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Transmissão Vertical do HIV – O que Significa? Como Acontece?

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Transmissão Vertical do HIV – O que Significa? Como Acontece? – Conhecido por ser a principal infecção sexualmente transmissível, o HIV atinge mais de 35 milhões de pessoas pelo mundo. Ao analisarmos as estatísticas, é possível observar que cerca de 1,7 milhões das pessoas vivendo com o vírus são crianças menores de 15 anos. Isso acontece pelo fato de existirem outras formas de contágio para a doença.

Além do sexo desprotegido, outras formas de se infectar com o vírus HIV são pelo compartilhamento de materiais perfurantes como agulhas e seringas, transfusão de sangue contaminado e o mais comum entre as crianças, a chamada transmissão vertical.

Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre como ocorre a transmissão vertical do HIV.

O Que É o HIV

O vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da AIDS, ataca o sistema imunológico do indivíduo, deixando-o fragilizado. O retrovírus atinge principalmente os linfócitos denominados T CD4+.

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Sua transmissão pode ser disseminada através do contato com sangue contaminado, assim como sêmen, fluidos vaginais, líquido peritoneal, pleural, pericárdico, articular, líquor e líquido amniótico, muito comum em infecções infantis, ou seja, pela transmissão vertical.

Transmissão Vertical do HIV

Transmissão Vertical do HIV - O que Significa? Como Acontece?

A transmissão vertical do HIV ocorre da mãe para o feto ainda no período de gestação, durante o parto ou na amamentação do bebê. Nestas fases, o contato com fluidos contaminados, tanto no líquido amniótico quanto no leite materno, pode levar a criança a desenvolver a doença antes mesmo dos primeiros anos de vida.

Segundo dados oficiais do ministério da saúde, o primeiro caso de transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana foi diagnosticado no ano de 1985. Um boletim epidemiológico emitido entre os anos de 1980 a 2006 mostrou que esse meio de infeção foi responsável por 78,1% do total de casos de HIV em crianças menores de 13 anos.

A coleta de dados também apontou o momento de trabalho do parto como o mais propenso a infectar o bebê, uma vez que foi responsável por cerca de 65% dos casos. A infecção intrauterina, ou seja, aquela que ocorre ainda no período gestacional aparece com 35% dos casos, 5% a mais que a transmissão por meio da amamentação, que corresponde a 30% dos casos quando a mãe é infectada durante o período de aleitamento.

Como Prevenir a Transmissão Vertical do HIV

O padrão de atendimento para a prevenção da transmissão vertical (PTV) do HIV inclui testes pré-natais de rotina para todas as mulheres grávidas.

Para aquelas positivas, é recomendado:

  • Terapia antirretroviral combinada pré-parto (cART);
    • Zidovudina intravenosa intraparto;
  • Seis semanas de zidovudina oral pós-natal para a criança;
    • Fórmula exclusiva de alimentação do bebê.

Teste de HIV Durante a Gravidez

O teste de HIV é recomendado para todas as mulheres grávidas. Mulheres cujo status de HIV é desconhecido no momento do parto devem ser submetidas a testes rápidos de anticorpos.

Para mulheres com risco aumentado de infecção pelo HIV (por exemplo, uso de drogas intravenosas, sexo comercial, relações sexuais desprotegidas frequentes com múltiplos parceiros, mulher soronegativa de um casal sorodiscordante) que testam negativo no início da gravidez, devem repetir o teste no terceiro trimestre) e no momento do parto.

Mulheres vivendo com HIV, previamente diagnosticadas ou identificadas durante a gravidez, devem ser seguidas por um especialista com experiência no tratamento do HIV durante a gravidez, tratadas com cART e monitoradas para a supressão viral. A cesariana eletiva deve ser planejada para aquelas com supressão viral inadequada próximo ao parto (carga viral > 1000 cópias / mL).

Medicamentos Antiretrovirais para o Recém-Nascido

Todos os bebês de mães com infecção pelo HIV devem receber terapia anti-retroviral o mais rápido possível após o nascimento, de preferência entre 6 e 12 horas após o nascimento. A eficácia diminui com o aumento do tempo após o nascimento e provavelmente é completamente perdida quando iniciada após mais de 72 horas de vida.

Amamentação

Pessoas em tratamento antirretroviral que mantêm uma carga viral indetectável (ou seja, quando o HIV no corpo é suprimido a um nível tão baixo que os exames de sangue não conseguem detectá-lo) não correm o risco de transmitir o HIV a parceiros sexuais. Isso levou à questão de saber se as mulheres vivendo com HIV indetectável ​​podem amamentar sem medo de passar o HIV para o bebê.

A pesquisa sobre mulheres que amamentam vivendo com HIV, que inclui dados de carga viral, ainda é limitada.

Atualmente, a maioria dos países recomenda que as mulheres que vivem com HIV não amamentem, sejam elas com carga viral suprimida ou não. Isso ocorre porque a alimentação com fórmula e a água fervida e limpa são amplamente acessíveis.

Se uma mulher infectada pelo HIV estiver amamentando, ela e seu filho devem ser encaminhados urgentemente a um especialista em HIV. É importante esclarecer a mãe sobre os riscos da transmissão do HIV através do leite materno e determinar os motivos pelos quais ela optou por amamentar.


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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