
Mycoplasma resistente: próximo pesadelo entre as ISTs curáveis?
Mycoplasma genitalium (M. genitalium) é uma bactéria que tem sido encontrada em várias partes do corpo, como trato respiratório e líquido intra-articular. Mas parece que ele causa sintomas apenas quando se encontra no trato urogenital.
Uma pessoa pode ficar muitos anos infectada por esta bactéria sem apresentar sintomas, mas podendo transmiti-la.
Sintomas
Homem:
Uretrite
- Corrimento pelo canal da urina (purulento ou mucopurulento)
- Disúria (dor ao urinar)
- Balanite (dor, vermelhidão, coceira, descamação, secreção com odor fétido no prepúcio)
Mulher
Cervicite
- Disuria (Dor ao urinar)
- Dispareunia (Dor durante o ato sexual)
- Irritação nos genitais
Doença Inflamatória Pélvica
- Dor pélvica ou região inferior do abdome
- Febre, Secreção vaginal ou endocervical anormal
- Sangramento vaginal fora do período menstrual
- Dispareunia (dor durante o ato sexual)
- Secreção purulenta ou mucopurulenta pela vagina
- Sangramento fora da menstruação, principalmente após a relação sexual.
Mycoplasma resistente aos antibióticos
Pesquisas recentes apontam o Mycoplasma genitalium como um dos desafios entre a ISTs que iremos enfrentar nos próximos anos.
Apesar de não haver muitos dados epidemiológicos, estudos de prevalência apontam para 2% da população, abaixo apenas da Clamídia.
O problema é que clinicamente não podemos diferenciar o Mycoplasma da Clamídia e por isso precisamos pensar no diagnóstico.
O tratamento usado para Clamídia não necessariamente é o mesmo para o Mycoplasma.
Ao tratarmos um Mycoplasma como se fosse uma Clamídia, aumentamos o risco de criar mycoplasmas resistentes.
Há 20 anos, 90% das infecções por mycoplasma eram tratadas com uma dose única de Azitromicina. Em 2009, conseguíamos tratar apenas 67% das infecções com este mesmo esquema.
A perspectiva é que 1 a cada 10 pessoas infectadas por mycoplasma não respondam ao tratamento de primeira linha nos próximos anos.
Alguns estudos fazem uma projeção de mais de 50% de infecções resistentes nos próximos anos.
A mutação que confere resistência à azitromicina se espalha mais rápido entre subpopulações com maior taxa de Infecções Sexualmente Transmissíveis em geral.
O uso desse tipo de antibiótico na população em geral para outros tipos de infecção não parece conferir maior risco de resistência para esta bactéria.
A orientação agora é de realizar exames com controle de cura no mínimo 3 semanas após o tratamento, independente da melhora dos sintomas
Quando não há uma boa resposta ao primeiro tratamento, o indicado é realizar um segundo esquema, por um tempo maior
Esquemas com mais de um antibiótico não são recomendados.
Fonte:
Micoplasma reagente através de exame de cultura endocervical indica traição de um dos parceiros ou poderia um dos parceiros estar com a doença silenciosa por mais de 15 anos?
Poderia estar com a doença silenciosa, não há como afirmar o tempo de infecção.
Gostaria de tirar uma dúvida sobre o HTLV fiz um exame de métodos de 4 geração para HTLV chamado de (CMIA) e confiável e também minha parceira e doadora de sangue e sempre tá tudo ok
Este exame é confiável.
Dra,
Existe algum exame que detecte o mycoplasma? meus exames de DST, cultura de urina e de swab uretral deram negativos, existe algum outro que possa realizar?
sim. existem testes moleculares que podem se realizados. converse com o seu médico.