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História do HIV

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História do HIV

Desde a sua descoberta, em 1981, o HIV/Aids matou mais de 40 milhões de pessoas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas em 2021, aproximadamente 650 mil pessoas morreram de causas relacionadas ao HIV, e 1,5 milhão adquiriram o vírus. Isso equivale a mais de 4 mil novos casos todos os dias.

No final de 2021, estimava-se que cerca de 38,4 milhões de pessoas viviam com o HIV no mundo. Entre elas, 1,7 milhão são crianças com menos de 15 anos de idade. Dois terços do total (25,6 milhões) de pessoas que vivem com o HIV residem em países da África.

História do HIV: 1.900 – Dos Macacos aos Seres Humanos

  • Entre 1.884 e 1.994, em algum lugar na Africa Central, um caçador mata um chimpanzé.
  • Algum sangue do animal entra no corpo do caçador, possivelmente por uma ferida aberta.
  • Este sangue carrega um vírus que é inofensivo para o chimpanzé, porém letal para o ser humano, um vírus que mais tarde receberia o nome de HIV.
  • O vírus se espalha entre os seres humanos, mas as mortes causadas por ele são atribuídas a outros fatores.

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História do HIV: 1.981 – Primeiros casos reconhecidos

  • Em junho, é publicado em revista médica, o primeiro caso de morte em um homem gay jovem por pneumonia
  • Tratava-se de uma pneumonia grave causada por um fungo, capaz de causar doença apenas em pessoas com imunidade muito baixa.
  • Em 14 de Julho, primeiro relato de caso do Sarcoma de Kaposi – câncer de pele até então raro.

História do HIV: 1.982 – o nome “AIDS”

  • A Síndrome recebe o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS.
  • Cientistas suspeitam que a transmissão ocorra por sangue contaminado.
  • Ainda não se sabe o que causa a síndrome
  • Confirmados os primeiros casos de AIDS no Brasil
  • Identificação da transmissão por transfusão sanguínea
  • Chamada de Doença dos 5 Hs: Homossexuais, Hemofílicos, Haitianos, Heroinômanos (usuários de heroína injetável), Hookers (profissionais do sexo em inglês)

História do HIV: 1.983 – A causa é um vírus

  • Isolado vírus em glândula de paciente com AIDS
  • CDC confirma transmissão da AIDS à mulheres heterossexuais
  • Confirmada transmissão vertical (Filhos de gestantes com a doença nasciam com a doença ou a pegavam logo após o parto)
  • Primeiramente recebe o nome de “Vírus Associado a linfadenopatia” – LAV
  • Primeira notificação do vírus em crianças

História do HIV: 1.984-85

  • Compartilhamento de agulha é identificado como método de transmissão
  • Estruturação do Programa da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, primeiro programa brasileiro para o controle da Aids.
  • O vírus recebe o nome de HLTV-III por pensarem ser um novo sorotipo de mesmo vírus já descoberto, HTLV
  • Morre o ator Rock Hudson, vítima da AIDS
  • Histeria mundial
  • Perseguição às pessoas com AIDS
  • Primeiro teste diagnóstico licenciado, bancos de sangue começam a usá-lo para avaliar sangue de doadores.

História do HIV: 1.986 – Nome oficial

  • O vírus recebe oficialmente o nome de Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV
  • Presidente Reagan usa publicamente a palavra AIDS pela primeira vez.

História do HIV: 1.987

  • Proibida entrada de imigrantes com HIV nos Estados Unidos
  • Em Londres, durante a abertura de uma unidade de HIV/AIDS no Hospital Middlesex, a princesa Diana – sem luvas – aperta a mão de uma pessoa com AIDS.
    • Na época, alguns acreditavam que a doença poderia se espalhar por contato casual.
  • Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz isolam o HIV-1 pela primeira vez na América Latina.
  • Início da administração do AZT (Zidovudina), medicamento utilizado em pacientes com câncer, para o tratamento da Aids.
  • Durante a 3ª Conferência Internacional de Aids, realizada em Washington (EUA) naquele ano, 200 mil pessoas, ativistas e pessoas vivendo com o vírus, participaram do lado de fora do evento

História do HIV: 1.988

  • Em 27 de outubro, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta Contra Aids combatendo o preconceito, a desinformação e o estigma.

História do HIV: 1.988 – 1.990

  • FDA libera o uso de drogas ainda em estudos clínicos para tratamento de pessoa com AIDS
  • 01 de Dezembro de 1.988 – primeiro dia mundial contra a AIDS
  • Em 1.989 – FDA libera o uso do 2º medicamento antirretriviral, a Didanosina (DDI) para paciewntes intolerantes ao AZT
  • Mudança do alvo terapêutico
  • Cientistas descobrem que o vírus circula no sangue e vai reduzindo a imunidade, muito antes do aparecimento dos sintomas da AIDS
  • O objetivo do tratamento passa a ser manter os níveis de vírus no sangue baixos.
  • Morre aos 32 anos, o cantor Cazuza, vítima da AIDS

História do HIV: 1.991-92

  • O laço vermelho torna-se o símbolo da consciência  sobre a AIDS
  • Em 07 de Novembro de 1991, o atleta Magic Johnson anuncia que é portador do vírus do HIV e se retira do basket
  • 2 semanas depois, cantor Freddie Mercury morre, vítima da AIDS
  • A AIDS se torna a primeira causa de morte entre homens de 25-44 anos nos Estados Unidos
  • FDA autoriza o 3º antirretriviral, a Zalcitabina (DDC) pacientes intolerantes ao AZT.
  • FDA licencia o primeiro teste rápido
  • O AZT (Zidovudina) começa a ser distribuído pelo SUS

História do HIV: 1.993-94

  • Anúncio para o uso de preservativos como forma de prevenção da transmissão do HIV na televisão.
  • AZT começa a ser produzido no Brasil
  • Estudos mostram que o AZT pode cortar a transmissão do vírus de mãe para filho.

