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Hantavirus

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Hantavirus é uma doença viral transmitida por roedores. Está presente em vários locais no mundo e inclusive no Brasil. É mais comum em áreas rurais e silvestres mas também ocorre em áreas urbanas.

Trata-se de um vírus bastante perigoso que consta entre os mais letais do mundo em suas formas de apresentação mais graves.

O Vírus

Existe pelo menos 30 tipos diferentes presentes na natureza e ao redor de 12 deles são capazes de causar doença em humanos

Reservatórios

Sabemos que os Hantavirus infectam várias espécies de mamíferos. Porém cada espécie capaz de ocasionar doenças em humanos está associada a um único roedor selvagem em específico.

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Houveram relatos de humanos que tiveram contato com hantavírus a partir de outros mamíferos, mas estes casos não desenvolveram doença.

A população de roedores infectados varia de 05 a 20% dependendo da região estudada.

Os roedores infectados apresentam doença ativa persistente.

Transmissão

Os Hantavírus são excretados através da urina, fezes ou saliva dos reservatórios infectados. O tempo em que isso ocorre pode variar de semanas a toda a vida do animal

O Ser humano se infecta ao entrar em contato com este material, sem que esse necessariamente esteja fresco.

Acredita-se que boa parte dos casos de infecção em humanos ocorra por aerossol, ou seja, inalação (por via respiratória ao puxar o ar)  de partículas bem pequenas que ficam suspensas no ar ao limpar ou movimentar objetos onde esses animais vivem ou se abrigam.

Outras possíveis vias de transmissão menos comuns são através da ingestão de alimentos contaminados ou da mordida de um roedor infectado

Sintomas

Hantavirus Cardiopulmonar

Inicio dos sintomas varia de 3 a 60 dias após o contato com o vírus.

  • Primeiros sintomas
  • Quadro inicial inespecífico (dura de 2 a 8 dias)
    • Febre,
    • Mal estar,
    • Calafrios,
    • Mialgia (dor muscular)
    • Náuseas, vômito, fraqueza e diarreia
    • Dor de cabeça intensa
    • Dor lombar
    • Dor abdominal intensa
    • Conjuntivite
    • Rubor facial
    • Petéquias em tronco, dobras axilares, palato mole ou pescoço
  • Fase cardiopulmonar
  • Dura de 4 a 5 dias
    • Tosse
      • Seca
      • Produtiva
    • Taquicardia
    • Taquidispneia (Respiração curta)
    • Hipoxemia
    • Hipotensão
    • Edema pulmonar não cardiogênico
    • Choque circulatório
    • Taquipneia
  • Fase diurética
    • Aumento da diurese espontânea
  • Fase de Convalescença
  • Dura de 2 semanas a 2 meses
    • Melhora gradativa dos sinais e sintomas

Hantavirus com lesão renal

  • Sintomas se iniciam de 1 a 2 semanas após contato
  • Febre
  • Hemorragia
  • conjuntivite
  • Faringite
  • Mialgia (dor muscular)
  • dor de cabeça,
  • tosse
  • Hipotensão
  • Dor intensa nas costas ou abdome
  • visão borrada
  • Lesão renal aguda
    • Oliguria (baixo volume de diurese)
  • Queda de plaquetas (uma das células do sangue responsável pelo controle de sangramento)
    • Petéquias
    • Equimoses (manchas roxas na pele que aparecem devido ao sangramento de pequenos vasos sanguíneos)
    • Hematêmese (sangramento pela boca vindo do trato gastrointestinal)
    • Hemoptise (expectoração de sangue vindo das vias aéreas)
    • Melena (sangue digerido em fezes – aspecto de negro como borra de café e mal cheiro característico)
    • Insuficiência respiratória aguda

Diagnóstico

  • Suspeita clínica
    • de acordo aos sintomas sugestivos
  • Epidemiologia
    • Histórico de possível contato com excretas de ratos
    • Histórico de limpeza de área provavelmente infestada com ratos
  • Teste sorológico
    • Identificação de anticorpo
    • Imunoglobulina M especifica – IgM para Hantavirus
      • devem ser coletadas na fase aguda da doença
  • Teste molecular
    • Detecção do material genético do vírus
      • Reação em cadeia de polimerase em tempo real (RT – PCR) para Hantavirus
  • Cultura viral
    • culturas de células Vero E-6, linhagem celular humana de carcinoma de pulmão (A549)
    • cultura primária de pulmão de rato

Tratamento

Suporte para a vida

  • Controle dos parâmetros hemodinâmicos
    • Monitorização da frequência cardíaca,
    • Se necessário a hidratação endovenosa deve ser feita com cuidado para não precipitar o edema pulmonar
  • Controle dos parâmetros ventilatórios.
    • Monitorização da oxigenação do sangue (saturação de oxigênio no sangue)
    • Suporte ventilatório se necessário
      • Oxigenioterapia, evitando-se a sobrecarga de volume, que pode piorar o quadro respiratório
        • Ventilação não invasiva
        • Ventilação mecânica
    • Fisioterapia respiratória

Antibioticoterapia

O tratamento empírico com antibióticos deve iniciar o mais precocemente possível, de acordo ao diagnóstico diferencial das infecções bacterianas mais prováveis

  • histoplasma,
  • legionella,
  • aspergillus,
  • micoplasma,
  • pneumocistose,
  • mononucleose
  • Pneumonias estafilocócicas

Após confirmação do diagnóstico da Hantavirose deve-se avaliar a suspensão do antibiótico ou terminar o ciclo para evitar superinfecção

Tratamento antiviral específico

Até o momento não existe terapêutica antiviral comprovadamente eficaz contra a Hantavirose.

A ribavirina, tem comprovação de atividade contra o hantavirus in vitro e tem sido usada por alguns serviços nos EUA e na Argentina em estudos clínicos.

Parece ser útil quando administrada antes do quarto dia de doença.

Mais Informações sobre este assunto na Internet:

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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