
ISTs: Por que é Tão Importante Tratar o Parceiro?
Publicado: 24/06/2025
Publicado: 24/06/2025
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As infecções sexualmente transmissíveis, conhecidas popularmente como ISTs, são um problema relativamente comum na sociedade de todo o mundo. Entre os cuidados mais importantes após o diagnóstico está o tratamento correto e não apenas para quem recebe o diagnóstico, mas também para a(s) pessoa(s) com quem houve contato íntimo. Tratar o parceiro em casos de ISTs é uma medida essencial para evitar que a infecção retorne ou continue se espalhando.
Continue a leitura deste artigo e entenda melhor os riscos de não tratar o parceiro, como isso impacta a saúde do casal e o que dizem as diretrizes médicas sobre esse cuidado preventivo.
Assim como o próprio nome sugere, as ISTs são um tipo de infecção com transmissão, principalmente, por meio do contato sexual desprotegido, ou seja, quando não há uso de preservativos.
Causadas por vírus, bactérias ou parasitas, as ISTs mais comumente encontradas são:
Em muitos casos, essas infecções podem não apresentar sintomas nos estágios iniciais. Isso torna ainda mais importante o rastreamento e o tratamento de todos os parceiros sexuais da pessoa infectada.
Existe uma série de fatores que torna o tratamento do parceiro de uma pessoa infectada por ISTs tão importante, entre eles podemos citar:
Mesmo após o tratamento completo, ter relações com um parceiro que ainda está infectado pode resultar em uma nova infecção. Isso cria um ciclo que pode se repetir indefinidamente se ambos não forem tratados simultaneamente.
Além de proteger o casal, o tratamento dos parceiros também evita a disseminação para outras pessoas, contribuindo para o controle da doença na população geral.
ISTs não tratadas podem causar complicações sérias, como infertilidade, inflamações crônicas, dor pélvica e até aumentar o risco de infecção por HIV. Tratar-se juntamente com seu parceiro ajuda a evitar que essas consequências se desenvolvam.
Por mais difícil que seja, conversar abertamente sobre o diagnóstico de uma IST e buscar tratamento conjunto é uma demonstração de responsabilidade e respeito. Isso fortalece o vínculo entre os parceiros e promove uma vivência sexual mais segura.
Nem sempre é fácil abordar o tema, mas a forma como a conversa é conduzida faz toda a diferença. Por isso, escolha um momento tranquilo e privado para falar com seu parceiro, apresente os fatos com calma e sem tom de acusação.
Um dado muito importante e que pode ajudar é que boa parte das ISTs pode ficar no organismo escondidas por muitos anos sem apresentar qualquer sintoma, no entanto pode ser transmitida para o parceiro em caso de relação sexual sem preservativo. Sem contar que que para muitos microrganismos os meios de diagnóstico podem ter falso negativos, especialmente se a pessoa estiver sem sintomas, isso significa que a pessoa pode estar infectada mesmo com exame negativo. Por isso que na grande maioria das vezes não é possível dizer com absoluta certeza quem transmitiu para quem e menos ainda quando foi que a pessoa se infectou.
Em seguida, explique a importância do tratamento para a saúde dos dois, mostre que o cuidado mútuo é prioridade. Por fim, indique locais de testagem e tratamento, se necessário. Um bom diálogo pode ter resultados satisfatórios para os dois.
Sempre que houver diagnóstico de qualquer IST é obrigatório pesquisar a presença de todas as demais ISTs, mesmo na ausência de sintomas. Por serem pegas da mesma forma, não é raro existir mais de uma doença ativa na pessoa e isso não tem nada a ver com estilos de vida de risco.
Se você recebeu diagnóstico de IST ou teve relação com alguém que foi diagnosticado, não deixe de procurar um médico infectologista de confiança. Ele avaliará indicação de exames de rastreio ou mesmo do tratamento já direto das parcerias sexuais vigentes ou mesmo prévias, dependendo do caso.
O tratamento precoce evita complicações e reduz a chance de transmissão.
Sinais como corrimento, dor ao urinar, feridas genitais, coceira ou sangramentos incomuns devem ser investigados, mesmo que não pareçam graves ou que não tenha histórico de exposições de riscos recentes.