à criança totalmente injustificável. Outro ponto muito importante é que crianças não vacinadas que adoecem por mais que elas próprias possam ter uma evolução tranquila, coloca o vírus em circulação colocando outras pessoas em contato com o vírus, estas pessoais podem ser idosos ou pessoas com imunidade baixa, ou mesmo outras crianças pequenas, que ainda não estão em idade de se vacinar e que podem ter evoluções dramáticas dessa doença.

Por isso tudo, hoje sabe-se que o mais seguro é obter anticorpos pela vacina e não pelo vírus selvagem.

uma coisa é certa, quando adultos pegam varicela, possuem maior risco de complicações que crianças e por isso adultos até os 59 anos que ainda não foram vacinados, não tiveram contato com o vírus ou que estão com o esquema vacinal incompleto, precisam se vacinar ou completar o esquema que deve ser feito em duas doses com intervalo mínimo entre elas de 1 mês.

A catapora é transmitida pelo contato com saliva ou secreções respiratórias, lesões de pele e mucosas e objetos contaminados.

Como o vírus tem incubação relativamente longa (de 14 a 16 dias, podendo variar de dez a 20 dias), para pessoas desprotegidas e que tiveram contato de risco com pessoas com catapora, podem receber  a vacinação pós-exposição até 72 horas após o primeiro contato com a pessoa doente

A Vacina da Varicela é de vírus vivo enfraquecido em sua formulação além do vírus atenuado existe apenas gelatina traços de neomicina e água para injeção. Não contém traços de proteína do ovo de galinha.

Contra indicação

Por ser uma vacina de vírus vivo ainda que enfraquecido, está contra indicada para gestantes, pessoas com imunidade baixa e claro, pessoas com histórico de anafilaxia a algum componente da vacina. 

Pneumonia

Quando falamos de pneumonia, infecção dos pulmões, existem uma infinidade de agentes infecciosos que podem causar, bactérias, vírus e fungos com diferentes potenciais de gravidade a depender do agente e das condições prévias do paciente. Dentre as causas bacterianas são os Pneumococos que está frequentemente associados a quadros mais graves em qualquer idade ou paciente, mas pacientes com imunidade mais baixa e idosos (independente de comorbidades prévias) que são os mais propensos a desenvolverem infecções graves por estes agentes. Existem vários tipos de Pneumococo e apesar do nome, ele não afeta apenas os pulmões, ele pode causar também Bronquite que é uma inflamação dos brônquios, Sinusite que é uma inflamação dos seios nasais. Otite média que é uma infecção do ouvido, Infecções de pele: como celulite e erisipela, Meningite, que é uma infecção do cérebro e da medula espinhal. Infecção de corrente sanguínea, que é quando a bactéria se multiplica dentro do sangue percorrendo por todo o corpo,  Sepse que  é uma infecção grave e generalizada.

No Brasil, existem 2 tipos de vacinas Pneumocócica conjugada para adultos, ambas indicadas para adultos menores de 60 anos com condições prévias que aumentem o risco de complicações por estas infecções e todos os idosos acima de 60 anos é interessante tomar ambas pois possuem proteção para sorotipos distintos.

VACINA PNEUMOCÓCICA CONJUGADA 13 – VPC 13

A vacina inativada é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197, sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção

O esquema é feito em uma única Dose, 

VACINA PNEUMOCÓCICA POLISSACARÍDICA 23 – VPP  23

É uma vacina inativada composta por partículas purificadas (polissacarídeos) das cápsulas de 23 tipos diferentes de Streptococos pneumoniae (pneumococo), cloreto de sódio, água para injeção e fenol.

