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Infecção de Corrente Sanguínea Relacionada a Cateter – Sintomas e Tratamento

Infecção associada a Cateter Venoso
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O cateter venoso é uma das muitas abordagens médicas utilizadas para a inserção de medicamentos e outras substâncias a longo, médio e curto prazo diretamente na corrente sanguínea de um paciente. Por ser um agente externo acoplado ao nosso organismo, muitas das vezes por um longo período de tempo, é necessário que haja muito cuidado nos procedimentos de uso para evitar grandes danos à saúde do paciente.

Em ambientes fora do hospital, são muito utilizados para tratamentos antibióticos endovenosos prolongados (em regime de home care) e de cânceres nos quais os medicamentos prescritos podem ser administrados sempre pelo mesmo local, sem a necessidade de puncionar as veias dos braços.

Quando não cuidado corretamente, esse tipo de dispositivo pode causar diversos tipos de infecção. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre os sintomas e tratamentos das infecções causadas pelo uso de cateter venoso.

O Cateter

Cateter venoso é o nome dado a um dispositivo médico utilizado para infundir medicamentos diretamente na corrente sanguínea.

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A implantação de um cateter faz com que o paciente tenha mais conforto e segurança ao longo dos dias, seja para receber os medicamentos ou até mesmo para a introdução de outras soluções como por exemplo o soro ou bolsas de sangue.

Tipos de Cateter

Quando falamos em cateteres venosos, logo podemos dizer que existem dois principais tipos de acesso venoso:

  • Acesso venoso periférico
  • Acesso venoso central
  • Acesso venoso central de curta permanência
  • Acesso venoso central de longa permanência

Acesso venoso periférico

Procedimento comum no qual o cateter é introduzido em uma veia periférica de fino calibre, geralmente nas extremidades, mãos, braços, pés ou mesmo no pescoço.

São sempre de curta permanência. Podem ser colocados para administração imediata de alguma substância e retirado logo após o seu término ou permanecer por alguns dias.

Acesso venoso central

Procedimento invasivo utilizado para casos de maior complexidade no qual o cateter é introduzido em uma veia de maior calibre.

Usados em situações nas quais o paciente precisa receber maiores quantidades de soro e soluções medicamentosas, medicamentos mais irritantes, por longos períodos de tempo, ou mesmo, pacientes com dificuldade de acesso venoso periférico.

A introdução do cateter é realizada na região das veias centrais como jugular interna, subclávia ou femoral.

Pode ser de inserção direta na veia central, ou acesso venoso central de inserção periférica (PICC)

Complicações relacionadas a acessos venosos

Acessos venosos periféricos

Frequentemente evoluem com complicações. Na grande maioria das vezes de pouca gravidade:

  • Flebite (inflamação local)
  • Perda do acesso

Acessos venosos centrais de curta permanência

São os mais perigosos, pois suas complicações na maioria das vezes, são potencialmente mais sérias como:

  • Infecção de corrente sanguínea,
  • Endocardites,
  • Sepse

Acessos venosos centrais de longa permanência

Possuem um índice menor de complicações, mas quando ocorrem, também costumam ser potencialmente sérios como

  • Trombos,
  • Infecção no túnel (de inserção) do cateter
  • Infecção de corrente sanguínea,
  • Endocardite,
  • Sepse
  • Infecção de corrente sanguínea

A infecção de corrente sanguínea relacionada ao uso do cateter é umas das principais complicações que esse dispositivo pode causar ao paciente, levando a um maior tempo de internação e em casos mais extremos ao óbito.

Um paciente com infecção pode apresentar sintomas como febre alta, hipotermia, calafrios, hipotensão arterial (choque séptico), taquicardia, sensação de cansaço, prostração (sonolência extrema), confusão mental, hiperglicemia.

Diagnóstico

Algumas alterações no local de inserção do cateter podem nos remeter ao diagnóstico: pele vermelhidão, edema (inchaço), dor local, aumento da sensibilidade, presença de pus.

Mas muitas vezes não será possível observar nenhuma alteração. Por isso que sempre que houver qualquer suspeita de infecção em uma pessoa com acesso venoso, a infecção por essa via deve sempre estar entre os diagnósticos mais prováveis.

Para se confirmar o diagnóstico é necessário coletar 2 amostras pareadas de sangue para culturas: uma do sangue periférico e outra do cateter ao mesmo tempo e devem ser enviadas ao laboratório devidamente identificadas.

Quando o cateter é retirado, sua ponta também pode ser enviada para culturas, mas sempre acompanhado das duas amostras de sangue mencionadas acima. Nunca sozinho. (uma cultura de ponta de cateter positiva pode evidenciar apenas uma colonização por bactéria de pele e sozinho não é capaz de fazer o diagnóstico) podendo inclusive prejudicar o julgamento do médico e consequentemente o tratamento do doente.

Como Tratar uma Infecção de corrente sanguínea

O tratamento de uma infecção de corrente sanguínea associada ao cateter deverá sempre ser feita com antibióticos endovenosos.

Inicia-se sempre com antibióticos de amplo espectro conforme a microbiota da instituição e especificidades do paciente e após os resultados das culturas, avalia-se o ajuste da medicação.

Sempre que possível deve-se deixar de utilizar a via infectada e retirar o acesso o mais rápido possível.

Para se conseguir um novo acesso, preferencialmente não deve ser feito no mesmo local no qual estava o acesso possivelmente infectado.

O tempo entre a suspeita diagnóstica, coleta de exame e início da medicação deve ser muito rápida pois a agilidade desse processo pode fazer a diferença entre a vida e morte do paciente em sepse.

Prevenindo uma Infecção associada a Cateter Venoso

Para prevenir o surgimento de infecções, pacientes que possuem a inserção de cateter devem tomar alguns cuidados para evitar a proliferação de bactérias e outros agentes causadores de doenças.

Um dos cuidados mais importantes é atentar-se à higienização do local, principalmente quando o cateter não está sendo utilizado.

O manuseio do acesso deve ser sempre feito por profissional treinado para isso.

Lavar as mãos, utilizar luvas, máscaras de proteção e materiais assépticos é essencial na hora de manusear o dispositivo para que não haja nenhum tipo de contaminação cruzada.

Deve-se buscar ajuda sempre que:

  • Sentir dor durante a infusão de medicação.
  • Presença de sinais flogísticos no local de inserção do cateter;
    • Dor
    • vermelhidão
    • Inchaço
    • Saída de secreção
  • Inchaço do membro no qual o cateter está inserido

Para mais informações, converse com seu médico de confiança.

Mais Informações sobre este assunto na Internet:

 


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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