
Conjuntivite: Como Saber Quando é Infecciosa?
Publicado: 28/01/2025
Publicado: 28/01/2025
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Conjuntivite é o nome dado à inflamação da membrana conjuntiva transparente que protege e lubrifica nossos olhos. Quando isso acontece, a região ocular pode ficar irritada, avermelhada e, em muitos casos, conter secreções.
Olho vermelho, ardendo e lacrimejando é uma condição que mesmo leigos costumam diagnosticar com facilidade. Mas as causas e tratamentos podem ser bem distintos.
Embora seja desconfortável, a maioria dos casos de conjuntivite é fácil de tratar e tem bom prognóstico. Continue neste artigo e conheça mais sobre a conjuntivite e como saber quando ela é infecciosa.
A conjuntivite acontece quando a membrana que reveste as pálpebras e cobre o branco dos olhos é inflamada por algum agente, seja ele infeccioso, alérgico ou tóxico.
Geralmente, os principais sintomas sentidos por uma pessoa com conjuntivite, além da típica vermelhidão, são coceira, sensação de areia nos olhos, fotofobia (intolerância à luz) lacrimejamento excessivo, pálpebras grudadas ao acordar, secreção aquosa, esbranquiçada, amarelada ou até mesmo esverdeada.
Existem diferentes tipos de conjuntivite e entender cada um deles é essencial para saber como agir em cada caso; confira, a seguir, os principais tipos de conjuntivite:
Este é o tipo mais comum e, frequentemente, o mais contagioso entre as conjuntivites. Geralmente, é causada por agentes virais como o adenovírus, os mesmos responsáveis por resfriados.
Os sintomas desse tipo de conjuntivite incluem vermelhidão, lacrimejamento intenso e sensação de ardência. A secreção costuma ser clara e aquosa.
Este tipo de conjuntivite pode ser causado por bactérias como Staphylococcus aureus ou Streptococcus pneumoniae. Além de ser altamente infecciosa, essa condição se caracteriza pela presença de uma secreção espessa e amarelada, que pode formar crostas ao redor dos olhos, especialmente pela manhã.
Também chamada de conjuntivite irritativa, esse tipo de conjuntivite é causado por substâncias irritantes, como fumaça, cloro de piscina, produtos químicos ou até mesmo maquiagens vencidas.
Esse tipo de conjuntivite não é considerado contagioso, ou seja, uma pessoa com a condição não pode passá-la para outras. Além disso, a conjuntivite tende a melhorar quando a substância irritante é eliminada.
Esse tipo não infeccioso de conjuntivite é causado por uma reação alérgica a qualquer substâncias como pólen, ácaros, produtos químicos ou pelos de animais. Alguns dos sintomas sentidos durante essa condição incluem coceira intensa, olhos inchados e lacrimejamento, porém, sem secreção purulenta.
A melhor forma de identificar se uma conjuntivite é infecciosa é observando seus sintomas e considerando suas prováveis causas. Alguns dos sinais infecciosos que você pode perceber são:
As conjuntivites infecciosas (virais, bacterianas ou fúngicas) são transmitidas, principalmente, por meio do contato direto com as secreções oculares ou indireto com superfícies contaminadas como toalhas, travesseiros e até mesmo objetos como teclados de computador.
A boa notícia é que algumas medidas consideradas simples são capazes de ajudar a prevenir a transmissão da condição, como, por exemplo:
A conjuntivite infecciosa, embora geralmente considerada uma condição leve e autolimitada, pode apresentar diversos perigos e complicações, especialmente se não for adequadamente tratada. Entender esses riscos é essencial para prevenir complicações mais sérias e garantir a saúde ocular. Confira, a seguir, os perigos da conjuntivite infecciosa:
Algumas das consequências da propagação da conjuntivite infecciosa são que em indivíduos com sistema imunológico comprometido a infecção pode se agravar, levando a complicações mais sérias.
Além disso, em ambientes coletivos como escolas ou locais de trabalho a disseminação da doença é bastante comum, podendo facilmente causar surtos.
Quadros virais costumam ter bom prognóstico com resolução espontânea do quadro após poucos dias.
Já a conjuntivite bacteriana ou fúngica, caso não seja tratada adequadamente, pode se aprofundar e afetar outras estruturas do olho, como a córnea, levando a condições mais graves como ceratite (inflamação da córnea).
Em casos graves, pode ocorrer cicatrização gerando deformidades da córnea, o que pode resultar em redução da acuidade visual e, em casos extremos, cegueira.
Embora raro, em casos de conjuntivite causada por agentes patogênicos mais agressivos, pode haver risco de infecções sistêmicas, especialmente em indivíduos com imunidade comprometida.
O uso inadequado de antibióticos favorece o aparecimento e seleção de agentes resistentes, tornando as infecções mais difíceis de tratar para o indivíduo e para a comunidade. Por esse motivo é importante seguir o tratamento indicado até o final, mesmo que os sintomas desapareçam antes.
Apesar da maioria dos casos de conjuntivite serem leves e acabarem melhorando naturalmente com o passar dos dias, você deve buscar ajuda médica se:
Geralmente, o tratamento dessa condição varia com o tipo de agente causador. Nos casos de conjuntivite viral, o próprio organismo é capaz de eliminar o vírus em poucos dias, no entanto, fazer compressas frias pode ajudar a aliviar os sintomas causados.
No entanto, algumas causas de conjuntivites, mesmo virais como as herpéticas como as causadas pelo vírus do herpes simples ou herpes zoster, pedem tratamentos específicos, não apenas locais quanto sistêmicos para evitar complicações.
Já em casos conjuntivite bacteriana ou fúngica, colírios ou pomadas antimicrobianas são necessários para o melhor tratamento da condição. Quando a conjuntivite é alérgica, o uso de colírios antialérgicos ou lubrificantes pode ser indicado juntamente com uma orientação para evitar o contato com a substância causadora da irritação ocular.
Para saber mais sobre esse tipo de doença infecciosa, busque ajuda de seu médico infectologista de confiança.