O esquema é feito em duas doses a primeira 6 meses após a dose da PNM 13 e a segunda 5 anos após a primeira da VPP 23

Meningocócica conjugada

A VACINA MENINGOCÓCICA C

É uma vacina inativada que protege contra doenças causadas apenas pelo meningococo C

VACINA MENINGOCÓCICA CONJUGADA ACWY 

Protege contra Meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y. (saiba mais sobre meningite aqui)

Por isso, a prioridade é para a vacina da meningite ACWY que protege contra maior variedade de cepas. Apenas na indisponibilidade desta, é que se recomenda tomar a meningo C. 

A vacina é inativada a partir de proteínas das bactérias conjugados a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxóide tetânico, diftérico, ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM-197. Pode conter também sacarose; trometamol; fosfato de potássio diidrogenado; cloreto de sódio; fosfato de sódio diidrogenado monoidratado; fosfato dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio e água para injeção.

O esquema de ambas é uma dose única que pode ser dada a adultos e idosos e a recomendação é dada caso a caso pelo Infectologista a depender da situação individual e do risco epidemiológico.

VACINA MENINGOCÓCICA B

Existem 2 vacinas diferentes no Brasil, ambas inativadas compostas de proteínas das bactérias meningococo do tipo B, além de hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina e água para injeção.

Além disso a Bexsero possui sacarose e a Trumenba possui fosfato de alumínio e polisorbato 80 em sua formulação. Em ambas o esquema é de duas doses mas com tempos diferentes.

A Bexsero® é licenciada até os 50 anos de idade com intervalo mínimo entre as doses de 1 mês. Já a Trumenba® é  licenciada só para pessoas até os 25 anos de idade com intervalo mínimo entre as doses de 6 meses. 

As duas vacinas não são intercambiáveis, a segunda dose deve ser da mesma vacina com a qual a pessoa se vacinou da primeira vez.

Para grupos de alto risco para doença meningocócica invasiva, existem diferentes necessidades de dose de reforço, o médico infectologista deve avaliar caso a caso

Febre Amarela

No Brasil nós temos duas vacinas contra a febre amarela, a disponível pelo sistema único de saúde produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz e a disponível na rede privada e eventualmente pela rede pública produzida pela Sanofi Pasteur. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. 

A vacina de Biomanguinhos é composta de gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. 

E a da Sanofi Pasteur possui: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina.

A segurança e eficácia de ambas são semelhantes e altíssimas.

Em situações de surto e falta de vacinas como o que ocorreu no Brasil há alguns anos, o ministério da saúde utiliza em suas campanhas a dose fracionada da vacina da Bio Manguinhos. Mas não há estudos de eficácia para fracionamento de dose da vacina a Sanofi Pasteur, e portanto ela deve sempre ser utilizada em dose inteira, e mesmo a da Bio Manguinhos é utilizada em dose fracionada apenas em situações bem específicas e durante campanhas do ministério da saúde. 

Para viagens, a dose deve sempre ser a completa, e quando falamos de duração de dose também estamos falando da dose completa.

O programa nacional de imunização indica que se a criança recebeu a primeira dose antes dos 5 anos, uma nova dose deve ser dada após os 5 anos mas se esta primeira dose foi dada após os 5 anos, não precisa de mais dose de reforço

Já a sociedade brasileira de imunizações orienta que como não há consenso sobre a resposta vacinal prolongada com apenas uma dose, idealmente deve-se vacinar o adulto, com uma dose de reforço após 10 anos da primeira 

Por ser de vírus vivo atenuado, em condições normais ela está contra indicada em gestantes e pessoas com imunidade baixa, mas em situações de alto risco epidemiológico o médico deve avaliar caso a caso. Também pessoas com anafilaxia a algum componente da fórmula não podem receber esta vacina. 

