Abscesso – Tipos, Sintomas e Como Tratar
Publicado: 19/03/2024
Publicado: 19/03/2024
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Os abcessos são uma condição relativamente comum que podem se tornar potencialmente sérias quando não tratadas adequadamente. Geralmente, um abscesso surge como resultado de uma resposta imunológica a uma infecção, seja em uma ferida, em um dente ou em uma glândula sebácea obstruída, por exemplo.
O abscesso pode já se apresentar logo no início do quadro clínico ou ser uma complicação de um quadro infeccioso que não foi adequadamente tratado.
É importante procurar atendimento médico se você suspeitar de um abscesso ou se tiver sintomas como dor intensa, inchaço, vermelhidão ou febre. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre como tratar um abcesso.
Um abscesso é uma condição médica caracterizada por uma coleção de pus formando uma cavidade em um determinado tecido do corpo inflamado. O pus por sua vez é liquido formado por células brancas do sangue, micróbios mortos e tecido morto, e é produzido como resultado de uma resposta do sistema imunológico a uma infecção ou outro tipo de irritação.
Os abscessos podem ocorrer em diferentes partes do corpo, incluindo pele, órgãos internos, gengivas, dentes, tecidos moles ou mesmo osso. Eles podem se apresentar como inchaços dolorosos, quentes e avermelhados, muitas vezes acompanhados de sintomas como febre, mal-estar e sensibilidade local.
Os abscessos podem ser classificados segundo sua localização
Na maioria dos casos, o abscesso é um tipo de massa dolorosa, vermelha e quente ao toque.
Pessoas com abscessos podem se queixar de:
A suspeita diagnóstica ocorre com história clínica e exame físico
Quando há dúvida diagnóstica ou quando o abscesso é interno a confirmação deve ser feita por exame de imagem como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética.
O abscesso pode seguir um desses 3 caminhos:
Grande parte dos casos de abscessos quando não tratados vão continuar piorando. Essa piora pode aparecer como aumento do abscesso, chegando inclusive a comprimir estruturas próximas.
Dependendo da localização do abscesso, a drenagem espontânea pode ocorrer através da formação de uma fístula, comunicando duas estruturas ou órgãos que normalmente não se comunicam com a passagem do pus para esta outra cavidade externa ou interna. Um exemplo é a fístula anal comunicando um abscesso anal com a pele ao redor do ânus). Outro tipo de complicação de abscesso interno é a drenagem interna como abscesso intra abdominal drenando para dentro da cavidade abdominal
Além disso, podem até mesmo se espalhar para os tecidos ou corrente sanguínea.
O tratamento adequado de um abscesso é crucial para prevenir complicações graves e promover uma recuperação completa da condição. Os principais meios de tratamento incluem:
O tratamento antibiótico específico para aquele tipo de infecção pela dose, tempo e via de administração necessários são fundamentais para o sucesso terapêutico. A escolha do antibiótico depende do tipo de micro-organismo esperado para aquela infecção. Sempre que possível, devemos tentar isolar o agente etiológico causador da infecção. Esta identificação é feita através da coleta de material da forma adequada e envio desse material para culturas Uma vez isolado o agente em culturas também é possível descobrir o perfil de sensibilidade para ele com todos os antimicrobianos aos quais ele é sensível ou resistente.
O tratamento antimicrobiano para um abscesso é sempre sistêmico, seja pela via enteral (exemplo: via oral) ou parenteral, ou seja pela via endovenosa.
Cremes, pomadas e loções não são capazes de tratar abscessos.
É importante seguir rigorosamente as instruções do médico ao tomar antibióticos e concluir o curso completo de tratamento, mesmo que os sintomas melhorem antes do fim do ciclo medicamentoso.
O tempo necessário de tratamento pode variar conforme o local e a evolução da doença.
Sem a retirada do foco infeccioso o antibiótico não consegue sozinho resolver o problema.
Conforme a evolução do abscesso, procedimentos cirúrgicos devem ser realizados. Seja apenas drenagem ou mesmo limpeza ou desbridamento.
Quando a drenagem do abscesso está indicada, também é uma excelente oportunidade de coleta de material para culturas que não pode ser desperdiçada. Quando isso pode ser feito antes do início do tratamento antimicrobiano é o ideal pois aumenta a sensibilidade da cultura. Mas independente do tempo de antibiótico usado ou mesmo se já existir um agente identificado, deve-se aproveitar este momento para reavaliar o perfil de sensibilidade dos organismos presentes. para guiar o tratamento antibiótico que pode precisar de ajustes ao longo do processo
Quando a drenagem do abscesso está indicada, também é uma excelente oportunidade de coleta de material para culturas que não pode ser desperdiçada. Quando isso pode ser feito antes do início do tratamento antimicrobiano é o ideal pois aumenta a sensibilidade da cultura. Mas independente do tempo de antibiótico usado ou mesmo se já existir um agente identificado, deve-se aproveitar este momento para reavaliar o perfil de sensibilidade dos organismos presentes para guiar o tratamento antibiótico que pode precisar de ajustes ao longo do processo.
A drenagem eficaz não apenas alivia a pressão e a dor associadas ao abscesso, mas também ajuda a acelerar o processo de cicatrização da região afetada.
Em alguns casos, o abscesso volta a se colecionar pouco tempo após sua drenagem. Se isso ocorrer ou se o cirurgião avaliar que existe risco para isso, após a drenagem e limpeza, é deixado um dreno para facilitar a saída de secreção enquanto o antimicrobiano vai exercendo sua função
Uma adequada coleta da amostra para culturas é importante para realmente ajudar a guiar o tratamento. coletar amostras com swab de secreção escorrendo pela pele por exemplo, só trará resultado de microrganismos colonizantes e não necessariamente os causadores da infecção e isso pode longe de ajudar, atrapalhar a escola do tratamento.
Infelizmente, a cultura negativa não exclui a infecção. A causa mais comum de resultados de culturas falso negativas (culturas com resultados negativos mesmo com o agente infeccioso presente) é o uso vigente ou recente de antibióticos)
O critério de cura é o tempo de antibiótico e avaliação de resposta terapêutica de forma clínica (sensação de dor e exame físico), laboratorial e imagem.
Após a suspensão do antibiótico, exames laboratoriais e de imagem podem ser necessários para identificar qualquer piora logo em seu inicio.
Não ocorre recidiva desse tipo de infecção, ou seja, uma vez curada a infecção não volta. Porém pode ocorrer apesar da aparente resolução do problema ainda haver uma pequena quantidade do agente infeccioso e isso tem mais chance de ocorrer se o tratamento não for realizado adequadamente, como a suspensão do antibiótico antes da hora ou presença de foco mantido. Se for este o caso, após a suspensão do antibiótico haverá nova piora do quadro.
Apesar de não haver recidiva em caso de cura a pessoa pode ter novo quadro infeccioso se as situações que levaram à primeira infecção permanecerem ou voltarem a aparecer.
Em certos casos, pode ser necessário realizar procedimentos adicionais, como a drenagem de glândulas sebáceas obstruídas, para reduzir o risco de novos abscessos, verifique sempre com seu médico se este é seu caso.