História do HIV: 1.996-97 – Inicio da Era TARV (Inicio do chamado “Coquetel”)

  • Inicio do uso do coquetel (Zidovudina + Didanosina) para tratamento do HIV.
  • Criação da UNAIDS
    • Programa das Nações Unidas, que tem a função de criar soluções e ajudar nações no combate à AIDS.
  • O tratamento é capaz de reduzir a taxa viral a níveis quase indetectáveis no sangue e reduz as mortes por HIV em 40%.
  • Em 11 de outubro de 96, morre Renato Russo
  •  Em 09 de agosto de 97 morre o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, vítima da AIDS

História do HIV: 1.998-2000 – Efeitos adversos dos ARV

  • Apesar de sobrevivendo, a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV era ruim
    • Muitos comprimidos para se tomar todos os dias, 
    • Muitos casos de pessoas com efeitos colaterais graves aos antirretrovirais
    • Aumento do numero de abandono de tratamento
  • Aumenta o número de falhas ao tratamento mesmo de pessoas sem histórico de abandono (resistência do vírus aos antirretrovirais)
  • FDA aprova novas classes de ARV (Inibidores de Protease)
    • Estes medicamentos atuam impedindo que o vírus HIV amadureça, ele fica defeituoso e não consegue infectar novas células.

História do HIV: 2.001-2.002

  • A AIDS se torna a principal causa de morte em todo o mundo para pessoas de 15 a 59 anos
  • O tratamento ainda não está disponível para a grande maioria das pessoas que vivem com HIV.
    • Apenas 1% dos 4,1 milhões de africanos subsaarianos com HIV recebem medicamentos anti-HIV.

História do HIV: 2.003

  • O presidente Bush anuncia o Plano de Emergência do Presidente de US$ 15 bilhões para Alívio da AIDS.
    • A prevenção enfatiza a abstinência sexual.

História do HIV: 2.006-07 – Inicio da era dos Inibidores da Integrase

  • UNAIDS recomenda a circuncisão como forma de redução do risco de transmissão da mulher para o homem em locais de alto risco.
  • Em 12 de Outubro de 2007, o FDA aprova o uso do Raltegravir – o  primeiro Inibidor da Integrase
    • Esses medicamentos atuam bloqueando a integrase,enzima responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (material genético da célula).Sendo assim o HIV que está dentro da célula humana não consegue colocar a nossa célula para produzir mais vírus HIV, ou seja, não se multiplica.
  • Medicamentos como este possibiltam a redução da variedade de medicamentos necessários nos esquemas de tratamento

História do HIV: 2.008

  • Novo aumento de casos novos entre homens que fazem sexo com homens.

História do HIV: 2.009 – 1º caso de cura do HIV

  • Publicado o primiero caso de cura do HIV, conhecido como “Paciente de Berlim
  • No Brasil, o Programa Nacional de DST e Aids torna-se departamento da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

História do HIV: 2.010

  • Revogação da lei de proibição de imigrantes portadores de HIV

História do HIV: 2.011 

  • O Brasil anuncia a produção nacional de dois novos medicamentos para HIV – Atazanavir e Raltegravir.

História do HIV: 2.012  – PrEP

  • FDA aprova o uso de Tenofovir/Entricitabina como Profilaxia Pré-Exposiçao – PrEP com o objetivo de prevenir novas infecções entre pessoas de alto risco.
  • FDA aprova também o primeiro teste rapido para HIV para se fazer em casa.

História do HIV: 2016-17 – PrEP no Brasil / U=U

  • No Brasil, Anvisa libera comercialização de autoteste para o HIV em farmácias.
  • Anvisa libera o uso do Truvada (medicação usada para a Profiláxia Pré-exposição)  no Brasil que passa a ser disponibilizada pelo SUS
  • CDC – Centro de Controle de doenças dos Estados Unidos, define que pessoas com Carga Viral indetectável não transmitem o vírus, mesmo em relações sexuais sem preservativo. É a campanha U=U (undetectable is untransmittable) ou seja, I=I (Indetectável é igual a Intransmissível)

História do HIV: 2.019 – Primeira doação de órgão feita por pessoa com HIV

  • Em 25 de março, na Johns Hopkins – EUA, um doador HIV positivo doa um rim a um receptor HIV positivo pela primeira vez

História do HIV: 2.021 – PrEP Injetável

  • FDA libera o uso do Cabotegravir, medicação injetável como Profilaxia Pré-exposição

 

 

Publicado pela primeira vez em 9 de Janeiro de 2018, revisado pela última vez em 01 de Dezembro de 2022.

Referências:


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.
https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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