Mais detalhes sobre a Febre Amarela clique aqui

Dengue

A Dengue tem estado fora dos holofotes em meio a tantas notícias mas está longe de acabar. É bem provável que você conheça alguém que já tenha tido Dengue, mesmo que não tenha precisado de internação. Mas não se engane, em sua forma de apresentação hemorrágica a taxa de letalidade desse vírus é altíssima chegando ao ponto de constar na minha lista de vírus mais letais do mundo

Existem 4 sorotipos distintos de dengue e quando você pega um deles você fica com anticorpos protetores contra o subtipo específico com o qual você teve contato mas ainda está suscetível aos demais. Então a gente pode pegar dengue até 4 vezes. O problema é que os riscos de evolução para a forma hemorrágica aumenta muito após a primeira infecção por dengue.

A principal medida coletiva de prevenção é o cuidado constante para impedir a reprodução do mosquito aedes aegypti, vetor do vírus como vocês bem sabem e a principal medida de prevenção individual são os repelentes. As vacinas entram como um reforço nessa estratégia de prevenção.

Temos 2 tipos de vacina: 

  • Uma mais antiga, de vírus vivo atenuado composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus dengue DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4, obtidos separadamente por tecnologia de DNA recombinante. aminoácidos essenciais (incluindo fenilalanina), aminoácidos não essenciais, cloridrato de arginina, sacarose, trealose di-hidratada, sorbitol, trometamol e ureia. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injeções, indicada apenas para adultos até os 45 anos que tiveram quadro prévio confirmado de dengue por sorologia, independente de ter ficado doente. Ela protege contra os 4 sorotipos da dengue. Deve ser dada em 2 doses com intervalo de 6 meses entre elas. e está contra indicada para pessoas Pessoas com imunidade baixa, alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina, gestantes, mulheres que amamentam e pessoas sem contato prévio confirmado com o vírus da dengue 
  • E uma segunda vacina aprovada recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que é a quadrivalente atenuada Qdenga, fabricada pelo laboratório Takeda. Licenciado para uso em pessoas entre 4 e 60 anos, que tiveram, ou não a doença, em esquema de duas doses, com intervalos de dois meses. Esta nova vacina também  está contraindicado em pessoas com imunidade baixa, gestantes e mulheres durante o período de amamentação

 

Herpes Zoster

Herpes zoster é o nome dado à reativação do vírus da catapora, os Idosos estão mais propensos ao seu aparecimento mas também pode ocorrer em adultos mais jovens em caso de queda da imunidade. Ela aparece como lesões vesiculares em uma placa vermelha e geralmente são várias lesões em faixa. Como as lesões ocorrem devido ao ataque do nervo pelo vírus da varicela, as lesões seguem a área de inervação do nervo afetado e em geral são extremamente dolorosas as complicações mais comuns são infecções secundárias das lesões por agentes bacterianos e neuralgia pós herpética que é nome dado à dor que permanece pelo nervo machucado mesmo depois que as lesões cicatrizam que pode ser muito forte e durar anos causando uma enorme queda da qualidade de vida destes pacientes. Mesmo quem já teve herpes zoster uma vez pode apresentar novamente.

A vacina ajuda a prevenir o próprio zoster e a diminuir a possibilidade de dor pós zoster em quem apresenta a crise mesmo após a vacina, ou seja, ou a vacina impede a reativação do vírus, ou deixa o quadro mais brando. 

Temos 2 tipos da vacina contra herpes zoster no Brasil:

  • Vírus vivo atenuado
    • só pode ser dada após os 50 anos
    • uma única dose
  • Vírus inativado recombinante
    • pode ser dada para adultos de qualquer idade em situações de imunodeficiência ou
    • para todos acima de 50 anos mesmo sem comorbidades
    • esta é dada em 2 doses com intervalo mínimo de 2 meses entre elas.

Mesmo pessoas que já tiveram catapora, que já foram vacinadas para varicela ou que já tiveram a reativação da varicela zoster, tem indicação de tomar a vacina contra o zoster

Covid-19

É importante salientar que todas as vacinas contra a covid-19 usadas no Brasil são totalmente seguras e possuem altíssima eficácia contra formas graves de todas a cepas circulantes hoje no mundo 

Porém todas as vacinas são feitas tendo como base o gene da cepa original. Exceto a bivalente que também tem a cepa original como base mas também tem a cepa da ômicron.

