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Mitos e Fatos Sobre HIV e AIDS

Mitos e Fatos Sobre HIV e AIDS
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HIV e AIDS ainda são um grande tabu para a sociedade em geral. A falta de acesso à informação e o preconceito acaba gerando muitas dúvidas e consequentemente prejudicando os pacientes que necessitam de tratamento. Continue a leitura deste artigo e conheça mais os Mitos e Fatos Sobre HIV e AIDS.

Mitos e Fatos Sobre HIV e AIDS

HIV e AIDS São a Mesma Coisa – MITO

Muitas pessoas acreditam que HIV e AIDS são a mesma coisa. No entanto, as duas condições são distintas. Enquanto o HIV é definido por ser um vírus, a AIDS é uma síndrome desencadeada pelos quadros mais graves de HIV.

Dito isso, devemos deixar claro que nem toda pessoa com HIV vai desenvolver AIDS, porém todos os pacientes com AIDS têm HIV.

HIV é uma Condição Que Afeta Apenas a Comunidade LGBTQIAP+ – MITO

Muitas pessoas acreditam que o HIV é uma doença proveniente de relações sexuais homoafetivas. No entanto, o HIV pode atingir toda e qualquer pessoa que apresente um estilo de vida de risco.

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Homens, mulheres, adolescentes, idosos e até mesmo crianças podem ser infectados pelo vírus do HIV, uma vez que existem várias formas de contrair a condição.

HIV Se Transmite Pelo Beijo – MITO

Ainda existem pessoas que por falta de informação acreditam que a transmissão do HIV se dá por meio do contato com saliva, suor e lágrima. No entanto, não é assim que ocorre. Primeiramente existem diversos tipos de exposição que podem gerar uma infecção, mas não será um beijo ou toque que levará o vírus de um organismo para o outro.

O principal meio de transmissão do HIV é pelo contato sexual desprotegido, no entanto, o contato direto dos fluidos contaminados com feridas na pele, por exemplo, pode ser suficiente para passar o HIV. Os principais materiais que podem transmitir o HIV são o próprio sangue contaminado, semên, líquido pré-ejaculatório, fluidos vaginais, líquidos peritoneal, pleural, pericárdico, amniótico, articular e até mesmo liquor.

HIV Se Transmite Pelo Sexo oral insertivo – MITO

Assim como receber a boca de outra pessoa em sua boca (beijo), não constitui risco para se pegar HIV, receber a boca de outra pessoas em seus genitais também não constitui risco. consideramos a saliva um material potencialmente contaminante apenas quando presente uma grande quantidade de sangue como a que encontramos em ambiente odontológico.

Se meu parceiro fez exames e não tem o vírus HIV, posso descartar a infecção em mim mesmo sem fazer exames – MITO

Cada relação sexual desprotegida com pessoas com vírus HIV circulante é um risco de transmissão à pessoa suscetível.

Pode-se descartar a infecção pelo HIV ao se fazer exames de checkUp gerais com resultados normais – MITO

Uma pessoas pode estar infectada pelo HIV há muito tempo ou até mesmo já estar em fase AIDS com exames gerais de rotina normais, especialmente no leucograma no qual vemos todas as células brancas ao mesmo tempo e não apenas os linfócitos CD4 e um linfócito pode compensar a queda do outro no exame.

Não há como descartar a infecção pelo HIV a menos que se faça o exame especifico após o período de janela imunológica para o exame.

Não tenho sintomas de nada e não pego infecção há muitos anos. Logo, posso descartar infecção pelo HIV – MITO

Uma pessoa pode estar infectada pelo vírus HIV por muito tempo, inclusive já em fase AIDS e não apresentar nenhum sintoma até se infectar por uma infecção oportunista quando a pessoa pode começar a apresentar quadro muito grave a depender do local da infecção.

A pessoa com imunidade mais baixa se infectou há mais tempo – MITO

Apesar do vírus ir solapando a imunidade da pessoas portadora ao longo do tempo na medida em que se replica e utilizando uma de nossas células de defesa para isso, o linfócito CD4. O tempo que leva o vírus para desde o momento do primeiro contato com o organismo da pessoa portadora até chegar à fase AIDS pode ser tão rápido quanto um ano, ou tão lento quanto 20 anos. Não sabemos ao certo quais são os fatores que pautam estas diferenças exorbitantes, mas o fato é que não se pode por exemplo, saber quem se infectou primeiro num casal que acabou de receber o diagnóstico.

