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Sinusite: Saiba mais

Sinusite: saiba mais
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Sinusite: Saiba mais

Sinusite é uma inflamação da mucosa que reveste os seios da face: as cavidades aeradas no interior dos ossos da face.

Onde se encontram os seios da face:

  • Ao lado do nariz
  • Nas maçãs do rosto.

sinusite: saiba mais

A sinusite pode ser classificada de acordo ao tempo de evolução da doença:

Classificação de acordo ao tempo de evolução

  • Sinusite aguda
  • Sinusite subaguda
  • Sinusite crônica
  • Sinusite recorrente

Sinusite aguda ou Rinossinusite

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Sintomas com menos de 4 semanas de evolução;

Geralmente, aparece depois de uma infecção viral como resfriado comum;

Os sintomas costumam piorar depois de 7 a 10 dias do seu inicio;

Geralmente, os sintomas são muito típicos e incômodos.

Evolução da sinusite aguda

Os sintomas geralmente se resolvem depois de 5 ou 6 dias sem tratamento específico.

Mas não é raro que um quadro de resfriado comum acabe por evoluir para uma sinusite bacteriana.

Isso ocorre devido a vários fatores:

  • A presença de grande quantidade de bactérias que habitualmente vivem em nosso nariz;
  • Queda temporária da imunidade causada pela infecção viral;
  • Acúmulo de secreção nos seis da face, gerando um ambiente de no qual as bactérias se proliferam com mais facilidade.

Sinusite aguda com febre em adultos, geralmente é proveniente de infecções virais, como resfriado comum, e não possuem indicação de antibiótico.

No entanto, quadros assim podem significar complicações ou outras etiologias e precisam ser avaliadas por um médico.

 

Sinusite subaguda

Sintomas da sinusite aguda, mas o quadro não melhora mesmo após entre 4 a 12 semanas de evolução.

 

Sinusite crônica

São aquelas cujos sintomas possuem mais de 3 meses de evolução.

Os sintomas aqui geralmente não são tão típicos e podem não ser tão intensos.

Às vezes, pode aparecer apenas como uma tosse seca ou até mesmo com secreção, mas que não melhora com antialérgicos ou descongestionantes.

Outras vezes, se manifesta apenas como crises de enxaqueca de repetição.

 

Sinusite recorrente

As pessoas não “têm” sinusite como quem tem problemas de pressão alta ou diabetes.

A sinusite tem tratamento e, mesmo quando adequadamente tratada, pode acabar retornando novamente.

Fatores de risco para sinusite recorrente ou de repetição

  • Pessoas alérgicas
  • Pessoas com alterações anatômicas que dificultam a drenagem dos seios da face (como desvio de septo)

 

Causas da sinusite

  • Vírus respiratórios (como rinovírus, vírus do grupo influenza ou parainfluenza)
  • Bactérias (mais comuns: Streptococcus pneumoniaeHaemophilus influenzae, e Moraxella catarrhalis)
  • Fungos (como Aspergillus)

 

Fatores de risco:

Algumas pessoas possuem risco aumentado para desenvolver sinusite de repetição ou complicações da sinusite:

  • Idosos
  • Tabagistas
  • Pessoas que viajam muito
  • Pessoas que se expõem com frequência a mudanças de pressão (como mergulho em alto mar)
  • Pessoas que praticam muita natação
  • Pessoas asmáticas
  • Pessoas alérgicas
  • Pessoas com doenças nos dentes ou gengivas
  • Pessoas com desvio de septo ou pólipos nasais
  • Pessoas com baixa imunidade (AIDS, Diabetes Mellitus, transplantados, Quimioterapia, etc)
  • Pessoas com alguma disfunção ciliar
  • Pessoas com doenças crônicas do pulmão, como fibrose cística

Sintomas

Podem ser os mais diversos, dependendo do tempo de evolução, causas, local e gravidade do acometimento:

  • Ínguas no pescoço
  • Dor de garganta
  • Entupimento nasal
  • Secreção amarela ou esverdeada saindo pelo nariz
  • Tosse seca
  • Tosse com secreção
  • Tosse que piora ao deitar
  • Dor de cabeça (às vezes, até enxaqueca)
  • Dor nos dentes
  • Dor em face
  • Sensação de aperto em algum local da face
  • Sensação de peso na face, que aumenta ao olhar para baixo
  • Halitose (mal hálito)
  • Dificuldade em sentir cheiros
  • Dificuldade para respirar
  • Sensação de dor nos ouvidos ou ouvidos tampados
  • Sensação de inchaço em face
  • Sensação de cansaço

Diagnóstico

Quando os sintomas são evidentes e típicos, o diagnóstico pode ser realizado apenas com a história clínica e exame físico.

Na dúvida do acometimento pulmonar associado, uma radiografia de tórax pode ser realizada.

