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Infecções sexuais em idosos

Infecções sexuais em idosos
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Infecções sexuais em idosos

As pessoas têm vivido mais, com maior qualidade de vida e uma vida sexual também mais longa.

Com isso, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) têm deixado de ser um problema apenas entre os jovens para se tornar cada vez mais frequente entre os idosos.

A relutância dos profissionais de saúde em ver um idoso como sexualmente ativo é um fator importante de piora do prognóstico dessas infecções.

Poucos dados disponíveis

A Organização mundial de saúde tem reportado taxas de HIV em pessoas maiores de 49 anos.

A maioria das agências de saúde não estratificam dados de ISTs além dos acima de 45 anos.

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Com isso, perdemos importantes variações de taxas de incidência nas últimas 3 ou 4 décadas de vida.

A maioria dos programas de saúde e prevenção de ISTs são voltados para pessoas jovens.

Questões ainda em aberto:

  • Ainda não se sabe até que ponto os idosos estão se infectando mais por ISTs, ou se estamos diagnosticando mais.
  • Subgrupos específicos entres as pessoas idosas, como idosos gays possuem maior taxa de infecção?
  • Quase não há estudos concretos sobre mudança de comportamento sexual entre idosos que podem levar a um aumento das ISTs.
  • Também não existem estudos ou hipóteses que nos façam pensar que idosos são mais ou menos suscetíveis a adquirir ISTs.

Dados em alguns países:

Reino Unido

Foram estratificados separadamente homens maiores de 45 anos e mulheres maiores de 45 anos.

  • Clamidia

Infecção por clamídia foi 170 vezes maior em mulheres entre 20-24 anos que entre as maiores de 45.

  • Gonorreia:

Gonorreia teve uma taxa de incidência 24 vezes maior entre mulheres de 20-24 anos que entre as maiores de 45.

Contudo, mulheres maiores de 45 anos tiveram um aumento de incidência de 5.000 casos de gonorreia e clamídia em 2010.

  • Sífilis

Mulheres jovens foram diagnosticadas 20 vezes mais que as maiores de 45 anos.

Homens jovens tiveram uma incidência de sífilis 3 vezes maior que homens maiores de 45 anos.

  • Primeiro episódio de verrugas genitais:

Homens entre 20-24 anos tiveram uma incidência 17 vezes maior.

Entre 2002-2010 houve um aumento dos casos nos 2 gêneros entre 45-64 anos e 65 anos ou mais.

 

De modo geral, o diagnóstico de ISTs entre homens e mulheres acima de 45 anos no Reino Unido, mais que dobrou entre os anos 1996 e 2003. Com um aumento maior entre o subgrupo de 55-59 anos.

Temos que levar em conta também que este grupo corresponde apenas a 4% dos atendimentos nas agências de saúde para ISTs.

Londres:

O número de mulheres com mais de 45 anos atendidas em clinicas de ISTs mais que quadruplicou entre 1998-2008.

 

 

Trichomonas vaginalis talvez seja uma das mais comuns entre as ISTs curáveis.

Até pouco tempo era pouco diagnosticada por ser muitas vezes assintomática e pela falta de métodos diagnósticos específicos.

 

Diagnóstico de HIV em idosos

Em 2005, haviam 2,8 milhões de adultos acima de 50 anos vivendo com HIV.

Isso ocorre porque tanto os idosos estão se infectando quanto os jovens que se infectaram há vários anos estão envelhecendo.

Em 2010, 14% das pessoas diagnosticadas com HIV nos Estados Unidos tinham mais de 50 anos.

Um dado preocupante é que muitos dos diagnósticos de HIV feitos em idosos já estão em fase avançada da doença.

No Reino Unido, ainda em 2010, 62% dos diagnósticos tardios do HIV foram feitos em maiores de 50 anos.

Isso ocorre justamente porque os profissionais de saúde não pensam nessa possibilidade ou não sabem como abordar isso com o paciente e acabam postergando o diagnóstico.

Fatores sociais que podem causar o aumento das ISTs em idosos

  • Aumento do número de novos parceiros sexuais devido a um aumento de expectativa de vida
  • Maior qualidade de vida
  • Aumento da taxa de divórcio
  • Falta de consciência dos profissionais de saúde que demoram a fazer o diagnóstico
  • Falta de consciência da própria sexualidade
  • Omissão dos programas de prevenção de ISTs
  • Aumento do uso de medicamentos para disfunção erétil

Fatores biológicos que podem causar o aumento das ISTs em idosos

  • Mudanças psicológicas podem afetar a resposta sexual
  • Alterações neurológicas podem causar mais desinibição sexual
  • Nas mulheres, níveis baixos de estrogênio diminuem a lubrificação genital, aumentando o risco de micro lesões durante o ato sexual, com consequente aumento de risco de se infectar
  • Enfraquecimento da imunidade
  • Algumas ISTs, como Clamídia e Gonorreia, podem ter sintoma que se confundem com os da menopausa, retardando o diagnóstico.

Fonte: Sexually transmitted infections in older population


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.
https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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