Mononucleose – conheça Infecção Viral Notícias 25/05/201808/12/2022 Conteúdo ToggleMononucleose é uma infecção causada pelo Vírus Epstein-Barr (EBV)Como o vírus atua no organismoFormas de transmissãoContato diretoTransmissão sexualOutras viasPeríodo de transmissibilidadePeríodo de incubaçãoQuadro clínicoManifestações da Mononucleose no sangue:Manifestações mais raras da Mononucleose:Na sua forma clássica, estão presentes 3 sintomas:FebreFaringiteLinfadenopatia cervical (ínguas no pescoço)FadigaRashDiagnósticoTestes sorológicosTestes molecularesReinfecção ou reativação da doençaComplicações:Doença linfoproliferativa pós-transplante CompartilheMononucleose é uma infecção causada pelo Vírus Epstein-Barr (EBV) Esse vírus geralmente não causa maiores problemas em pessoas com imunidade normal. Mas está relacionado a complicações graves e ao desenvolvimento de câncer no sangue em pessoas com imunidade muito baixa. Vírus da família herpes, bastante prevalente em todo o mundo Cerca de 95% dos adultos no mundo já tiveram contato com o vírus da mononucleose Você Suspeita Estar com Alguma Infecção? Agende Hoje mesmo uma Consulta com infectologista. Ligar agora Whatsapp Nos Estados Unidos, estima-se que 50% das crianças entrem em contato com este vírus antes dos 5 anos de idade. Entre os pré-adolescentes, sem contato prévio, 12 % se infectam a cada ano Como o vírus atua no organismo O vírus se aloja primeiramente nas células da mucosa da boca, nas glândulas produtoras de saliva. Depois, ele atinge as células linfócitos tipo B que ficam nos linfonodos da faringe (garganta), a partir de onde se espalha para o sistema linfoide (linfonodos, fígado, baço) O EBV também pode afetar as células no colo do útero da mulher. Na fase aguda da infecção, ou em sua reativação, o vírus também pode ser encontrado circulando no sangue Logo após o primeiro contato, o sistema imune se organiza para combater o vírus. É essa resposta imune que causa os sintomas da infecção e é também o que torna possível o seu diagnóstico Muitas pessoas conseguem eliminar o vírus sem ter sintomas de doença. Mesmo quem não apresenta sintomas, pode transmitir o vírus durante fase de infecção ativa. Formas de transmissão Ocorre através do contato com secreções corporais, especialmente da orofaringe Contato direto Beijo na boca (apenas contato com os lábios já é uma exposição) Compartilhamento de qualquer coisa que tenha tido contato com a mucosa oral (talheres, copos garrafas, canudos, etc, sem lavar) Transmissão sexual Contato da boca ou genital de pessoa sã (homem ou mulher) com o genital de mulher infectada Contato dos genitais de pessoa sã (homem ou mulher) com a boca de pessoa infectada (homem ou mulher) Contato do ânus de pessoa sã (homem ou mulher) com a boca de pessoa infectada (homem ou mulher) Outras vias Bebês mamando o leite de mães infectadas Transfusão de sangue (raros casos) Período de transmissibilidade O vírus pode permanecer na saliva por meses ou anos após o primeiro contato Mesmo pessoas que não ficaram doentes podem ser portadoras do vírus. Período de incubação O tempo entre o primeiro contato com o vírus e o aparecimento de sintomas é de 1 a 2 meses. Quadro clínico Cerca de metade das pessoas que se infectam apresentam algum sintoma da infecção aguda pela mononucleose Estes sinais ou sintomas, na maioria das vezes são bastante inespecíficos: Artralgia (dor nas articulações) Mialgia (dos nos músculos) Náuseas (enjoos), vômitos, Anorexia (perda de apetite) Fadiga (cansaço) Tosse (geralmente seca) Dor ocular Fotofobia (incômodo da luz nos olhos) Edema periorbital (Inchaço ao redor dos olhos) Esplenomegalia (aumento do tamanho do baço) Hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado) Ictericia (pele amarelada) – pode ocorrer em 10% das crianças e 30% dos adultos infectados Manifestações da Mononucleose no sangue: Anemia (redução dos glóbulos vermelhos) Linfócitos atípicos (muito comum e típico do EBV) Leucocitose (aumento das células brancas), Leucopenia (diminuição das células brancas), Linfocitose (aumento dos linfócitos), Trombocitopenia (diminuição das plaquetas), Manifestações mais raras da Mononucleose: Meningite asséptica (inflamação não infecciosa das meninges – membranas que envolvem o cérebro), Meningoencefalites Neurite óptica (inflamação dos nervos dos olhos) Paralisia de pares cranianos Síndrome de Guillain-Barré Mielite transversa Pancreatite (inflamação do pâncreas) Colecistite acalculosa (sem pedras) Gastrite Miocardite (inflamação do músculo do coração) Adenite mesentérica (inflamação das glândulas do intestino) Miosite (inflamação dos músculos) Nefrite glomerular (inflamação nos rins) Pneumonia Na sua forma clássica, estão presentes 3 sintomas: Febre Faringite Linfadenomegalia especialmente cervical (ínguas no pescoço) Febre Temperatura variável, mas pode ser alta e constante. Faringite Inflamação da garganta que se apresenta com placas brancas nas amígdalas, confundindo-se facilmente com amigdalite bacteriana. Petéquias em orofaringe posterior (manchinhas no céu da boca na parte de trás) são comuns e ajudam a diferenciar de outras faringites virais, mas não das bacterianas. Edema uvular não é frequente, mas caso esteja presente, é bastante típico da infecção pelo EBV. Linfadenopatia cervical (ínguas no pescoço) Sabemos que existe uma séria de causa para linfadenopatia (veja aqui) Mas no caso da