Mycoplasma Resistente: Próximo Pesadelo Entre As ISTs Curáveis?
Publicado: 09/02/2021
Atualizado: 10/02/2021
Publicado: 09/02/2021
Atualizado: 10/02/2021
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Mycoplasma Resistente. Mycoplasma genitalium (M. genitalium) é uma bactéria que tem sido encontrada em várias partes do corpo, como trato respiratório e líquido intra-articular. Mas parece que ele causa sintomas apenas quando se encontra no trato urogenital.
Uma pessoa pode ficar muitos anos infectada por esta bactéria sem apresentar sintomas, mas podendo transmiti-la. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o Mycoplasma Resistente.
Micoplasmas são bactérias presentes no organismo humano que podem ser representadas pelas espécies hominis e genitalium. O último tipo é conhecido por ser sexualmente transmissível, responsável pelas infecções no trato urinário feminino e masculino.
De maneira geral, essa bactéria pode causar sensações desconfortáveis de dor e ardor ao urinar. O Mycoplasma Genitalium é identificado por meio de exames de urina ou de análises das secreções penianas ou uterinas.
Pesquisas recentes apontam o Mycoplasma genitalium como um dos desafios entre a ISTs que iremos enfrentar nos próximos anos.
Apesar de não haver muitos dados epidemiológicos, estudos de prevalência apontam para 2% da população, abaixo apenas da Clamídia.
O problema é que clinicamente não podemos diferenciar o Mycoplasma da Clamídia e por isso precisamos pensar no diagnóstico.
O tratamento usado para Clamídia não necessariamente é o mesmo para o Mycoplasma.
Ao tratarmos um Mycoplasma como se fosse uma Clamídia, aumentamos o risco de criar mycoplasmas resistentes.
Há 20 anos, 90% das infecções por mycoplasma eram tratadas com uma dose única de Azitromicina. Em 2009, conseguíamos tratar apenas 67% das infecções com este mesmo esquema.
A perspectiva é que 1 a cada 10 pessoas infectadas por mycoplasma não respondam ao tratamento de primeira linha nos próximos anos.
Alguns estudos fazem uma projeção de mais de 50% de infecções resistentes nos próximos anos.
A mutação que confere resistência à azitromicina se espalha mais rápido entre subpopulações com maior taxa de Infecções Sexualmente Transmissíveis em geral.
O uso desse tipo de antibiótico na população em geral para outros tipos de infecção não parece conferir maior risco de resistência para esta bactéria.
A orientação agora é de realizar exames com controle de cura no mínimo 3 semanas após o tratamento, independente da melhora dos sintomas.
Quando não há uma boa resposta ao primeiro tratamento, o indicado é realizar um segundo esquema, por um tempo maior
Esquemas com mais de um antibiótico não são recomendados.
Durante o tratamento, é recomendado que o paciente evite manter relações sexuais, garantindo assim que uma nova infecção não irá acontecer. Caso haja qualquer alteração dos sintomas, seu médico deverá ser consultado imediatamente.
Referência: National Infection Service , Public Health England
Artigo Publicado em: 18 de jul de 2017 e Atualizado em: 09 de fev de 2021
Dra,
Existe algum exame que detecte o mycoplasma? meus exames de DST, cultura de urina e de swab uretral deram negativos, existe algum outro que possa realizar?
sim. existem testes moleculares que podem se realizados. converse com o seu médico.
Gostaria de tirar uma dúvida sobre o HTLV fiz um exame de métodos de 4 geração para HTLV chamado de (CMIA) e confiável e também minha parceira e doadora de sangue e sempre tá tudo ok
Este exame é confiável.
Micoplasma reagente através de exame de cultura endocervical indica traição de um dos parceiros ou poderia um dos parceiros estar com a doença silenciosa por mais de 15 anos?
Poderia estar com a doença silenciosa, não há como afirmar o tempo de infecção.