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Evoluções no combate ao HIV

Evoluções no combate ao HIV
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Evoluções no combate ao HIV

Teoria da Origem HIV

Segundo a BBC: Acredita-se que os caçadores de chimpanzés foram os primeiros seres humanos a contrair o vírus.

E que casos de Aids teriam aparecido primeiramente em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, que seria a área urbana mais próxima, na década de 30.

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) manifesta-se após a infecção do organismo pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

Em 1977 e 1978 na África, Haiti e Estados Unidos ocorreram os primeiros relatos de pneumonias e cânceres.

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No Brasil, o primeiro caso foi relatado em 1980 no estado de São Paulo.

Passou-se a reconhecer a existência de uma doença que causava a destruição do sistema imune em 1982.

A descoberta do vírus HIV só ocorreu em 1984.

Desde sua descoberta, a AIDS se espalhou pelo mundo e ainda faz muitas vítimas.

Os mais afetados são populações com pouco acesso aos meios diagnósticos e tratamento.

Contudo, é inegável os avanços que a medicina moderna alcançou em tão pouco tempo:

1- Maior facilidade no diagnóstico do HIV

Os primeiros testes para o diagnóstico do HIV foram disponibilizados para a população em 1985.

Hoje existem novas técnicas, cada vez mais sensíveis e específicas.

Os Testes rápidos ficam prontos em até 30 minutos, alguns são realizados a partir da saliva.

Testes de 4ª geração, reduziram a janela imunológica (tempo que um teste pode levar para ficar positivo após a exposição).

Eles detectam, não apenas os anticorpos, mas também as proteínas virais e diminuindo a janela imunológica para 90 dias.

O diagnóstico precoce possibilita o tratamento precoce, impedindo a evolução da doença e a contaminação de mais pessoas.

2- Aumento da expectativa de vida

Nos anos 80, o diagnóstico de HIV era uma sentença de morte.

A expectativa de vida de quem acabava de receber o diagnóstico era de alguns meses a poucos anos.

Os tratamentos eram poucos, com muitos efeitos colaterais e pouco eficazes.

Hoje, a expectativa de vida do portador do HIV pode se comparar à daqueles que não têm o vírus. Um estudo realizado no Reino Unido aponta que pode ser até maior.

Isso ocorre porque muitos homens que se acham saudáveis não procuram atendimento médico, enquanto doenças silenciosas se desenvolvem.

Pacientes com HIV, fazem acompanhamento médico regular e têm tais doenças diagnosticadas em fases iniciais e controladas.

Além disso, muitas pessoas acabam assumindo um estilo de vida mais saudável depois que recebem o diagnóstico.

Um melhor estilo de vida, como a prática de atividade física entre outros, aumenta a expectativa de vida, tornando-a talvez até maior do que possuía antes de ter o diagnóstico.

3- Melhora da qualidade de vida

Com a evolução dos antirretrovirais, cada vez mais eficazes, conseguiu-se uma estagnação da doença e assim, os pacientes que faziam o tratamento adequadamente, não mais morriam das  complicações relacionadas à AIDS.

Contudo, era grande o número de abandono dos tratamentos. Isso era causado por:

  • Quantidade assustadoramente grande de comprimidos de muitos esquemas
  • Efeitos adversos limitantes que diminuíam a qualidade de vida
  • Alterações corporais tão estigmatizantes quanto a própria doença, como no caso da Lipodistrofia

O que nos ajuda a ter uma melhor adesão hoje em dia:

  • Tratamento do HIV é mais simples, com menor quantidade de comprimidos
  • Medicamentos melhor tolerados, praticamente sem efeitos adversos.
  • Possuem menos efeitos colaterais
  • Posologia bem mais cômoda, alguns esquemas inclusive com a tomada de apenas 1 comprimido ao dia.

4- Casais HIV positivos ou sorodiscordantes podem gerar filhos HIV negativos

O pai soropositivo com mãe soronegativa não consegue passar o vírus para o bebê.

Quanto maior a quantidade de vírus no sangue, maior o risco da mãe transmitir o vírus ao seu bebê

Quando a mãe trata, o vírus se mantém indetectável no sangue, o que diminui as chances de transmissão.

Além disso, existem cuidados que podem ser tomados no peri parto com a gestante e bebê, que levam as chances de transmissão próximos ao zero. (mais detalhes Aqui).

5- O Brasil e os novos tratamentos contra a AIDS

Independente das coformulações (mais de uma substância em um mesmo comprimido), qualquer esquema de tratamento contra o vírus HIV deve possuir pelo menos 3 substâncias de pelo menos 2 classes distintas.

No Brasil existem muitas opções de tratamento. Temos 19 antirretrovirais divididos em 4 classes. 

O nosso país é um dos poucos países no mundo que disponibiliza tratamento gratuito para toda a população independente de sua classe social.

Isso é uma revolução em termos de políticas públicas e controle de epidemia, pois pacientes com carga viral indetectável, não transmitem a doença para outras pessoas.

Dolutegravir, antes disponível apenas para casos muito selecionados, é uma opção ao Efavirenz desde Janeiro de 2017 (saiba mais aqui).

6- Profilaxia pré exposição

Truvada, usado para a Profilaxia Pré-exposição (PrEP

7- Estratégias para a Cura do HIV

A busca pela cura segue sendo muito importante e a resolução de problemas antigos acaba levando ao aparecimento de novos desafios.

Mas temos muito mais motivos para festejar, do que para sofrer.

Temos sim que olhar para a frente e ver tudo o que nos falta por conquistar, mas é fundamental não nos esquecermos de tudo o que já conquistamos.

 

Fontes:


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Não tenha vergonha da HIV!

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

3 thoughts on “Evoluções no combate ao HIV

  1. Parabéns pelo texto.
    Já realizo o tratamento retroviral a algum tempo e agora pretendo viajar para a Itália e conseguir minha dupla nacionalidade. Você saberia me informar se eu conseguiria levar medicamentos para um longo período de tempo? (pelo menos até minha documentação ser liberada – cerca de 12 meses). Ou se na Itália o tratamento de HIV é gratuito mesmo para imigrantes ilegais ou que estão morando lá enquanto sai o processo de cidadania?
    Desde já agradeço.

    1. Bom dia. O que pode acontecer é recolherem a medicação por não saberem que a medicação é para uso próprio. O recomendado é que leve sempre consigo uma carta do seu médico indicando que a medicação é prescrita , afirmando que estes medicamentos é para uso pessoal e não têm qualquer valor comercial (a carta não tem de dizer que é para o HIV) e duas cópias de sua receita – uma com os medicamentos, outra na sua bagagem de mão. Pode pedir ao seu médico para lhe elaborar a carta sob a forma de uma lista de medicamentos pelo respectivo nome com doses diárias (a menos que você esteja visitando um país com restrições à entrada de pessoas vivendo com HIV / AIDS). De qualquer forma, você deverá fazer uma pesquisa prévia para saber quais as exigências do país ao qual irá visitar.

      1. Obrigado pelas diretrizes, irei proceder dessa forma.
        O que sei é que Itália não tem restrições, o que preciso descobrir é se lá também fornecem os remédios gratuitos como ocorre no Brasil. Pois é bem provavel que eu vá morar lá e seria mais viável ter continuidade do tratamento por lá.

        Abraços e parabéns pelo seu trabalho!

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