Radiografia de seios da face não são úteis para o diagnóstico de sinusite não complicada, nem ajuda a identificar a causa.

Em caso de dúvida diagnóstica, ou suspeita de complicação, deve-se realizar exames de imagem como:

  • Tomografias Computadorizadas
  • Ressonâncias Magnéticas
  • Exames sob visualização direta (são realizados pelo Otorrinolaringologista com aparelhos com pequenas câmeras na ponta que são colocados no nariz. Muito úteis na suspeita de complicações, ou para identificação do agente causador do quadro)

Tratamento:

Independente da causa, tempo de evolução e indicação ou não de antibiótico, o tratamento da sinusite passa por uma série de cuidados nasais que devem ser realizados.

Inclusive, esses cuidados podem ser usados para prevenção.

Tratamento nasal:

  • Lavagem nasal com líquido específico pressurizado.

A lavagem deve ser realizada com o objetivo de retirada mecânica da secreção dos seios da face.

Por isso deve ser realizada com solução salina própria e com pressão.

Deve-se respirar o liquido que sairá pela outra narina, ou pela boca

(Não há risco do liquido ir para o pulmão, pois temos reflexo contra isso)

  • Aplicação de corticoides nasais

Isso geralmente é muito útil para reduzir a inflamação da mucosa nasal, reduzindo sintomas e facilitando a saída de secreção.

É importante dizer que não causam alívio imediato dos sintomas, mas fazem parte de um tratamento eficaz.

Tem ação mais local e é absorvido em uma menor quantidade que corticoides orais.

Tratamento antimicrobiano

A indicação, escolha do esquema antimicrobiano e o tempo de tratamento varia de acordo com:

  • Causa da sinusite
  • O tempo de evolução
  • Gravidade do quadro
  • Situação do paciente

 

Tratamento das complicações

Está diretamente relacionado com o tipo de complicação.

Em caso de foco mantido de infecção, como abscessos, a drenagem cirúrgica é fundamental para a cura.

 

O que não fazer:

  • Assoar o nariz a seco.

Quando assoamos o nariz a seco, pode até sair um pouco de secreção pelo nariz e dando algum alivio.

No entanto, estamos aumentando a pressão nos seios da face, e a secreção pode acabar inclusive aprofundando ainda mais.

  • “Enxaguar” o nariz com aparelhos próprios

Sinusite: saiba mais

Estes utensílios são pouco eficazes por não terem pressão. Só retiram a secreção que está mais próxima à saída do nariz.

Além disso, se não higienizados adequadamente, podem provocar infecções piores como as causadas por bactérias ou até fungos.

  • Compartilhar aplicadores nasais (sprays)

Muitos soros pressurizados já vem com mais de um aplicador, para não haver troca de micróbios.

  • Não prestar atenção no tempo de validade dos remédios nasais depois de abertos

Os aplicadores ou pontas que entram em contato com o nariz podem virar verdadeiras colônias de bactérias, aumentando a infecção ao invés de tratá-la.

  • Usar corticoide sem prescrição médica

Corticoides, como a prednisona, podem dar um alívio importante e são vendidos sem prescrição médica.

Contudo, se usados em doses altas, ou por muito tempo, podem causar uma série de efeitos colaterais graves.

Além disso, não terão nenhum efeito curativo se não forem associados a outras medidas de tratamento indicadas especificamente para cada caso.

  • Abusar de descongestionantes nasais com vasoconstritor

Medicações desse tipo produzem um alivio imediato dos sintomas de entupimento nasal.

Mas além de possuírem curto tempo de ação, podem dar efeito rebote. Ou seja, o efeito passa rápido e o entupimento nasal volta ainda pior que antes da última aplicação.

Além disso, não tratam ou previnem a sinusite, apenas os sintomas.

São ótimos sintomáticos para emergência e antes de dormir, mas não para serem usados todo o tempo.

  • Tomar analgésicos e anti-inflamatórios durante muitos dias seguidos ou com dose maior que as indicadas em bulas

Aumenta risco de reações adversas como gastrites e lesões ao rim ou ao fígado.

É muito importante averiguar a dose máxima da medicação em bula.

  • Tomar vários remédios de nomes diferentes sem consultar a substância ativa

Medicações para aliviar sintomas respiratórios podem ter nomes diferentes, mas são constituídos de uma ou mais princípios ativos.

Existem poucas substâncias diferentes que possuem efeito similar.

É muito importante prestar atenção no nome da substância escrita no rótulo, para não correr o risco de tomar uma dose maior da medicação que aquela recomendada em bula, pois isso pode causar:

– Intoxicação medicamentosa (lesão em rim ou fígado)

– Aumentos dos efeitos adversos (como gastrites ou náuseas)

– Interação medicamentosa com outros remédios de uso habitual

– Reações alérgicas a algum componente já conhecido previamente (por exemplo, pessoa sabidamente alérgica a dipirona, que toma algum remédio que a tem sua fórmula)

  • Tomar antibióticos sem prescrição médica

Uso indiscriminado de antibióticos não reduz sintomas e ainda aumenta risco de toxicidade, interação medicamentosa, efeitos colaterais e induz a resistência bacteriana.

