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Efeitos do HIV nos Ossos

Efeitos do HIV nos ossos
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Efeitos do HIV nos Ossos. Sabemos que o vírus da imunodeficiência humana causa um envelhecimento mais acelerado do organismo em vários aspectos. Entre eles, podemos citar o enfraquecimento ósseo.

Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre como o HIV pode interferir na saúde de seus ossos e as possíveis consequências de não tratar a condição corretamente.

Efeitos do HIV nos Ossos

Causas Específicas de Enfraquecimento do Osso no Paciente HIV Positivo

  • Enfraquecimento do osso devido à ação inflamatória secundária ao vírus;
  • Uso de antirretrovirais, como o Tenofovir, que enfraquecem o osso.

Outras Causas de Enfraquecimento do Osso

  • Deficiência de vitamina D;
  • Deficiência de Proteína;
  • Alteração dos íons: magnésio e fósforo;
  • Sedentarismo;
  • Mulheres após a menopausa;
  • Homens após os 65 anos;
  • Fumantes;
  • Consumo excessivo de bebida alcoólica;
  • Consumo excessivo de café;
  • Diabetes Mellitus;
  • Doenças do coração;
  • Doenças hormonais (como problemas da tireoide e problemas no ovário);
  • Doenças gastrointestinais que prejudiquem a absorção de nutrientes;
  • Certos medicamentos;
  • Desnutrição.

Efeitos do HIV nos Ossos – Densidade Mineral Óssea

Efeitos do HIV nos ossos

Pessoas com HIV possuem maior risco de apresentar densidade mineral óssea baixa.

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Apesar de serem duros, os ossos são um tecido esponjoso (cheio de furinhos). Quanto maior sua densidade, mais resistente ele se torna, ou seja, quanto mais esponjoso, mais fácil de se romper e provocar fraturas e lesões.

O envelhecimento natural do ser humano pode levar à redução da resistência óssea. Por este motivo, a maioria dos casos de osteoporose ocorre com o avançar da idade, logo, pessoas idosas têm maior risco de fraturar ossos quando sofrem quedas.

Resistência Óssea

O início da terapia antirretroviral está associado com uma diminuição de 2-6% de massa óssea durante os primeiros dois anos de tratamento, um decréscimo que é semelhante, em magnitude, ao que ocorre durante os primeiros dois anos após a menopausa.

A densidade mineral óssea (DMO) pode ser medida por meio de um exame de imagem chamado Densitometria óssea. Este exame compara o padrão de resistência do paciente ao esperado para pessoas do mesmo gênero e faixa de idade da mesma população.

Um estudo realizado na Tailândia mostrou maior incidência de pessoas com DMO abaixo do normal entre os pacientes com HIV. Este estudo foi feito com 201 homens e 122 mulheres HIV positivos entre 2016 e 2017. 82% dos pacientes usavam Tenofovir em seu esquema há mais ou menos 7,6 anos.

Resultados do estudo:

Efeitos do HIV nos ossos

Efeitos do HIV nos Ossos – Fratura Vertebral

Fratura de vértebras é significativamente mais alta em pacientes vivendo com HIV, independente de idade ou sexo.

Efeitos do HIV nos ossos

Vértebras são estruturas ósseas que compõem a coluna vertebral. Também conhecida como espinha dorsal, a coluna é a estrutura que dá sustentação ao tronco do corpo. Por ela, também passa a medula espinhal, porção de neurônios que comunica o cérebro com todo o corpo.

Uma Revisão de literatura de 14 estudos envolvendo 26 países foi publicada em 2017. Participaram 10.593 pacientes vivendo com HIV, com idade entre 31 e 72 anos. O estudo mostrou uma incidência anual de fratura vertebral entre os pacientes vivendo com HIV de 0,8 pessoas a cada 1.000.

Essa incidência ocorre especialmente em pacientes com idade entre 40 e 58 anos, independente do gênero. Essa taxa é muito alta. Entre pacientes HIV negativos, apenas mulheres maiores de 65 anos apresentam incidência similar.

Como Prevenir Fraturas Em Pacientes com HIV

Efeitos do HIV nos ossos

Fortalecimentos dos Ossos

Avaliação Precoce dos Efeitos do HIV nos Ossos

  • Realização precoce de densitometria óssea em:
    • Pacientes com diagnóstico do HIV há mais de 10 anos
    • Idosos com diagnóstico de HIV
    • Portadores de HIV com outros fatores de risco para desenvolvimento de osteoporose.

Em caso de dúvidas, busque ajuda de seu médico infectologista de confiança, ele poderá indicar soluções adequadas para o seu caso.

Mais Informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 22 de out de 2017 e Atualizado em: 03 de agosto de 2021


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.
https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

8 thoughts on “Efeitos do HIV nos Ossos

  1. Ola Dra. Fui diagnósticado a pouco menos de 10 meses e faço tratamento desde então, a carga viral esta indetectável, porém nos últimos 15 dias tenho passado por uma dor terrível na coluna e dificuldades para defecar seguidas de dores abdominais, há possibilidade de os antivirais estar associado a estes sintomas? Qual os exames devo fazer neste caso?

  2. Olá!! Parabens pela matéria!! Existe alguma combinação de retrovirais menos prejudicial aos ossos?

    1. Existem, mas a escolha dos antivirais deve ser avaliada caso a caso e não é porque um esquema provavelmente agrida menos os ossos, ele é o mais adequado.
      Outra coisa que deve ser avaliado também são outros fatores que pode interferir na fragilidade óssea (como uso prolongado de corticoides) e outras coisas que podem ajudar em seu fortalecimento (como atividade física e manter vitamina D em níveis adequados.

      1. Sou soro positiva a quatro anos e ultimamente sinto muitas dores nos dois joelhos, será que tel alguma coisa a ver com os coquetéis, eu tomo o 3/1

        1. Não é algo que costumamos ver associado a medicação. sugiro que você discuta isso com o seu médico infectologista para fazer os exames necessários e tomar as medias pertinentes antes que a situação priore por falta de providências.

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