Doenças Psiquiátricas e HIV HIV/AIDS Notícias 08/08/201724/06/2018 Conteúdo ToggleDoenças Psiquiátricas e HIVFatores que aumentam o risco:Alterações psiquiátricas mais comuns em pacientes vivendo com HIV:Transtorno bipolarMania da AIDSSintomas:ComplicaçõesDiferenças entre mania da AIDS e fase maníaca do transtorno bipolar:Transtornos cognitivos menoresTranstorno de personalidadeEsquizofreniaAbuso ou dependência de substânciaTranstorno de estres pós-traumático CompartilheDoenças Psiquiátricas e HIV A alta prevalência de doenças psiquiátricas em pacientes com HIV ocorre por dois motivos fundamentais: Lesão direta do vírus no cérebro de uma pessoa que já possui uma pré-disposição (como história familiar do transtorno) Pessoas que já possuem este diagnóstico e não se tratam, adotam atitudes e estilo de vida de risco, que acabam levando à infecção pelo vírus HIV. Uma vez com os dois diagnósticos, cria-se um problema a mais que é a interação medicamentosa que pode ocorrer entre os dois tipos de tratamento. Pessoas com transtornos psiquiátricos e HIV possuem maior risco de abandono de tratamento do HIV, o que leva a evolução para a AIDS e consequentemente condições de maior lesão neurológica. Entre outras coisas, isso também piora a doença psiquiátrica. Fatores que aumentam o risco: Efeito direto do vírus Condições psiquiátricas pré-existentes Personalidade vulnerável Alterações afetivas Uso de drogas recreacionais Isolamento social Alterações neurológicas específicas relacionadas a alterações causadas pelo vírus no Cérebro Efeito direto de alguns ARV no cérebro Outras doenças crônicas associadas Alterações psiquiátricas mais comuns em pacientes vivendo com HIV: Transtorno bipolar Mania da AIDS Transtornos cognitivos menores Depressão Maior Transtorno de personalidade Esquizofrenia Você Suspeita Estar com Alguma Infecção? Agende Hoje mesmo uma Consulta com infectologista. Ligar agora Whatsapp Transtorno bipolar O doente oscila entre depressão e quadros de mania. O uso de substâncias recreacionais pode acelerar a ciclagem de depressão para mania. O tratamento da depressão diagnosticada de forma errada pode levar ao quadro de mania. Mania da AIDS Um estudo clinico epidemiológico apontou 8% de incidência de mania na população vivendo com HIV em 17 meses de estudo (mais de 10 vezes da incidência na população sem HIV em 6 meses) Sintomas: Uso de drogas (mesmo a maconha) Comportamento impulsivo (como realizar projetos descabidos, fazer dívidas financeiras irresponsáveis) Comportamento sexual de risco Dificuldade de concentração Insônia Irritabilidade Fala acelerada Envolvimento excessivo em atividades com alto risco de desfecho a acontecimentos que levam à dor ou à culpa Este diagnóstico só aparece em estados avançados do HIV, ou seja, em fase AIDS sempre associada ao comprometimento cognitivo. Complicações Se não tratada, a doença pode evoluir com: Piora dos sintomas iniciais, Movimentos mais lentos do corpo, Ideias ilusórias (crenças delirantes de que o paciente foi curado do HIV ou que descobriu a cura, coisa que leva diretamente ao abandono do tratamento) Diferenças entre mania da AIDS e fase maníaca do transtorno bipolar: A mania da AIDS é mais crônica Mais difícil de tratar Tem menos euforia e mais irritabilidade É de fácil recidiva dos sintomas após parar o tratamento. Transtornos cognitivos menores São quadros parecidos a demência, porém mais leves, e não fecham critérios para o diagnóstico de demência Transtorno de personalidade A prevalência dessa doença é de 19-36 pessoas em cada 100 portadores do HIV. Na população geral é de 10 em cada 100 pessoas. A personalidade antissocial é um grande fator de risco presente na população om HIV, que leva ao aumento dessa prevalência. Pessoas excessivamente extrovertidas também possuem maior risco de ter HIV Esquizofrenia