Mononucleose, trata-se de uma causa reacional Ou seja, a infecção não se encontra nelas. Elas aumentam devido ao estado inflamatório especialmente da garganta. Mas dependendo do nível de inflamação causada pelo vírus, pode inclusive ocorrer aumento dos linfonodos em outras partes do corpo. Fadiga O cansaço é um sintoma muito inespecífico mas pode durar até 3 meses para se resolver totalmente. Rash Rash maculopapular (manchinhas vermelhas na pele, que se parecem a alergia, mas não coçam) O uso de antibióticos tipo ampicilina ou amoxicilina favorecem o seu aparecimento É bastante comum que o médico, vendo placas brancas na amígdala de alguém com dor de garganta e febre trate como amigdalite bacteriana com amoxicilina, antibiótico de primeira escolha nesse tipo de infecção. O paciente então evolui com rash na pele, o que pode ser falsamente atribuído a uma alergia ao antibiótico. Diagnóstico Testes sorológicos Identificam anticorpos específicos. Conseguem identificar pessoas com infecção recente, passada ou reativada Anti EBV IgG Anti EBV IgM Testes moleculares Identificam material genético do vírus Mais usadas em casos específicos como suspeita de transmissão da gestante ao feto ou pessoas com imunidade muito baixa. Pode ser feito no sangue ou na saliva. Reinfecção ou reativação da doença Após o primeiro contato, a pessoa não mais terá infecção aguda, mesmo se tiver outros contatos com o vírus. Isso ocorre porquê após a primeira infecção, o sistema imune produz anticorpos que defendem o organismo diante de novos contatos. Contudo, tal qual o seu primo herpes simples, este vírus pode ficar latente no organismo. Em caso de queda grave de imunidade, este vírus pode se reativar e causar algumas complicações relatadas abaixo. Felizmente, diferente do herpes simples, a queda da imunidade necessária para a reativação do EBV é muito grande. A reativação da EBV é uma preocupação apenas em pacientes na fase AIDS ou pacientes transplantados Complicações: Complicação mais comum é hepatite aguda com todos ou alguns comemorativos de lesão ao fígado. A hepatite geralmente se cura sozinha e não deixa sequelas. Obstrução de vias aéreas Hepatite fulminante é rara. Casos mais graves são raros e estão ligados a infecções em pessoas com imunodeficiências prévias específicas para o EBV Casos de morte são excepcionalmente raros e estão relacionados à ruptura do baço ou necrose extensa do fígado Leiomiomas, leiomiosarcomas (mais comum em crianças com imunidade muito baixa) Câncer no sangue (complicação que pode estar presente em pessoas transplantadas) Leucoplasia oral (mais comum em pacientes com HIV na fase AIDS ou outras causas de imunidade extremamente baixa) Doença linfoproliferativa pós-transplante Infecção prévia ou aguda pelo EBV pode levar a vários tipos de neoplasias hematológicas em pacientes transplantados Pode ocorrer em qualquer paciente pós-transplantado de órgãos sólidos ou medula de outro doador. Isso pode ocorrer em 2 situações: Primeiro contato com o EBV após o transplante (contato no ambiente ou transmissão a partir de um doador portador) Reativação do vírus em quem já teve contato prévio e teve uma queda mito grande da imunidade devido ao transplante. Tratamento: cirurgia com retirada das lesões radioterapia (irradiação das lesões) Tratamento antiviral para supressão do EBV Tratamento cm imunoglobulinas Combinações de quimioterapias Anticorpos monoclonais Linfócitos T citotóxicos Fonte: Epstein-Barr Virus (EBV) Infectious Mononucleosis (Mono) Mononucleosis in Emergency Medicine Posttransplant Lymphoproliferative Disease Você também pode se interessar por:Vacinas mais importantes para os adultosCasais com HIV Podem Ter Filhos Livres do VírusVírus Herpes Simples Tipo 1 e 2Compartilhe Não tenha vergonha do HIV! 'Reserve a sua Consulta Hoje. Ligar agora Whatsapp
Olá doutora, gostaria de saber depois de quanto tempo após desenvolver todos os sintomas e melhorar da doença posso transmiti-la para o meu parceiro. Tive a 2 semanas atrás e já estou melhor, apenas tenho fadiga. Responder
Boa noite. A transmissão ocorre principalmente no período de incubação que dura de 30 a 45 dias. No entanto, o vírus pode permanecer na saliva por meses ou anos após o primeiro contato e, em circunstâncias especiais, ele ainda pode ser transmitido. Converse com seu medico sobre a aderência ao tratamento, ele é a pessoa mais indicada para essa avaliação no momento. Responder
Boa noite, Dra Keilla Os sintomas da mononucleose (especificamente irritação da garganta) podem persistir por meses? No caso, o exame acusa IgM negativo e IgG positivo. Outros exames de infecções deram negativo. Responder
Bom dia. Isso varia de pessoa para pessoa. Você precisa se consultar com um médico infectologista de sua confiança para te avaliar pessoalmente e indicar melhor forma de tratamento para o seu caso. IgM é visto geralmente em contato mais recente e o IgG é visto já depois de um tempo do primeiro contato e geralmente permanece reagente por toda a vida. Responder
Olá doutora primeiro eu queria agradecer pelo site e pela ajuda Doutora eu gostaria de saber quanto tempo as inguas do EBV permanecem no corpo e o que eu posso fazer para elas pararem de doer Responder
isso varia de pessoa para pessoa. Você precisa se consultar com um médico infectologista de sua confiança para te avaliar pessoalmente e indicar melhor forma de tratamento para o seu caso. Responder