O que acontece com isso é que a capacidade de prevenir quadros graves permanece grande, haja visto que mesmo com a circulação de vários subtipos que aparecem todo dia e os novos picos no número de casos que ocorreram desde a ampliação da vacinação, não chegou mais a lotar os hospitais como antes da vacinação. Porém a capacidade em prevenir doença, ou seja, da pessoa apresentar algum sintoma relacionado à covid-19, a depender da cepa circulando diminui com as vacinas que temos hoje.

As formulações bivalentes ou outras versões futuras atualizadas possibilitam um maior grau de proteção não apenas para doença grave mas para manifestação de qualquer sintoma e de circulação do vírus, pois quem tem sintoma, mesmo que leve, tem vírus circulando no corpo.

O grau de proteção diminui com o tempo,  independente da vacina recebida ou mesmo em pessoas que já tiveram covid-19 uma ou mais vezes, por isso as doses de reforço são necessárias, o que estamos ainda trabalhando é no tempo.

Tanto o nível de anticorpos produzidos quanto o tempo de duração dele no organismo mudam de pessoa para pessoa, mas em idosos e pessoas com imunidade baixa, exatamente pessoas com maior risco de complicações pela doença, esses dois fatores são menores, e por isso a prioridade desses grupos nas estratégias vacinais.

Nós também não temos valores de referência de proteção para exames de anticorpos, por isso, realizar exame de anticorpo não nos deixa aptos a não indicar uma dose de reforço . 

VACINA DO BUTANTÃ/SINOVAC/CORONAVAC

vacina feita de vírus inteiro inativado (morto) ou seja, incapaz de causar doença, mais hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio, água para injetáveis e hidróxido de sódio

Indicada em 2 doses para crianças a partir dos 3 anos e adultos não imunodeprimidos em esquema de 2 doses com intervalo mínimo de 14 dias entre elas , gestantes e adultos imunodeprimidos com esquema de 3 doses com intervalos de 1 mês entre a primeira e segunda e dois meses entre a segunda e a terceira.

Tempo das doses de reforço varia de acordo a cada grupo e devem ser feitas preferencialmente com vacina de outro tipo para potencializar eficácia e tempo de resposta através de mecanismos diferentes de ação.

Contraindicações à vacina da coronavac
  • Imunocomprometidos de 6 a 17 anos.
  • Gestantes e puérperas imunocomprometidas.
  • Alergia a qualquer um dos componentes presentes na vacina.
  • História de anafilaxia após dose anterior.

 VACINA DA FIOCRUZ/OXFORD/AZTRAZENICA

Feita a partir de partículas virais que codificam a proteína S (também chamada de Spike) responsável pela ligação do SARS-CoV-2 com as nossas células que são inseridos dentro do vírus adenovírus recombinante de chimpanzé que é incapaz de afetar ou se multiplicar em humanos. Além disso, a vacina possui L-Histidina, cloridrato de L-histidina monoidratado, cloreto de magnésio hexaidratado, polissorbato 80, etanol, sacarose, cloreto de sódio, edetato dissódico di-hidratado (EDTA) e água de injeção

o esquema é de 2 doses com intervalo mínimo de 4 semanas entre elas e doses adicionais com vacina da jansen ou astrazeneca para somar maior eficácia e duração de respostas em vacinas com mecanismos diferentes de ação. 

indicada para adultos acima de 18 anos

Contraindicações à vacina da astrazeneca
  • Pessoas que apresentaram trombose venosa/e ou arterial maior em combinação com plaquetopenia após receberem a primeira dose.
  • Indivíduos que já sofreram episódios anteriores de Síndrome de Extravasamento Capilar.
  • Alergia a qualquer um dos componentes presentes na vacina.
  • História de anafilaxia após dose anterior da vacina.
  • Embora não seja uma contraindicação prevista em bula, o Ministério da Saúde optou, no momento, por não indicar a vacina esta vacina  para gestantes e puérperas (até 45 dias do parto).