Princípios ativos que podem estar presentes em qualquer medicação sintomática para infecções respiratórias:

  • Dipirona
  • Paracetamol
  • Ácido Acetil Salicílico (AAS)
  • Anti-inflamatórios não esteroides (geralmente terminados em “…eno” como ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno)
  • Antialérgicos (geralmente terminados em “…ina” como fexofenadina, dexclorfeniramina, difenidramina, cetirizina, loratadina)
  • Anti-inflamatórios esteroides (geralmente terminados em “…ona” como prednisona, hidrocortisona, dexametasona, betametasona)

Complicações da sinusite

  • Abscessos nos seios paranasais
  • Abscesso intracraniano
  • Abscesso em osso
  • Celulite (infecção de pele e músculos) em face ou ao redor dos olhos
  • Infecção ocular
  • Osteomielite (infecção nos ossos da face)
  • Meningite (infecção do sistema nervoso central)
  • Sepse (Infecção generalizada)
  • Trombose cavernosa (entupimento na veia que drena o sangue do cérebro)

Quando procurar um médico?

Sinais de gravidade:
  • Temperatura axilar maior que 38,9ºC
  • Dor de cabeça ou em face, que comece de forma aguda e intensa, ou que piora de repente
  • Alterações da visão como visão embaçado ou visão dupla
  • Dificuldade em pensar
  • Confusão mental
  • Alteração brusca de comportamento
  • Inchaço ou vermelhidão ao redor de dos olhos
  • Pescoço rígido
  • Sangramento nasal de difícil controle

 

Fonte:


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

12 thoughts on “Sinusite: Saiba mais

  1. Minha filha de 5 anos tem umas dores de cabeça terríveis. Ela não consegue nem abrir o olho e a febre altíssima. Chega a 39,2. Acredito que seja sinusite porque ela diz que a face dela doi. Alguma coisa pra aliviar essa dor de cabeça? Ou preciso procurar o médico?

  2. Oi! É possível uma sinusite começar apenas com enxaqueca e tontura? Fiquei com esses dois sintomas primeiro, depois de sentir a garganta bem ruim, mal estar, nariz obstruído porém seco, sem secreção. A enxaqueca passou, mas a tontura com ouvido tampado ficou! É o que mais incomoda. Percebi apenas secreção descendo pela garganta… A qualidade do ar na cidade está péssima e, sem umidade e muito poluído. Então os médicos sempre justificam. Já tive crises de sinusite antes mas nunca dessa forma.

    1. Você precisa se consultar com um médico infectologista de sua confiança para te avaliar pessoalmente e pedir os exames necessários. Pergunte também o que pode ser feito para prevenir novas crises. No próprio texto tem algumas sugestões.

  3. Dra Keila. Meu esposo está com tosse seca e nariz entupido como uma gripe. Fanho também. Isso já vem acontecendo há muito tempo. Já tomou remédio para sinusite e não melhora. Ele tem um desvio na narina esquerda….está impaciente…acredito que deve ser mesmo uma sinusite. Me ajude. Qual um remédio próprio….?..aguardo
    Gina

  4. se para lavar o nariz não se pode usar dispositivos próprios, como a pera, não entendi como fazer para lavar o nariz?

    1. O problema do uso de dispositivos é a não esterilização dos mesmos após o uso, pois uma vez que este aparelhos entram em contato diretamente dentro do nariz os germens ali presente podem colonizar este dispositivos e acabar perpetuando a infecção.
      Especialmente se utilizados por vários dias, ou em várias infecções.

      Aparelhos de limpeza que já vem com aplicadores, não podem ser compartilhados com outras pessoas, nem devem ser guardados, caso sobre de uma infecção para ser usado na próxima.

      Utensílios próprios de uso prolongado devem ser avaliados se existe a possibilidades de higienizá-los adequadamente (por dentro e esterilizá-los

    2. Minha otorrino pediu para eu comprar seringa de 10ml ou 20ml sem a agulha é ejetar com pressão o soro fisiológico 0,9%. 3 x ao dia 20ml.

  5. Pergunta: A sinusite com tanta secreção pode chegar a ocasionar problemas intestinais devido ao catarro?
    Obrigado

    1. Olá, engolir a secreção não desencadeia problema de saúde ao organismo. O ideal é expelir o muco sempre que as circunstâncias forem favoráveis, pois quando se escarra, há a certeza de que a infecção está sendo colocada para fora do organismo.

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