Hepatite C: o que você precisa saber
Publicado: 10/09/2017
Atualizado: 16/05/2024
Publicado: 10/09/2017
Atualizado: 16/05/2024
Conteúdo
A hepatite C é silenciosa e pode ficar anos sem manifestar sintomas até chegar a fase graves da doença.
Por isso, é fundamental a realização de testes sorológicos específicos para as hepatites virais, mesmo que o paciente esteja assintomático.
Em caso de teste positivo ou dúvidas quanto aos resultados, um médico infectologista deverá ser consultado.
Estima-se que a tipo C seja a responsável por 350 e 700 mil mortes por ano no mundo.
No Brasil, são registradas cerca de três mil mortes associadas à hepatite C.
Uma pessoa não precisa ter sintomas da doença para poder transmitir a infecção.
Todas as pessoas devem ser testadas para a hepatite C, independente de sintomas prévios ou exposições de risco, principalmente se nunca foram testadas na vida.
Contudo, algumas pessoas possuem risco aumentado de se infectar.
Saiba como realizar o diagnóstico da hepatite C aqui.
Quando uma pessoa se infecta pela hepatite C, podem ocorre as seguintes possibilidades:
A pessoa que acabou de se infectar pela hepatite C, muitas vezes não apresenta qualquer sintomas de infecção crônica.
Pessoas que apresentam sintomas de infecção aguda têm maior possibilidade de realizar o diagnóstico.
Mas os sintomas podem ser muito inespecíficos e acabam independente da resolução da infecção pelo organismo.
Os sintomas da infecção aguda pela hepatite C, quando surgem, costumam aparecer entre 6 e 20 semanas após a exposição
Sintomas típicos:
Estes sinais e sintomas não são específicos da hepatite C. Na verdade podem estar presentes em qualquer processo de lesão aguda intensa ao fígado.
Sintomas inespecíficos de hepatite aguda:
Não ter sintomas não exclui o diagnóstico de hepatite aguda, mas na presença dele, o diagnóstico dever ser descartado.
Tratando ou não a hepatite C no momento da fase aguda, os sintomas se resolvem.
Quando há sintomas de fase aguda, eles podem levar até 6 meses para desaparecer, mas geralmente isso ocorre em até 12 semanas.
Se o organismo conseguir combater e controlar o vírus da hepatite C, a pessoa fica curada. Isso pode ocorrer entre 25-50% dos casos.
Se o organismo não conseguir combater o vírus, os sintomas de fase aguda se resolvem, mas a doença passa para sua fase crônica
Hepatite crônica é quando o vírus da hepatite C ainda circula pelo sangue mesmo após 6 meses do contato inicial;
Como muitas pessoas não apresentam sintomas de hepatite aguda, ou apresentam apenas sintomas brandos inespecíficos, na maioria das vezes o diagnóstico da hepatite C é realizado já na fase crônica.
Exames gerais como os realizados durante check-Up não fazem o diagnóstico da hepatite C. É preciso fazer exames específicos.
É uma vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos). Ela pode ser encontrada em até 50% dos pacientes portadores de hepatite C , mas apenas 5% dos infectados apresentam sintomas importantes da mesma.
Sintomas de crioglobulinemia:
-Petéquias,
– Neuropatia periférica,
– Problemas renais,
– Artrite (dor nas juntas)
Os sintomas relacionados a crioglobulinemia não têm relação com a gravidade da doença do fígado.
Uma pessoa pode ser portadora da hepatite C por muitos anos e ainda assim não saber que tem a doença.
O tempo que transcorre entre o primeiro contato com a hepatite C e o desenvolvimento da cirrose hepática varia de pessoa para pessoa.
Algumas pessoas levam menos de 20 anos para desenvolver cirrose enquanto outras levam 50 anos ou mais.
Uma pessoa com cirrose do fígado pode não apresentar sintomas, se esta estiver compensada.
Mas existem varias complicações relacionadas à hepatite C.
Cerca de 20% das pessoas com hepatite C crônica chegam à fase de cirrose hepática em 20 a 30 anos de infecção.
Saiba mais sobre a Cirrose hepática aqui.
Paciente com hepatite C devem ser testados e caso necessário, vacinados para hepatite A e B
Orientações quanto ao uso de preservativos e do sexo seguro.
Evitar ingesta de bebidas alcoólicas, drogas ilícitas, tabagismo e medicações que possam aumentar o risco de lesão ao fígado.
