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Abscesso – Tipos, Sintomas e Como Tratar

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Os abcessos são uma condição relativamente comum que podem se tornar potencialmente sérias quando não tratadas adequadamente. Geralmente, um abscesso surge como resultado de uma resposta imunológica a uma infecção, seja em uma ferida, em um dente ou em uma glândula sebácea obstruída, por exemplo.

O abscesso pode já se apresentar logo no início do quadro clínico ou ser uma complicação de um quadro infeccioso que não foi adequadamente tratado.

É importante procurar atendimento médico se você suspeitar de um abscesso ou se tiver sintomas como dor intensa, inchaço, vermelhidão ou febre. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre como tratar um abcesso.

O Que É um Abscesso

Um abscesso é uma condição médica caracterizada por uma coleção de pus formando uma cavidade em um determinado tecido do corpo inflamado. O pus por sua vez é liquido formado por células brancas do sangue, micróbios mortos e tecido morto, e é produzido como resultado de uma resposta do sistema imunológico a uma infecção ou outro tipo de irritação.

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Os abscessos podem ocorrer em diferentes partes do corpo, incluindo pele, órgãos internos, gengivas, dentes, tecidos moles ou mesmo osso. Eles podem se apresentar como inchaços dolorosos, quentes e avermelhados, muitas vezes acompanhados de sintomas como febre, mal-estar e sensibilidade local.

Tipos de abscesso

Os abscessos podem ser classificados segundo sua localização

  • Abscessos cutâneos
    • Abscesso de partes moles
      • Exemplos: Abscesso mamário, coxas, nádegas, etc
  • Abscessos orais
    • Abscessos de gengivas
    • Abscessos periapicais ( formam-se na ponta da raiz do dente)
    • Abscessos periodontais (Afetam ossos e tecidos que sustentam os dentes)
    • Abscesso tonsilar
    • Abscesso peritonsilar
    • Abscesso retrofaríngeo (atrás da garganta)
  • Abscessos internos
    • Exemplos
      • Sistema nervoso central (Abscesso  subdural, epidural, cerebral, etc)
      • Órgãos internos torácicos (pulmões, coração, etc)
      • Órgãos internos abdominais ((pâncreas, rins, fígado, baço, apêndice, próstata, ovários, etc)
      • Abscesso articular
      • Abscesso  ósseo

Sintomas de Um Abcesso

Na maioria dos casos, o abscesso é um tipo de massa dolorosa, vermelha e quente ao toque.

Pessoas com abscessos podem se queixar de:

  • Febre;
  • Vermelhidão;
  • Aumento da sensibilidade local;
  • Dor;
  • Calor local
  • Edema (inchaço);
  • Gânglios linfáticos aumentados.
  • Incompetência funcional (pela dor e/ou pelo inchaço)
  • cansaço
  • Perda de apetite
  • Perda de peso

Diagnóstico

A suspeita diagnóstica ocorre com história clínica e exame físico
Quando há dúvida diagnóstica ou quando o abscesso é interno a confirmação deve ser feita por exame de imagem como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética.

Evolução do abscesso

O abscesso pode seguir um desses 3 caminhos:

  • Drenagem espontânea com saída espontânea da secreção. Neste caso, caso não haja drenagem espontânea de todo o conteúdo uma intervenção cirúrgica pode ser necessária em algum momento)
  • Absorção da coleção naturalmente pelo organismo com resolução do quadros sem drenagem de seu conteúdo para o exterior
  • Aumento do tamanho sem resolução nem drenagem espontânea – neste caso uma intervenção para drenagem e limpeza mecânica deve ser feita.

Complicações

Grande parte dos casos de abscessos quando não tratados vão continuar piorando. Essa piora pode aparecer como aumento do abscesso, chegando inclusive a comprimir estruturas próximas.

Dependendo da localização do abscesso, a drenagem espontânea pode ocorrer através da formação de uma fístula, comunicando duas estruturas ou órgãos que normalmente não se comunicam com a passagem do pus para esta outra cavidade externa ou interna. Um exemplo é a fístula anal comunicando um abscesso anal com a pele ao redor do ânus). Outro tipo de complicação de abscesso interno é a drenagem interna como abscesso intra abdominal drenando para dentro da cavidade abdominal

Além disso,  podem até mesmo se espalhar para os tecidos ou corrente sanguínea.

Como Tratar Um Abscesso

O tratamento adequado de um abscesso é crucial para prevenir complicações graves e promover uma recuperação completa da condição. Os principais meios de tratamento incluem:

Antibioticoterapia

O tratamento antibiótico específico para aquele tipo de infecção pela dose, tempo e via de administração necessários são fundamentais para o sucesso terapêutico. A escolha do antibiótico depende do tipo de micro-organismo esperado para aquela infecção. Sempre que possível, devemos tentar isolar o agente etiológico causador da infecção. Esta identificação é feita através da coleta de material da forma adequada e envio desse material para culturas Uma vez isolado o agente em culturas também é possível descobrir o perfil de sensibilidade para ele com todos os antimicrobianos aos quais ele é sensível ou resistente.

