ISTs Silenciosas

As ISTs Silenciosas: Como Identificar Infecção Sem Sintomas?

Publicado: 04/03/2025


ISTs Silenciosas. As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) afetam anualmente milhares de pessoas ao redor do mundo. Muitas vezes, essa condição é associada a sintomas como corrimento, feridas ou coceiras. No entanto, elas também podem ser silenciosas, não apresentando sinais óbvios de infecção.

Esse silêncio não significa que as infecções sejam inofensivas, mesmo porque as ISTs assintomáticas também podem evoluir causando complicações graves à saúde se não forem detectadas e tratadas a tempo. Continue a leitura deste artigo para saber como identificar essas ISTs silenciosas, quais são as mais comuns e porque é crucial realizar exames regularmente.

As ISTs

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou parasitas, e podem ser transmitidas, principalmente, por meio de relações sexuais desprotegidas, sejam elas por via vaginal, anal ou oral.

Algumas ISTs também podem ser transmitidas por contato com fluidos corporais infectados, como sangue, ou de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação. Entre as ISTs mais conhecidas estão a clamídia, gonorreia, sífilis, o herpes simples, HIV, HPV e a tricomoníase.

O Desafio das ISTs Silenciosas

Nem todas as ISTs apresentam sintomas visíveis, especialmente no início da infecção. Em outros casos, os sinais podem ser tão leves que passam despercebidos ou evoluem com melhora espontânea, ou seja, mesmo sem tratamento algum, apesar de ainda permanecer

Isso significa que uma pessoa pode estar infectada sem saber, continuando a transmitir o agente causador para seus parceiros e desenvolvendo certos tipos de complicações ao longo do tempo. As infecções sexualmente transmissíveis são preocupantes, uma vez que, sem diagnóstico precoce, podem levar a problemas graves como:

  • Sepse;
  • Infertilidade;
  • Complicações na gravidez;
  • Doenças inflamatórias pélvicas;
  • Prostatite;
  • Câncer;
  • Aumento do risco de contrair ou transmitir o HIV;
  • Artrite séptica;
  • Complicações em outros órgãos como coração, intestino, cérebro entrou outros.

ISTs Silenciosas – Quais São?

Existe um grupo de ISTs que pode ser chamado de silenciosas, ou assintomáticas. Com isso, é importante se informar sobre cada uma delas:

HIV

O HIV, vírus da imunodeficiência humana, pode permanecer sem sintomas por anos após a infecção inicial enquanto ataca lentamente o sistema imunológico. A ausência de sintomas não significa que o vírus não esteja ativo no corpo. Existem pessoas já em fase AIDS da doença na qual o sistema imune já se encontra bastante comprometido e no entanto não apresenta sintoma e pode inclusive não apresentar alterações em exames gerais de checkUp.

HPV

O HPV, papiloma vírus humano, é uma das ISTs mais prevalentes no mundo. Embora alguns tipos causam verrugas genitais visíveis, outros podem permanecer completamente assintomáticos até fases mais tardias. Os tipos de HPV associados ao câncer de colo do útero, ânus e à garganta, geralmente, não apresentam sintomas em suas fases iniciais.

Clamídia

A clamídia é uma das ISTs mais comuns e, muitas vezes, não apresenta sintomas, especialmente em mulheres. Quando presentes, os sinais podem incluir dor pélvica, corrimento incomum ou dor ao urinar, que podem ser facilmente atribuídas a outras condições retardando o tratamento adequado.

Gonorreia

Assim como a clamídia, a gonorreia também pode ser silenciosa, especialmente em mulheres. Nos homens, os sintomas podem incluir dor ao urinar e secreção uretral, mas, muitas vezes, passam despercebidos ou são confundidos com outras condições.

Sífilis

A sífilis pode evoluir com apresentações clínicas, ou seja, sintomas distintos por uma fase “latente”, em que não há sintomas visíveis, mas o agente infeccioso continua presente no corpo. Sem tratamento, a infecção pode evoluir para estágios avançados, causando danos graves aos órgãos vitais.

