
Depressão e HIV. O diagnóstico positivo para o vírus da imunodeficiência humana pode não ser fácil de aceitar. Com a desinformação e os estigmas carregados pela sociedade em relação a essa doença, muitas pessoas diagnosticadas não possuem o apoio necessário para passar por essa situação.
Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a relação do diagnóstico de HIV e quadros de depressão.
Depressão e HIV
A depressão é uma doença pouco diagnosticada e pouco tratada pela sociedade. Em outros casos, é tratada inadequadamente.
Nos pacientes portadores de HIV, a depressão pode ter um efeito ainda mais grave.
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A prevalência de depressão entre as pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana chega a 40 % em alguns estudos (na população adulta em geral, a prevalência é de 20%).
Pacientes com Depressão Possuem
- Maior risco de abandono do tratamento do HIV;
- Maior risco de abuso de substâncias;
- Maior risco de adotar comportamentos autodestrutivos como práticas sexuais de risco;
- Maior risco de suicídio.
Muitos medicamentos utilizados no tratamento da depressão podem interferir no tratamento do HIV
Fatores que Aumentam Risco de Depressão em Pacientes com HIV
- História de depressão na família;
- Estresse crônico;
- Isolamento social que o diagnóstico pode causar ou piorar;
- Ação do próprio vírus no cérebro;
- Uso de medicações.
Medicações que Aumentam o Risco de Depressão
- Antirretrovirais: Efavirenz;
- Interferon;
- Metoclopramida (usado para enjôos ou vômitos);
- Clonidina;
- Propranolol (usado para hipertensão arterial, controle de enxaqueca, controle de dor crônica);
- Sulfonamidas;
- Esteroides anabolizantes;
- Corticoides;
- Relaxantes musculares (usados para controle da dor).
Sintomas de Depressão
- Tristeza;
- Alterações do sono (sonolência constante ou insônia);
- Perda do sentido da Vida;
- Perda da força vital, cansaço constante, falta de energia;
- Pouco autocuidado (perda da vontade de se arrumar, ou até mesmo de realizar a higiene pessoal como tomar banho);
- Falta de atitude no dia a dia;
- Anedonia (Falta de prazer ou satisfação no dia a dia);
- Alterações das funções do corpo (como digestão que pode estar aumentada ou diminuída);
- Sentimento de perda;
- Sentimento excessivo de culpa;
- Alterações do apetite (fome excessiva ou falta de apetite);
- Ansiedade;
- Irritabilidade;
- Choro fácil;
- Falta de emoção (embotamento afetivo – como se estivesse “anestesiada”);
- Angústia, sensação de pressão no peito, podendo chegar até mesmo a sensação de morte eminente;
- Perda de memória;
- Alterações da libido (pouca vontade de fazer sexo – que pode até levar a disfunção erétil em homens);
- Dificuldade de concentração, em tomar decisões ou aprender novas coisas;
- Pensamentos suicidas.
Em pacientes idosos, sintomas de depressão podem ser facilmente confundidos com quadros demenciais.
Conclusões
A depressão é negligenciada pelos médicos e pelos próprios pacientes.
Depressão não é vergonha, fraqueza, frescura, vontade de chamar a atenção, ou culpa de alguém, como muitos acham que é. A condição é uma doença, assim como pressão alta, diabetes, ou um braço quebrado. Às vezes pode aparecer como um problema temporário, mas existem casos que podem durar por toda a vida do paciente.
Aceitar a doença para tratá-la é o caminho para uma vida plena. Se você é portador de HIV, não deixe de buscar aconselhamento médico, seu infectologista de confiança poderá te ajudar a encontrar a melhor forma de aumentar sua qualidade de vida, mesmo com o vírus no organismo.
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Artigo Publicado em: 7 de ago de 2017 e Atualizado em: 11 de maio de 2021
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