O tratamento antimicrobiano para um abscesso é sempre sistêmico, seja pela via enteral (exemplo: via oral) ou parenteral, ou seja pela via endovenosa.

Cremes, pomadas e loções não são capazes de tratar abscessos.

É importante seguir rigorosamente as instruções do médico ao tomar antibióticos e concluir o curso completo de tratamento, mesmo que os sintomas melhorem antes do fim do ciclo medicamentoso.

O tempo necessário de tratamento pode variar conforme o local e a evolução da doença.

Drenagem

Sem a retirada do foco infeccioso o antibiótico não consegue sozinho resolver o problema.
Conforme a evolução do abscesso, procedimentos cirúrgicos devem ser realizados. Seja apenas drenagem ou mesmo limpeza ou desbridamento.

Quando a drenagem do abscesso está indicada, também é uma excelente oportunidade de coleta de material para culturas que não pode ser desperdiçada. Quando isso pode ser feito antes do início do tratamento antimicrobiano é o ideal pois aumenta a sensibilidade da cultura. Mas independente do tempo de antibiótico usado ou mesmo se já existir um agente identificado, deve-se aproveitar este momento para reavaliar o perfil de sensibilidade dos organismos presentes. para guiar o tratamento antibiótico que pode precisar de ajustes ao longo do processo

Quando a drenagem do abscesso está indicada, também é uma excelente oportunidade de coleta de material para culturas que não pode ser desperdiçada. Quando isso pode ser feito antes do início do tratamento antimicrobiano é o ideal pois aumenta a sensibilidade da cultura. Mas independente do tempo de antibiótico usado ou mesmo se já existir um agente identificado, deve-se aproveitar este momento para reavaliar o perfil de sensibilidade dos organismos presentes para guiar o tratamento antibiótico que pode precisar de ajustes ao longo do processo.

A drenagem eficaz não apenas alivia a pressão e a dor associadas ao abscesso, mas também ajuda a acelerar o processo de cicatrização da região afetada.

Em alguns casos, o abscesso volta a se colecionar pouco tempo após sua drenagem. Se isso ocorrer ou se o cirurgião avaliar que existe risco para isso, após a drenagem e limpeza, é deixado um dreno para facilitar a saída de secreção enquanto o antimicrobiano vai exercendo sua função

Coleta adequada da amostra para cultura

Uma adequada coleta da amostra para culturas é importante para realmente ajudar a guiar o tratamento. coletar amostras com swab de secreção escorrendo pela pele por exemplo, só trará resultado de microrganismos colonizantes e não necessariamente os causadores da infecção e isso pode longe de ajudar, atrapalhar a escola do tratamento.

Cultura negativa não exclui infecção

Infelizmente, a cultura negativa não exclui a infecção. A causa mais comum de resultados de culturas falso negativas (culturas com resultados negativos mesmo com o agente infeccioso presente) é o uso vigente ou recente de antibióticos)

Critérios de cura

O critério de cura é o tempo de antibiótico e avaliação de resposta terapêutica de forma clínica (sensação de dor e exame físico), laboratorial e imagem.

Após a suspensão do antibiótico, exames laboratoriais e de imagem podem ser necessários para identificar qualquer piora logo em seu inicio.

Não ocorre recidiva desse tipo de infecção, ou seja, uma vez curada a infecção não volta. Porém pode ocorrer apesar da aparente resolução do problema ainda haver uma pequena quantidade do agente infeccioso e isso tem mais chance de ocorrer se o tratamento não for realizado adequadamente, como a suspensão do antibiótico antes da hora ou presença de foco mantido. Se for este o caso, após a suspensão do antibiótico haverá nova piora do quadro.

Apesar de não haver recidiva em caso de cura a pessoa pode ter novo quadro infeccioso se as situações que levaram à primeira infecção permanecerem ou voltarem a aparecer.

Prevenção de Recorrências

  • Higienização adequada das mãos
  • Manter boa saúde bucal
  • Não compartilhar toalhas, lâminas de barbear ou escovas de dente
  • Adequado controle de diabetes
  • Realizar atividade física regular
  • Evitar alimentação rica em carboidratos simples
  • Não fumar
  • Evitar lesões na pele e tratar prontamente qualquer infecção ou ferida.

Em certos casos, pode ser necessário realizar procedimentos adicionais, como a drenagem de glândulas sebáceas obstruídas, para reduzir o risco de novos abscessos, verifique sempre com seu médico se este é seu caso.

Fonte:

 


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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