Tricomoníase

Muitas pessoas infectadas pela tricomoníase não apresentam sintomas. Quando presentes, os sinais podem incluir coceira genital e corrimento, mas, muitas vezes, a infecção é silenciosa.

Identificando uma IST Silenciosa

A única maneira de identificar uma IST silenciosa é por meio de uma rotina regular de exames. Os testes de rastreamento, por exemplo, podem detectar a presença de certas infecções mesmo na ausência de sintomas, permitindo o tratamento precoce e prevenindo complicações.

Existem certos grupos que devem realizar esses sintomas com mais frequência, como, por exemplo, qualquer indivíduo sexualmente ativo, especialmente se houver múltiplos parceiros e realizar relações sexuais desprotegidas; mulheres grávidas, como parte dos exames pré-natal; pessoas com histórico anterior de ISTs ou parceiros diagnosticados com algum dos tipos existentes.

Exames Comuns para ISTs

Alguns dos principais testes realizados para identificar uma infecção sexualmente transmissível assintomática são:

  • Exames de sangue: Para sífilis, HIV e hepatites B e C;
  • Papanicolau e testes de HPV: Para rastrear alterações no colo do útero causadas pelo HPV;
  • Testes de urina: Para detectar clamídia e gonorreia;
  • Exames de secreção vaginal ou uretral: Para tricomoníase e outras infecções.

A Importância de Diagnosticar uma IST

Detectar e tratar ISTs silenciosas é fundamental para evitar complicações graves, como a infertilidade, problemas na gestação, cânceres e até mesmo disseminação da infecção. Confira mais sobre cada uma delas seguir:

  • Infertilidade: A clamídia e a gonorreia, quando não tratadas, podem causar inflamação nas trompas de Falópio, levando à infertilidade feminina;
  • Riscos na gravidez: Algumas ISTs podem causar aborto espontâneo, parto prematuro ou transmissão da infecção para o bebê;
  • Câncer: Certos tipos de HPV estão associados ao desenvolvimento de câncer do colo do útero, de garganta e ânus;
  • Disseminação da infecção: Sem diagnóstico a pessoa pode continuar transmitindo a infecção para parceiros.

Prevenindo as ISTs

Existem alguns passos que podem ajudar uma pessoa a prevenir a infecção sexualmente transmissível, como, por exemplo:

Uso de Preservativos

Os preservativos, tanto masculinos quanto femininos, são eficazes na prevenção da maioria das ISTs, embora não protejam totalmente contra infecções como HPV ou herpes, que podem ser transmitidas pelo contato direto com a pele.

Exames Regulares

Mesmo sem sintomas, é importante fazer testes periódicos, especialmente se você tem um estilo de vida de risco.

Vacinação

A vacina contra o HPV e hepatite B é uma ferramenta poderosa para prevenir quadros dessas infecções

Diálogo Aberto com Parceiros

Conversar sobre histórico de ISTs e status de saúde antes de iniciar relações sexuais ajuda a reduzir riscos.

Evitar Comportamentos de Risco

Reduzir o número de parceiros sexuais e evitar o uso de drogas que alterem a consciência pode minimizar exposições desnecessárias.

Para saber mais sobre as ISTs, continue navegando pelo nosso blog e não deixe de marcar uma consulta com seu infectologista de confiança.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

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Dra. Keilla Freitas é pessoalmente responsável pela adaptação, curadoria e produção dos textos presentes neste site, além de sua manutenção financeira. Este site é orientado ao público leigo e as informações contidas na homepage têm caráter informativo e educacional. O seu conteúdo jamais deverá ser utilizado para autodiagnóstico, autotratamento e automedicação. Em caso de dúvida, o médico deverá ser consultado, pois, somente ele está habilitado para praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina.
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