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Tatuagem e Risco de Infecções – Saiba Mais

Tatuagem e Risco de Infecções
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Tatuagem e Risco de Infecções: Tida para muitos como uma forma de liberdade de expressão e arte, as tatuagens têm se tornado cada vez mais comum entre as pessoas. Delicadas ou impactantes, grandes ou pequenas, a tatuagem é democrática e agrada a todos os gostos.

Tatuagem e Risco de Infecções

Vista por muitos como uma tela em branco, a pele nada mais é do que o maior órgão do corpo humano, tendo como principal função a proteção contra atritos, além de controlar a perda excessiva de água, invasão de micro-organismos e também das radiações presentes no nosso dia-a-dia.

Por este motivo, procedimentos que envolvam sua perfuração podem se transformar em problemas de saúde. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a tatuagem e o risco de infecções.

A Tatuagem

Fazer uma tatuagem deve ser uma decisão séria, não apenas pela escolha da composição que ficará na sua pele para toda vida, mas também pelos riscos envolvidos durante e após a realização do procedimento.

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Não é incomum que as pessoas escolham o profissional que irá realizar o trabalho pelo preço que ele cobra. Essa é umas das decisões mais difíceis, pagar barato em um trabalho “OK” ou pagar mais caro em um trabalho “seguro”? A maioria das pessoas opta pelo menor preço e por isso correm sérios riscos de contrair uma infecção durante o processo.

A Pele

Nossa pele é o maior órgão presente no organismo, nela podemos encontrar duas camadas distintas que ajudam a proteger toda a estrutura corporal interna, a perda excessiva de água e a entrada de agentes desconhecidos.

Além disso, existem nessa região receptores que permitem a recepção do tato, dor, temperatura e pressão, ou seja, tudo o que sentimos encostar na nossa pele, bem como distinguir se está muito frio ou muito quente e também a pressão exercida no momento do contato.

A Pigmentação

Durante o processo da tatuagem, a tinta é depositada por meio da raspagem de agulhas na segunda camada da pele, que chamamos de derme. Essa região é composta por tecidos conjuntivos onde estão presentes os nervos, vasos sanguíneos, vasos linfáticos, folículos pilosos e também as glândulas sudoríparas.

Para que a imagem ou frase escolhida para tatuar permaneça preservada durante os anos, seu tatuador precisa acessar cerca de 2 milímetros para dentro do tecido da pele. Com isso, as perfurações e raspagens deixadas pela agulha se tornam uma porta de entrada para agentes externos, que muitas vezes causam infecções.

Tatuagem e Risco de Infecções

Vários fatores podem ser decisivos para uma pessoa apresentar, ou não, uma infecção após uma tatuagem, entre elas podemos citar:

  • Qualidade dos materiais utilizados;
  • Limpeza do ambiente onde a tatuagem foi realizada;
  • Protocolos de Biossegurança como utilizar luvas e máscaras descartáveis;
  • Cuidados no pós procedimento:
    • Não higienizar adequadamente o local;
    • Não proteger o local;
    • Coçar a tatuagem nos primeiros dias;
    • Utilizar cremes e pomadas sem a recomendação do tatuador;

Como Identificar uma Infecção na Tatuagem

As infecções de pele que podem surgir em decorrência de uma tatuagem são causadas por agentes bacterianos, fúngicos e virais que conseguem entrar no corpo pelo trauma sofrido na pele.

Geralmente, além da inflamação presente na pele que fica avermelhada e apresenta alguns ferimentos em forma de bolhas, podem existir outros sintomas que indicam um quadro inflamatório, como por exemplo:

  • Presença de febre;
  • Calafrios;
  • Saída de pus das feridas da tatuagem;
  • Mal-estar;
  • Dor muscular;
  • Pele enrijecida.

Diagnóstico e Tratamento

Se você fez uma tatuagem e sua pele aparenta estar inflamada por mais de 3 dias, não deixe de procurar ajuda médica para que uma avaliação completa possa ser feita e um tratamento eficaz possa ser prescrito.

Após a realização de exames para saber qual o agente responsável pela infecção, o melhor meio de tratamento será definido pelo médico responsável, sendo que no caso de infecções de pele geralmente serão necessários antimicrobianos sistêmicos, pois tratamentos locais não serão suficientes.

É importante ressaltar que quanto mais tarde for iniciado o tratamento de uma infecção, maior o risco desta se espalhar para outros tecidos corporais e até mesmo outros órgãos.

Outras infecções relacionadas a tatuagem

Além da infecção de pele em si, o processo de realização da Tatuagem pode ser também uma via de infecções transmissíveis caso o material usado tenha sido usado anteriormente em pessoa doente , infecções como o HIV e a Hepatite B, Hepatite C, HTLV, podem ser adquiridas caso as regras de segurança e utilização de materiais novos e lacrados não sejam cumpridas.

O problemas nesses casos é que estas infecções não necessariamente podem causar quaisquer sintomas em sua fase inicial e a pessoa tatuada, caso não faça exames específico de rotina pode ficar anos sem saber que possui a infecção enquanto ela se desenvolve dentro de si além de transmitir para outras pessoas durante por exemplo, ato sexua sem preservativo.

Prevenção

O ideal é:

  • Procurar um médico de sua confiança antes da realização da tatuagem para:
    • fazer os exames de check Up
    • avaliar a presença de alguma condição que necessita ser corrigida antes da realização da tatuagem para evitar complicações, como por exemplo, diabetes descompensada,
    • checar sua carteira de vacinação e orientar completá-la se for pertinente, como as vacinas da hepatite B e antitetânica.
    • Realizar a sua tatuagem em locais sérios e de confiança com protocolos de segurança biológica muito bem estabelecidos
    • Procurar atendimento médico no caso de qualquer evolução da ferida fora do esperado
    • Realizar exames específicos com seu médico após o período de janela imunológica para cada infecção de risco, independente da presença de sintomas
Mais Informações sobre este assunto na Internet:

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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