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Prevenção do HIV entre Usuários de Aplicativos de Relacionamento

Aplicativos de Relacionamento
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Atualmente, os aplicativos de relacionamento ainda são uma forma facilitada de conhecer pessoas diferentes com um único objetivo, se relacionar com um então “desconhecido”. Utilizado por homens e mulheres em vários países, esse tipo de aplicativo é um fenômeno que independe do gênero, orientação sexual ou idade.

No Brasil, entre Homens que fazem Sexo com Homens, a frequências de acessos nestes aplicativos pode chegar a 3 vezes por dia. Um estudo usou este público para tentar identificar a percepção de risco para se infectar pelo vírus HIV e o conhecimento sobre as estratégias de prevenção. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a Prevenção do HIV entre Usuários de Aplicativos de Encontros.

Os Aplicativos de Relacionamento

Aplicativos de relacionamento como Tinder, GRINDR, badoo, Hornet, bumble e outros ainda são muito utilizados por quem quer conhecer pessoas novas. Muito utilizado por quem quer relações casuais, ou seja, pontuais, sem muito envolvimento, esse tipo de aplicativo pode ser perigoso quando o assunto é infecções sexualmente transmissíveis.

Não conhecer o histórico médico de uma pessoa antes de se relacionar intimamente com ela, principalmente sem a utilização de qualquer meio de proteção, como o preservativo, pode trazer diversos riscos à sua saúde.

O HIV

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O HIV, ou Vírus da Imunodeficiência Humana, é um vírus que ataca o sistema imunológico do corpo humano, enfraquecendo a capacidade do organismo de combater infecções e doenças.

Após a entrada no corpo, o HIV ataca as células do sistema imunológico, especialmente os linfócitos CD4, que desempenham um papel crucial na defesa contra infecções. Com o tempo, a infecção por HIV pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o indivíduo mais suscetível a infecções oportunistas graves.

Prevenção do HIV entre Usuários de Aplicativos – O Estudo

Um questionário online foi veiculado aos aplicativos Hornet e Grindr no mês de julho de 2016. Assim que os usuários entravam nesses aplicativos, recebiam um convite para responder às perguntas da pesquisa sobre Prevenção do HIV entre usuários de aplicativos.

Homens maiores de idade e com sorologia negativa para o HIV, ou seja, sem a presença do vírus no organismo foram os escolhidos para participar desse estudo.

Cidades que Participaram do Estudo

  • Belém;
  • Manaus;
  • Salvador;
  • Recife;
  • Brasília;
  • Goiânia;
  • Florianópolis;
  • Porto Alegre;
  • Rio de Janeiro;
  • São Paulo.

Tamanho do Estudo

  • 8885 aceitaram participar do estudo;
  • 23% não faziam parte dos critério de eleição para o estudo;
  • 6837 começaram a responder;
  • 5065 responderam todas as perguntas do questionário.

População do Estudo

Dentre os 5065 que responderam todo o questionário:

  • 70% eram da região sudeste do país;
  • Idade média de 30 anos (25-36 anos);
  • Declararam pertencer à classe média ou alta.

Resultados do Estudo

  • Realização de teste para o diagnóstico do HIV
    • 16% nunca haviam feito testes específicos para o diagnóstico de HIV na vida
  • A idade entre estes homens era de 21-30 anos
  • Em média com menor tempo de educação formal
  • A maioria alegou medo do diagnóstico como motivo.

Conhecimento Sobre Medidas de Prevenção Contra o HIV

  • Relataram conhecer sobre a Profilaxia Pré-Exposição – PrEP = 58%;
  • Relataram conhecer sobre a Profilaxia Pós Exposição – PEP = 57%;
  • Relataram conhecer sobre o auto-teste do HIV = 27%.

Uso de Medidas de Prevenção Contra o HIV

  • Uso da PEP nos últimos 12 meses = 9%
    • Dentre os que usaram a PEP nos últimos 12 meses:
      • 82 % usaram apenas em uma ocasião;
      • 13% usaram em 2 ocasiões;
      • 3% usaram em 3 ocasiões;
      • 3% usaram em mais de 3 ocasiões.

A Importância da Prevenção

O HIV é uma condição ainda sem cura, apesar da possibilidade do tratamento proporcionar uma qualidade de vida melhor aos pacientes afetados, prevenir a condição pode evitar um agravamento de infecções adjacentes e garantir a saúde do seu sistema imunológico. Continue navegando pelo nosso site e saiba mais sobre o HIV.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 6 de agosto de 2018 e Atualizado em: 21 de novembro de 2023


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

4 thoughts on “Prevenção do HIV entre Usuários de Aplicativos de Relacionamento

  1. Boa noite, Dra. Keilla. Descobri o seu site, que é muito útil. Bom, quero por gentileza tirar uma dúvida. Tive uma exposição de risco, pois o preservativo rompeu enquanto fazia sexo anal receptivo, mas não houve ejaculação, acredito. Até hj sinto um incomodo no anus e ainda tenho o problema de hemorroidas internas. Iniciei a PEP mais ou menos umas 3h após o ocorrido. Já havia realizado a PEP algumas vezes. Desejo saber se pode haver falha na eficácia devido aos usos anteriores? Obrigado!

    1. Boa tarde. O uso da PEP é eficiente na maioria das vezes, desde que tomado da maneira correta. Seu uso é indicado para início com no máximo 72h da exposição de risco, após esse período não há benefício comprovado. Quanto mais cedo seu início, mais eficiente será seu efeito.
      o uso repetitivo do esquema pode fazer com que o vírus crie resistência aos medicamentos utilizados.
      Sugiro que procure um médico infectologista de sua confiança, para te examinar pessoalmente e solicitar os exames cabíveis para o seu caso. Converse também sobre a possibilidade do uso de PrEP (entenda mais aqui: https://www.drakeillafreitas.com.br/profilaxia-pre-exposicao-ao-hiv/).

  2. Dra uma duvida: exame de 4a geracão ( antig p24) após 15 dias de receber sexo oral de parceiro indetectavel e definitivo.

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