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Osteomielite em pé diabético

Osteomielite em Pé Diabético
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Uma das principais complicações que acomete pacientes com diabetes é a osteomielite do pé diabético. Pessoas com diabetes mal controlada por muitos anos costumam desenvolver nos pés, úlceras profundas, por vezes não dolorosas e de difícil cicatrização.

De fato, a cada ano, 4% de pessoas portadoras de diabetes mellitus desenvolvem pé diabético. Cerca de 85 % dos pacientes com essa síndrome metabólica e que possuem problemas com úlceras nos pés precisam amputar alguma extremidade do corpo.

Para entender melhor sobre a osteomielite em pacientes com pé diabéticos, continue a leitura deste artigo.

O Pé Diabético

Pé diabético é uma condição que afeta pacientes com diabetes descontrolada e causa o aparecimento de úlceras, feridas de difícil cicatrização na região dos membros inferiores. Quando não tratada de maneira adequada a condição pode evoluir para a inflamação das feridas os ossos podem ser atingidos. Saiba mais sobre esta condição clicando aqui: https://www.drakeillafreitas.com.br/pe-diabetico-conheca/

A Osteomielite

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Existem diversos micro-organismos capazes de infectar o osso de uma pessoa e causar o que chamamos de osteomielite. A causa mais comum é a infecção bacteriana, mas micobactérias e fungos também podem dar origem a esta condição.

O rápido diagnóstico da osteomielite em pacientes com Pé diabético é fundamental para uma boa resposta ao tratamento. Isso porque saber se essa infecção de úlcera atinge o osso pode definir qual conduta deve ser adotada para o tratamento

Sintomas da Osteomielite

Por mais que possa ser completamente indolor para alguns pacientes que sofrem neuropatia diabética, a osteomielite pode apresentar sintomas como:

  • Sensibilidade e vermelhidão na área infectada;
  • Náusea;
  • Inchaço;
  • Perda na amplitude de movimentos;
  • Feridas abertas na região dos pés com presença de pus;
  • Sensação de calor na área afetada;
  • Presença de febre e calafrios.

Diagnosticando a Osteomielite Em Pacientes com Pé Diabético

Em algumas situações, o acometimento do osso está bastante evidente:

  • Pode-se ver o osso pela úlcera;
  • Exame de imagem evidenciando inflamação ou desgaste do osso sugestivos de osteomielite.

Situações Em Que o Diagnóstico da Osteomielite Torna-se Bastante Provável

  • Úlcera com área maior que 2 cm (mesmo se não houver sinais inflamatórios);
  • Marcadores inflamatórios elevados no sangue;
  • Presença de ferida que não cicatriza por mais de 6 semanas mesmo sem sinais visíveis de infecção;
  • Presença de ferida com mais de 2 semanas de evolução com evidência de infecção.

Exames de imagem

O melhor exame de imagem para identificação de osteomielite é a Ressonância Magnética. Este exame é capaz de revelar alterações muito características de condição no próprio osso. Além disso, pode mostrar alterações anatômicas e no tecido muscular próximo ao osso.

O problema desse exame é que existem alguns fatores confundidores que podem atrapalhar a leitura do mesmo. Alterações ósseas, incluindo as ocasionadas pelo próprio processo neurodegenerativo da diabetes, podem se confundir com as alterações causadas pela infecção.

Quando naquele local existe alguma prótese ou material como parafusos, placas etc, ocorre interferências na imagem do exame dificultando sua análise. Dependendo do material utilizado também não se pode fazer ressonância magnética, neste caso o exame de imagem mais indicado é a Tomografia computadorizada

Exames como o PET-Scan com FDG (uma espécie de tomografia que utiliza um contraste especial), ou mesmo a PET-Ressonância, são mais sensíveis, mas bem mais difíceis de serem usados para este fim, devido ao seu alto custo e pouca disponibilidade.

A Confirmação do Diagnóstico

A confirmação diagnóstica só pode ser feita por anatomia patológica do próprio osso, ou seja, retirando um pedaço do osso e analisando-o pelo microscópio.

O material retirado também é utilizado para realização de culturas. Procedimento considerado como de extrema importância, pois ditam qual será o antibiótico mais adequado para o tratamento de cada caso.

Como Tratar a Osteomielite em Pé Diabético

Após diagnosticada por seu médico especialista de confiança, a osteomielite pode ser tratada por meio de diversas abordagens diferentes, como por exemplo:

Tratamento Antibiótico

Ao ser indicado pelo médico responsável pelo caso, o tratamento com antibióticos, também chamado de antibioticoterapia cujo tempo pode variar de semanas a meses. Idealmente este tratamento deve ser primeiramente feito pela via endovenosa, independente do perfil de sensibilidade

Tratamento Cirúrgico

Na maioria dos casos, esse tratamento inclui a raspagem do osso afetado a fim de remover o tecido necrótico, ou seja, o tecido desvitalizado (sem vida).

Desbridamento Cirúrgico

Nesse tipo de procedimento o médico responsável irá retirar da ferida os tecidos e ossos infectados e consequentemente mortos para que a antibioticoterapia alcance os tecidos sobreviventes através da corrente sanguínea.

Alívio da Pressão da Úlcera

Para que a ferida comece a cicatrizar, o médico deverá indicar alguns meios para aliviar a pressão sofrida na úlcera, como por exemplo o uso de sapatos especiais, muletas, botas especiais, gesso ou até mesmo cadeiras de roda.

Reabilitação

Fisioterapia de reabilitação, fortalecimento muscular e correção da pisada são fundamentais para uma boa recuperação e deve ser iniciada o quanto antes.

Prevenindo a Osteomielite

O primeiro passo que se deve dar na prevenção contra a osteomielite em pacientes com pé diabético é cuidando adequadamente da região. Usar sapatos bem ajustados, lavar os pés diariamente, manter a planta do pé hidratada, realizar a inspeção diária em busca de cortes, feridas, arranhões e bolas e seguir uma frequência regular de acompanhamento médico pode ajudar na prevenção dessa condição.

Para saber mais sobre a osteomielite, seus tipos e principais causas, clique aqui. Se você tem suspeita de diabetes ou pé diabético, não deixe de procurar um médico de sua confiança.

Mais Informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 5 de abrl de 2018 e Atualizado em: 09 de maio de 2023


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

2 thoughts on “Osteomielite em pé diabético

  1. Na verdade uma pergunta meu marido e diabético e foi diagnosticado com doença de Charcot , mas não consigo nenhum especialista na área
    Vocês tratam deste tipo de caso.?poderiam indicar

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