VACINA DA PFIZER / BIONTECH (COMIRNATY)

Vacina de RNA mensageiro sintético. Então ela não pode causar doença pois sequer tem microorganismo nela.  Ela é feita a partir de modelos de DNA que expressam a proteína S spike em uma produção in vitro sem células de onde são extraídas o RNA mensageiro que é recoberto por uma capa de lipídios  um tipo de gordura.

Tem várias formulações nas quais mudam a variedade e quantidade de RNA mensageiro. 

Temos a formulação monovalente Pediátrica voltada a crianças de 6 meses a 4 anos, a monovalente Pediátrica voltada a crianças e adolescentes de 5 a 11 anos,  monovalente para adultos indicada para adolescentes a partir dos 12 anos, adultos e idosos e a bivalente que está indicada apenas para pessoas a partir de 12 anos e protege contra a cepa original e com uma proteção maior contra a cepa da ômicron, atualmente a mais prevalente no mundo. 

O esquema de dose varia de 2 a 3 doses segundo idade e comorbidade da pessoa com intervalos de 2 meses entre as doses e o reforço conforme as situações dos grupos e faixa etária. 

Contra indicação apenas para pessoas que tiveram quadros de anafilaxia à dose anterior.

VACINA DA JANSEN / JOHNSON & JOHNSON

É também uma vacina muito moderna feita com tecnologia de DNA recombinante codificado dentro do adenovírus 26. São códigos genéticos introduzidos dentro de um vírus que não se multiplica em humanos então é incapaz de causar doenças que serve apenas como transporte para apresentar este conjunto de código genético que instrui a formação da proteína Spike do SARS-Cov-2 capaz de incentivar o nosso organismo a criar anticorpos específicos.

A principal diferença delas para as anteriores é ser de dose única, mas com o decorrer do tempo, observou-se a importancia de mais de uma dose pelo menos uma dose adicional da própria jansen e depois, reforços com vacinas de outros tipos assim como foi feito com todas as demais

Vacina do Viajante

Sempre que a gente vai viajar nós passamos por todo um processo de preparação, desde a escolha do local, melhor época para a viagem, voo, hotel, programação, passaporte, visto, etc. mas poucas pessoas se lembram de preparar coisas entre aspas menos divertidas como seguro viagens, transporte sanitário, preparativos de prevenção e profilaxia específicos como profilaxia de malária e claro, as vacinas.

A vacinação do viajante é uma medida importante de prevenção de doenças que podem ser transmitidas por meio de vírus, bactérias ou parasitas presentes em algumas regiões do mundo. Algumas doenças, como a febre amarela, a malária e a febre tifoide, são endêmicas em determinadas áreas geográficas e podem representar um risco para pessoas que viajam para essas regiões. Especialmente quando os viajantes vivem em áreas onde estes microorganismo não estão presentes 

A consulta com o Infectologista faz parte dos preparativos para a viagem pois ela irá avaliar quais vacinas são recomendadas de acordo ao tipo de viagem, programação e destino escolhido. 

Essa consulta tem que ser feita em tempo hábil para que dê tempo de cumprir orientações do médico antes da viagem, a vacina contra a febre amarela, por exemplo, deve ser feita pelo menos 10 dias antes da viagem para ter eficácia.

Por falar em vacina contra a Febre Amarela, não se trata apenas de proteção do viajante que irá viajar para áreas de risco. Para alguns países nos quais esse vírus não circula, é obrigatório o comprovante internacional de vacinação contra a febre amarela para entrar no país, ou uma carta do médico explicando que aquela pessoa tem alguma contra indicação a esta vacina. Estes detalhes burocráticos inclusive é bom serem vistos no consulado para não se ter nenhuma surpresa. 

 

Fonte:

 

 


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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