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Conheça mais sobre o Citomegalovírus ou CMV

Citomegalovírus ou CMV
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Citomegalovírus ou CMV

O número de pessoas que já tiveram contato com CMV no mundo é muito alta, variando de 40 a 100% dependendo da população estudada

A quantidade de doenças diferentes que o CMV pode causar é muito ampla e varia de acordo à pessoa

Transmissão

  • Exposição sexual
  • Contato de mucosas com urina, saliva ou secreções respiratórias
  • Contato indireto com material contaminado
  • Transfusão de sangue
  • Transplante de órgãos
  • Exposição ocupacional (cuidadores de crianças, trabalhadores da saúde)
  • Exposição perinatal (se mãe apresentar grande quantidade de vírus no sangue durante a gestação, parto ou amamentação)

Citomegalovírus ou CMV em pessoas com imunidade baixa

Em pessoas com imunidade muito baixa como transplantados ou portadores de AIDS pode causar quadros extremamente graves.

Estes pacientes podem tanto ter quadros graves em infecções primárias (primeiro contato com o vírus) como reativações naqueles que já tiveram contato prévio.

Citomegalovírus ou CMV em pessoas com imunidade normal

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Já em paciente com imunidade normal, a infecção geralmente não causa nenhum sintoma.

Nesses casos, a pessoa só sabe que teve a infecção quando faz exame de sangue específico.

Quando pessoas com imunidade normal apresentam sintomas, geralmente são inespecíficos, parecidos com sintomas da mononucleose e auto limitadas, sem necessidade de tratamento específico na maioria das vezes.

Apesar disso, pacientes com imunidade normal também podem mais raramente apresentar quadros bastante graves na primeira infecção.

CMV em gestantes

Infecções primárias por CMV em gestantes, mesmo assintomáticas podem infectar o feto e causar infecções neonatais graves.

Latência

As células T de defesa têm um importante papel no controle da replicação viral.

Contudo, não conseguem eliminar o vírus completamente.  

Assim como outro membro de sua família, o herpes simples, o CMV após resolução do quadro agudo, entra em estado de latência

Seu DNA já foi encontrado em várias células como monócitos, células dendríticas, megacariócitos e células progenitoras mieloides na medula óssea

Sintomas relacionados à doença por CMV após o quadro agudo podem indicar:

  • Reativação da infecção
  • Reinfecção por novo subtipo do vírus

Reativação

A reativação do CMV pode ocorrer em qualquer momento da vida do hospedeiro

Especialmente em um contexto de imunidade baixa como: pacientes transplantados, pacientes com AIDS ou pacientes cronicamente doentes (como pacientes internados na UTI por longos períodos, infecção generalizada, etc)

Pacientes sem doenças de imunidade mas em condições transitórias de imunidade baixa também pode ser atingidos.

O uso de glicocorticoides está descrito como causa de colite por CMV em paciente imunocompetentes.

Sintomas

Os sintomas variam de acordo à imunidade da pessoa infectada e ao órgão afetado

Pessoas com imunidade normal frequentemente não apresentam nenhum sintoma.

Quando existem sintomas, geralmente são muito inespecíficos chamados de síndrome “mono like”, por lembrar sintomas da mononucleose:

  • Febre
  • cansaço
  • linfocitose (aumento dos linfócitos, um tipo de glóbulo branco do sangue)
  • atipia linfocitária

Manifestações gastrointestinais

  • A colite é uma apresentação comum do CMV em pacientes com imunidade baixa. Geralmente como reativação.
  • Em imunocompetentes quando ocorre, via de regra é na infecção primária.
  • Diarreia (com ou sem sangue)
  • Hemorragia digestiva sem diarreia
  • Dor abdominal
  • Febre
  • Na colonoscopia: lesões ulceradas em cólon

Manifestações hepáticas

  • Alterações das funções do fígado podem ocorrer com ou sem sintomas associados.
  • Em paciente imunocompetentes, mais comum ocorrer hepatite sem sintomas.
  • Trombose da veia porta

Manifestações neurológicas

  • Encefalite
  • Síndrome de Guillain-Barré
  • Neuropatia do plexo braquial
  • Mielite transversa
  • Neuropatia periférica axonal difusa
  • Paralisia de nervos cranianos
  • Síndrome de Horner

Manifestações pulmonares

  • Pneumonia

Manifestações oculares

  • Retinite
  • Uveíte (com ou sem aumento da pressão ocular)

Manifestações cardiovasculares

  • Pericardite e miocardite
  • Aterosclerose (formação de placas causando entupimento das artérias)
  • Trombose venosa (formação de êmbolos causando entupimento das veias)

Diagnóstico

  • Sorologias (para identificar os anticorpos que criamos ao entrar em contato com vírus)
  • Testes moleculares
  • Antigenemia (detecção de proteínas virais no sangue)
  • Histopatologia (análise celular de material com suspeita de acometimento)
  • Cultura

Tratamento

Feito com antivirais:

  • Valganciclovir
  • Ganciclovir
  • Cidofovir (não existente no Brasil)
  • Foscarnet (não existente no Brasil)

Como prevenir a reativação

Profilaxia

Uso de medicação diária durante a fase de maior risco de reativação, geralmente é feito por 90 dias.

Terapia preemptiva

Consiste na vigilância de pacientes com risco elevado de reativação pelo CMV.

Esta vigilância é feita por exames específicos que devem ser realizados periodicamente

Ao encontrar sinais de reativação ou replicação do vírus, um tratamento é iniciado antes que haja o aparecimento de sintomas ou complicações

Como prevenir a infecção pelo CMV

Lavar bem as mãos com água e sabão, após contato com fraldas e secreções orais ou nasais

Evitar beijar crianças abaixo de 6 anos na boca ou bochechas

Não compartilhe comidas, bebidas ou utensílios orais (como colher, garfo, copo) antes de lavar

Limpar qualquer superfície que tenha tido contato com urina ou saliva de crianças

 

Fonte:


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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