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O que Significa Controlador de Elite?

O que Significa Controlador de Elite?
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Alguns pacientes portadores do vírus da imunodeficiência humana podem ser conhecidos como Controlador de Elite. No entanto, este termo pode ser facilmente confundido com os indivíduos imunosilenciosos.

Continue a leitura deste artigo e descubra o que Significa Controlador de Elite e como ele se difere de pacientes imunosilenciosos.

O HIV

HIV, sigla referente ao vírus da imunodeficiência humana, é uma infecção sexualmente transmissível responsável por afetar o sistema imunológico do indivíduo fazendo com que ele se sinta fragilizado e consequentemente mais propenso a adquirir outros tipos de doenças.

Apesar de ainda não haver uma cura para a condição, médicos e cientistas têm obtido bons resultados no decorrer dos anos para que as pessoas infectadas com o HIV tenham uma maior expectativa com boa qualidade de vida.

Controlador de Elite

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O paciente controlador de elite é aquele que possui a sorologia positiva para HIV, mas mantém o número de cópias do vírus no sangue abaixo dos limites detectáveis pelos exames, mesmo sem o uso de antirretrovirais, medicamentos específicos para o HIV. Além disso, também possui os níveis estáveis de linfócitos CD4.

Estima-se que 1/3 dessas pessoas acabam por perder este status de controlador de elite após mais ou menos 8 anos de infecção. Uma vez perdido este status, caso a pessoa não inicie tratamento com antirretrovirais, haverá a evolução da infecção pelo HIV, podendo chegar ao estágio mais grave denominado AIDS.

O que faz uma pessoa ser controladora de elite.

Muitos vêem os controladores de elite como um caminho para a descoberta da cura do HIV.

Ainda há muito o que se descobrir sobre eles mas estudos recentes que especificamente estudam pessoas com diagnóstico do vírus HIV há muitos anos e que inclusive não tiveram esta condição revertida, mostraram que nestes pacientes as células de defesa pareciam ter preferencialmente destruído as células que abrigavam o HIV capaz de produzir novas cópias viáveis do vírus, restando apenas células infectadas nas quais o código genético viral foi emendado em uma espécie de zona morta genética – regiões do DNA celular que estavam muito distantes das alavancas que impulsionam a replicação viral e não eram capazes de replicar vírus viáveis do HIV.

Foi durante estes estudos também que pudemos identificar pessoas que eram mais do que controladores de elite e sim, pessoas com imunidade natural ao HIV como o caso de Loreen Willenberg nos Estados Unidos e Paciente Esperanza na Argentina

Uso de antirretrovirais

Apesar de não ser consenso, e ser uma das poucas situações em que o paciente pode inclusive optar por não iniciar o tratamento e apenas acompanhar regularmente os níveis de CD4 e carga viral vigiando o momento da aparição do vírus no sangue ou do início da queda dos níveis de CD4, atualmente a tendência é iniciar o tratamento com antirretrovirais logo após a confirmação do diagnóstico, mesmo em indivíduos controladores de elite.

Fazemos isso para reduzir os reservatórios do vírus, deixando o paciente mais apto a uma cura definitiva quando esta estiver disponível. Além disso, sabemos que os níveis do processo inflamatório sistêmico que ocorre em todo indivíduo vivendo com HIV acontece mesmo naqueles com carga viral indetectável e os antirretrovirais podem diminuir isso,

Controladores de Elite x Indivíduos Imunosilenciosos

Muitos pacientes que têm muito medo de estarem infectados pelo vírus HIV, seja porque possuem sintomas que julgam sugestivos dessa infecção ou por terem sido expostos a situações de risco, ao fazerem, repetidamente testes de HIV após o período máximo de janela imunológica (que é o tempo máximo que um teste pode levar para fazer o diagnóstico da infecção a partir do momento do primeiro contato com o agente infeccioso)com resultado negativos, ficam com medo de serem pessoas imunosilenciosas como forma de justificar um possível resultado falso negativo dos exames.

Imunosilenciosos seriam pessoas que não positivam os testes sorológicos para determinada doença, mesmo após o período de janela imunológica.

Na verdade, apesar de ainda nutrir velhos medos em muitas pessoas leigas, isso já não é mais uma preocupação para a comunidade científica desde os anos 90, quando os teste diagnósticos para o HIV já eram bastante sensíveis. Nossa preocupação hoje é em encurtar o período da janela imunológica dando 100% de certeza de que a pessoa não está infectada, encerrando o caso da exposição de risco o quanto antes.

Apesar disso, muitos pacientes não apenas se preocupam com o termo imunosilenciosos para HIV como também confundem bastante essa situação com os controladores de elite.

O fato é que pacientes Controladores de Elite (pessoas que possuem carga viral indetectável para o HIV mesmo sem tratamento), não estão relacionados com os indivíduos imunosilenciosos, uma vez que possuem uma imunidade e possuem sorologia positiva para o HIV.

Na prática clínica atual, o que vemos são indivíduos com imunidade extremamente baixa, seja pela AIDS ou por qualquer outra condição prévia, que positivam os testes sorológicos para o HIV, ao serem portadores do vírus.

Teste de HIV

A melhor maneira de prolongar a vida de um paciente portador do vírus HIV é diagnosticando corretamente a infecção o quanto antes possibilitando assim o início precoce do tratamento específico. Para isso, existem testes de análise sanguínea ou salivar capazes de detectar a presença do vírus no organismo diretamente através de proteínas virais chamadas também de antígenos, material genético do vírus, os teste moleculares ou de carga viral também chamados de PCR – Reação em cadeia de Polimerase ou indiretamente através de anticorpos que nosso sistema imune produz ao entrar em contato com o vírus.

Você pode em média já começar a realizar os teste para HIV de 10 a 14 dias após a exposição mas só conseguirá realmente descartar completamente as chances de infecção com teste de resultado negativo coletados após 90 dias da exposição.

Teste Positivo

Caso você apresente resultado positivo para HIV a primeira coisa a se fazer é não se desesperar e procurar um médico infectologista de sua confiança o mais rápido possível, a primeira coisa que ele fará será confirmar este diagnóstico com um segundo teste de um tipo diferente mais específico. Uma vez confirmado ele fará todo o check Up para ver o funcionamento do seu organismo como um todo e exames específicos como exames de carga viral se ainda não tiver pedido, e contagem de linfócitos tipo CD4 e CD8 e iniciará a medicação antirretrovirais o quanto antes, há vários esquemas disponíveis no Brasil.

A confirmação do diagnóstico do HIV não é o fim. É o começo de uma nova etapa de sua vida.

Se você deseja saber mais sobre como e quando são realizados os testes para HIV, clique aqui. Ou assista ao vídeo abaixo:

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 5 de junho de 2018 e Atualizado em: 25 de julho de 2023


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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