Pessoas que vivem com HIV não podem trabalhar em empregos que exponham outras pessoas ao risco de infecção – MITO

Não existe nenhuma restrição quanto ao tipo trabalho que pode ser desempenhado por uma pessoa que vive com o vírus HIV, especialmente para aquelas em tratamento e com carga viral indetectável. Mesmo um acidente pérfuro cortante seria um risco para a pessoa que tem o vírus HIV ao se expor a outras doenças e não o contrário, uma vez que no caso do trabalhador se furar, pelos próprios protocolos de boas práticas e ética, é óbvio que ele não irá pegar aquele objeto e seguir o procedimento . Além disso, situações como cortes em cozinhas, por exemplo, não chegam a configurar situação de risco para transmissão de HIV, nem para os consumidores, nem para os colegas que possivelmente possam socorrê-lo uma vez que sangue contaminado em pele sã não é risco.

Gestantes com HIV podem ter parto normal – FATO

A contaminação vertical do HIV ocorre quando a mãe tem a presença do vírus no organismo e acaba passando para o bebê durante a gestação, na hora do parto ou durante a amamentação.

Antigamente, toda gestante vivendo com HIV não podia ter parto normal, sempre por cesárea. Hoje sabemos que a principal forma de proteger a criança em formação do vírus é realmente mantendo a carga viral da gestante indetectável o mais cedo possível. Ao ponto que gestantes que ao final da gestação apresentam carga viral abaixo de 1.000 podem ter o seu parto por indicação obstétrica, ou seja, se puder e quiser ter parto normal pode.

Mães com HIV não podem amamentar – FATO

Apesar de sabermos que mesmo pela amamentação quanto menor a carga viral menor o risco de transmissão, não existem científicos comprovando que mamães com carga viral indetectável não transmitem o vírus pelo leite. Considerando isso ao fato da fórmulas infantis serem bastante seguras, hoje no Brasil se contra indica a amamentação de mães vivendo com HIV mesmo se estiverem com carga viral indetectável desde o momento da concepção.

O HIV Não Tem Cura – FATO

No entanto, o diagnóstico de HIV não é uma sentença de morte como muitos pensam. Apesar de ser uma condição que ainda não possui cura, é possível conviver com a doença e ter uma boa qualidade de vida com o tratamento adequado.

O diagnóstico é fundamental para que o paciente comece a tomar os medicamentos antirretrovirais que impedem a replicação do vírus no organismo, desta forma, evitando a evolução para a à fase AIDS.

É Possível Parar de Transmitir o Vírus – FATO

Sim! Quando o tratamento adequado é seguido à risca e o paciente alcança uma carga viral indetectável e permanece assim por mais de 6 meses podemos assegurar que ele não é mais capaz de transmitir o vírus por meio de relação sexual mesmo sem preservativo. Mas isso não significa que os cuidados devem parar, as relações desprotegidas podem trazer outros riscos à saúde ao expor o paciente vivendo com HIV a outras IST ou mesmo reinfecção pelo vírus HIV.

Medicamentos Antirretrovirais Possuem Efeitos Adversos – FATO

Apesar dos medicamentos antirretrovirais utilizados hoje serem realmente muito bem tolerados no geral, muito diferente do que ocorria com grande parte dos medicamentos usados no passado, ainda assim, como qualquer fármaco, os medicamentos utilizados no tratamento do HIV também podem possuir algum efeito colateral como por exemplo quadros de náuseas, boca seca, sensação de estômago cheio, entre outros.

Ao perceber esse tipo de efeito, entre em contato com seu médico infectologista de confiança para que juntos possam chegar a um meio de melhorar esses sintomas.

Medicamentos Antirretrovirais Podem ser tóxicos – FATO

Da mesma forma que os efeitos adversos ou colaterais, os antirretrovirais podem causar toxicidade a órgãos como rins e fígado assim como qualquer outra medicação, mas o problema aqui é que essa toxicidade nem sempre vem associada a sintomas e por isso é fundamental realizar exames periódicos de controle conforme orientação médica por mais que não esteja apresentando nenhum sintoma.

Continue navegando em nosso blog e conheça mais sobre o HIV.

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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