Testes que avaliam
Ajudam a identificar:
Identificam lesões agudas do rim e problemas e outros problemas como descompensação da diabetes.
É um teste molecular usado para:
Este exame determina grau de inflamação e fibrose do fígado (cicatrização do fígado), além de descartar outros problemas associados, como câncer.
Ele é feito coletando-se um pedaço do fígado através de uma agulha guiada por ultrassonografia ou outro exame de imagem.
Este exame é o mais específico e sensível para o estadiamento da doença.
No entanto, além de ser mais incômodo ao paciente não são todos que podem se submeter a ele:
A elastografia hepática possui níveis de sensibilidade e especificidade significativas, com a vantagem de ser indolor e não invasivo
Além disso, é uma boa opção para pessoas que não podem realizar a biopsia, como aquelas com plaquetas baixas.
Temos disponíveis no Brasil esquemas de tratamento para a hepatite C com altas taxas de cura e baixíssimos efeitos colaterais.
Para saber se o tratamento é coberto pelo Sistema Único de Saúde – SUS, é preciso estadiar o grau de evolução da doença.
O estadiamento da hepatite é feita através do exame de biópsia ou elastografia.
Se a pessoa tiver outros sinais ou sintomas que demonstram doença avançada do fígado, estes exames são dispensáveis para a liberação do tratamento pelo SUS.
O tratamento do vírus da hepatite C nos casos de doença avançada, evita a evolução das lesões, mas não elimina os sintomas.
A cirrose hepática em si, não tem tratamento específico. Existe apenas controle dos sintomas.
O tratamento do vírus nos pacientes cirróticos, quando ele ainda está circulando no sangue, melhora as condições do fígado e os sintomas podem melhorar.
Contudo, um fígado já em cirrose não volta ao normal naturalmente após a eliminação do vírus.
Ou seja, o paciente melhora dos sintomas, mas não deixa de ter a indicação do transplante.
O tratamento da hepatite C no paciente que já está na fila do transplante, pode assim acabar causando transtornos ao paciente, pois não resolve o seu problema, mas atrasa o transplante, uma vez que as condições clínicas podem melhorar.
É por isso que a indicação atual quanto o inicio do tratamento da hepatite C em pacientes em fila para trasplante, é aguardar o transplante do fígado, para depois tratar a hepatite.
Deve se realizar exames periódicos específicos para manejo de efeitos adversos ao esquema e para controle de resposta terapêutica.
Sim, mesmo pessoas com resposta duradoura ao tratamento não estão protegidas de novas infecções caso tenham novo contato com o vírus.
Pessoas com lesões no fígado devido a hepatite C, possuem o risco de desenvolver câncer do fígado diminuído após a eliminação do vírus, mas ainda assim, permanecem com um risco maior dessa complicação que pessoas que nunca tiveram o vírus.
Pessoas com cirrose hepática, mesmo após a eliminação do vírus, possuem risco aumentado de
Sendo assim o acompanhamento médico com o infectologista e/ou hepatologista deve ser realizado periodicamente mesmo após a eliminação do vírus.
Não existe vacina contra a hepatite C, por isso a única prevenção é através de mudanças de estilo de vida e outros cuidados como:
https://www.youtube.com/watch?v=N0KHptN2iJs
Fonte:
Dra. Keilla Freitas,
Quanto tempo tenho que esperar para fazer o teste da hepatite C?
sua resposta está nesse link: https://www.drakeillafreitas.com.br/hepatite-c-diagnostico/
Adorei seu site. Conteudo de muita qualidade. Obrigado por compartilhar
Ooi Drª Keilla parabéns pelo site. Fui diagnostocada à 7 meses como portadora da hepatite c, qdo fiz os exames do pré natal. Graças às mudanças no protocolo de tratamento do sus vou conseguir me tratar. Espero q até o fim do ano os medicamentos cheguem.
Fiz transfusão de sangue qdo nasci à 29 anos atrás, se peguei hepatite c nessa época é possível até hoje eu não ter grave lesão no fígado?
Sim, o vírus se desenvolve de maneira e velocidade diferente em cada pessoa.
Eu acho é entre o mais importante informações para mim.
E sou feliz estudando seu artigo. Mas quer observação na alguns geral coisas, o
web site estilo é grande, os artigos é na realidade legal:
m. Excelente processo, saúde
Obrigada por sua participação, abraço.