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Covid-19 e Festas de Fim de Ano e Carnaval : Perguntas e Respostas

Covid-19 e Festas de Fim de Ano e Carnaval : Perguntas e Respostas
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Neste artigo, Dra Keilla Freitas esclarece algumas dúvidas sobre Covid-19 e Festas. Continue a leitura e saiba mais.

Covid-19 e Festas de Fim de Ano e Carnaval

Estamos entrando em uma época em que muitas pessoas se deslocam para fazer compras e realizar as comemorações de fim de ano. Qual é o impacto que essas festas, como o ano novo, podem ter na contenção da pandemia de covid-19?

Apesar do bom andamento da vacinação em várias cidades, a vacinação contra a covid-19 no Brasil e no mundo é bastantes desigual.

Além disso, a verdade é que apesar da taxa de internações por covid no brasil estar mais baixa, a pandemia ainda não acabou, ou seja, o vírus ainda circula entre nós.

Enquanto há vírus circulando entre nós, há risco do aparecimento de novas variantes e sempre que aparecem novas variantes, há risco de que esta seja mais transmissível, causadora de casos potencialmente mais graves ou mesmo ser resistente a algumas das vacinas já utilizadas, o que colocaria o processo de vacinação lá pra trás pois teríamos que considerar não imunizados pessoas já vacinadas com vacinas que o vírus for resistente.

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Sendo assim, o maior risco das festas de final de ano é o trânsito de pessoas não cumprindo adequadamente as boas regras de isolamento social, uso de mascaras e higienização de mãos, aumentando ainda mais a circulação do vírus.

 

O carnaval está sendo um tema muito discutido pelos governos e pela população. Na sua percepção, qual seriam os meios (vacinação, restrições, monitoramento) para conseguir realizar um carnaval seguro? Há como isso ser feito já em 2022?

Acho que a flexibilização das medidas sanitárias já está sendo feita de forma precoce e descuidada. Não poderíamos por exemplo, já ter jogos com público em estádios de futebol. Retirar máscara em locais de aglomeração, mesmo que em áreas abertas. Sendo assim, ainda não está na hora de termos o carnaval em 2022.

Além de tudo, o carnaval é um momento de chegada de uma grande quantidade de pessoas de todas as partes do mundo para o nosso país. Fazer isso sem a exigência do comprovante de vacinação de quem quer que entre no Brasil ou mesmo para os brasileiros que vão entrar em qualquer estabelecimento ou evento em território nacional, é transformar o nosso país no destino paradisíaco dos negacionistas.

Covid-19 e Festas

Sabemos que o vírus sofre várias mutações e pode atingir pessoas já vacinadas. As viagens nacionais e internacionais, devido aos festejos citados, podem impactar na disseminação de novas cepas? E, podem essas variantes ficarem mais resistentes por isso?

Sempre que uma pessoa se infecta pelo sars cov 2, mesmo que esta pessoa fique assintomática, o vírus se replica bilhões de vezes nessa pessoa, fazendo cópias de si mesmo. Cada vez que um vírus faz copia de si mesmo, se replica, existe a chance de ocorrer um “erro de impressão” este “erro de impressão” são as mutações. Se uma mutação conferir qualquer vantagem evolutiva para o vírus isso fará com que aqueles indivíduos se multipliquem e passem para sua descendência aquele “erro” que agora já faz parte dele, esses vírus mutantes que se perpetuam são as novas variantes

Essa mutação pode gerar características como ter maior capacidade de transmissão que seus antecessores, ser potencialmente mais grave que seus antecessores ou mesmo ser resistente a vacinas. O detalhe é que uma característica dessas não exclui as outras. Então, eventualmente uma variante pode ter todas elas.

Pelo dito acima, quanto maior o numero de casos novos do covid-19 maior a velocidade do aparecimento de novas variantes, por isso qualquer situação que impacte no numero de pessoas circulando e se aglomerando, maior o risco de transmissão, novos casos e novas variantes.

 

Muitos estados e municípios já liberaram o uso de máscaras. Essa medida já é segura ou ainda é muito cedo? Seria o momento, talvez, de “dar um passo para trás” nas flexibilizações?

As flexibilizações são feitas a partir do número de novos casos e taxa de ocupação de UTI.

Sabemos o que o isolamento social implica em termos econômicos para não dizer psicológicos, no entanto, os governantes precisam tomar muito cuidado com o recado que se passa à população com estas medidas. A flexibilização precisa ser feita de forma lenta e gradual, com conscientização quanto às medidas de segurança e o bom senso, pois a pandemia ainda não acabou. Não importa o quanto estejamos cansados. Não importa se o próximo ano será ano de eleições ou não. Um passo em falso agora pode significar uma queda muito dura num futuro próximo.

 

Qual a diferença entre autorizar festas, shows e festivais (como festivais sertanejos, por exemplo) e não liberar o carnaval?

O carnaval possui uma intensidade e tempo de exposição e tamanho de circulação de pessoas muito maior que qualquer outra festividade. Então o problema aqui é a escala e tamanho do risco.

No entanto, mesmo outras festividades que conferem aglomerações de pessoas sem mascara ainda não está na hora de ser feita.

Covid-19 e Festas de Fim de Ano e Carnaval : Perguntas e Respostas

A vacinação foi essencial para a diminuição de hospitalizações e óbitos, mas ainda não é suficiente para conter o vírus, que continua sofrendo mutações. Quais são as principais recomendações para continuar com um convívio seguro e sem novas ondas de contágio?

  • Precisamos seguir ampliando o calendário de vacinação
  • Precisamos da vacinação completa em quem está com a segunda dose atrasada
  • Precisamos exigir o passaporte vacinal para entrada no país e para qualquer brasileiro que vá entrar em qualquer ambiente de aglomeração mesmo em área aberta.
  • Pois quem não se vacina está colocando os demais em risco,
  • Precisamos manter o uso de máscara. As máscara devem ser a última medida de segurança a terminar
  • Precisamos fazer testagem em massa para pegar casos assintomáticos e monitorizar contatos
  • Precisamos fazer vigilância de sequenciamento genético para estarmos atentos à circulação de novas cepas.

 


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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