O fato de ter HIV não aumenta o risco de ter esquizofrenia. Mas quem tem os dois diagnósticos possui problemas com interações medicamentosas dos 2 tratamentos e possui maior risco de abandono de tratamento com desenvolvimento de doença. Abuso ou dependência de substância Pessoas dependentes químicas possuem atitudes que aumentam o risco de se infectar pelo HIV. Seja para conseguir mais drogas, ou pelas atitudes que tomam por estar em efeitos delas. Pessoas com HIV que são dependentes químicos possuem maior risco de complicações relacionados às interações dos remédios do HIV e drogas recreacionais Transtorno de estres pós-traumático Pessoas que sofrem por transtorno possuem maior risco de adotar comportamentos auto-destrutivos que levam a se infectar pelo vírus HIV. Uma vez com os dois diagnósticos, se o Transtorno não for tratado, os riscos de abandono de tratamento e perpetuação do círculo é grande. Fonte: Overview of the neuropsychiatric aspects of HIV infection and AIDS Você também pode se interessar por:Evoluções no combate ao HIVHistória do HIVVacinas mais importantes para os adultosCompartilhe Não tenha vergonha do HIV! 'Reserve a sua Consulta Hoje. Ligar agora Whatsapp
Se o soropositivo faz o tratamento certinho e se mantêm com a carga viral indetectável a anos, também tem essa ação destrutiva do vírus no cérebro? Ele continua correndo risco de desenvolver doenças psiquiátricas? Responder
Olá a todos! Eu fui contagiando em agosto de 2012. Vou para minha cidade, Goiânia. Após oito meses fui fazer o teste no Cta em Goiânia. Depois de 15 dias me ligaram para que eu fosse refazer o exame, já comecei a desconfiar. Porque refazer o exame? Bem em Abril de 2013 veio a confirmação, vc tem Aids. Eu queria sumir do mundo. Infelizmente tive que enfrentar o meu erro de cabeça erguida. Três anos depois entrei com os Arvs. Foi horrível mas passou. O problema veio quando falei que esquizofrênico Responder
Boa tarde. Quando é feito o diagnóstico da infecção do vírus HIV, é recomendado o início do tratamento o quanto antes para ter o controle do vírus no seu organismo, evitando outros problemas relacionados a ele, e até mesmo como forma de prevenção de transmissão em caso de contato direto com o sangue ou em caso de contato sexual, quando se tem a carga viral indetectável. Responder
Boa noite doutora keilla, sou paciente soropositivo ha 2 anos e possuo diagnostico de depressão maior recorrente fazendo uso do segundo esquema já de antirretroviral (pois o 3 em 1 não me adaptei) e mais fluxitina, quetiapina, exiltalopram e rivotril e toda essa medicação tem me deixado com fortes crises nervosas, as vezes surto por qualquer motivo, mudanças no meu corpo devido a lipodistrofia. Toda essa interação de medicamentos pode estar influenciando no meu comportamento? Obrigado desde já Responder
Você precisa de um acompanhamento tanto do ponto de vista infectológico quanto neuropsiquiátrico. Tanto medicações do HIV (como o Efavirenz, que pelo visto você felizmente não está tomando), quanto ações do próprio vírus no cérebro, podem levar à piora do quadro pré-existente ou aparecimento do quadro para quem já tem pre disposição. Muitas dessas condições são genéticas (passam de geração em geração). o esquema ou dose das medicações utilizadas podem não estar sendo as melhores escolhas para você. Não dá para dizer nada em específico sem te avaliar pessoalmente, mas saiba que este é um problema, não apenas seu e que deve ser resolvido entre o seu médico infectologista e psiquiatra que o acompanha. Além disso, é muito importante que o seu médico infectologista avalie não apenas os possíveis efeitos dos remédios, do vírus e vários outros fatores que sempre vem associados ao seu corpo, quanto a possibilidade de interação entre as medicações para a cabeça e os antivirais. Responder