
Varíola dos Macacos – Anvisa Aprova Liberação de Vacina e Medicamento
Publicado: 06/09/2022
Atualizado: 16/05/2024
Publicado: 06/09/2022
Atualizado: 16/05/2024
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Após a pandemia da COVID-19, o segundo semestre de 2022 tem sido marcado pela chamada varíola dos macacos. Apesar de estar sendo mais branda, a condição já contabiliza mais de 45 mil casos ao redor do mundo.
Após analisar dados cedidos pela agência Européia e Americana de medicamentos, EMA e FDA respectivamente, a agência nacional de vigilância sanitária (Anvisa) liberou a utilização de vacinas e medicamentos específicos para o tratamento da condição que já afetou mais de 4 mil brasileiros. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a varíola dos macacos, bem como sobre a aprovação de vacinas e medicamentos contra a doença.
Podemos dizer que a varíola dos macacos é uma zoonose viral, ou seja, uma doença de cunho infeccioso que é transmitida de animais para humanos. Pertencente à família de Orthopoxvirus, a varíola do macaco é considerada como membro da família da varíola, vírus já erradicado, responsável pela doença em humanos.
Identificada pela primeira vez em humanos no ano de 1970 na República Democrática do Congo, a varíola dos macacos é mais comum de ser identificada em países localizados nas regiões centrais e ocidentais da África.
O vírus responsável pela doença é transmitido a partir do contato com gotículas expelidas por uma pessoa ou animal infectado, seja por meio de fala, espirros, tosse, mordidas e lambidas. Existe também a possibilidade de infecção pelo contato direto com lesões cutâneas ou por materiais contaminantes como roupas de cama e vestuário.
Sabe-se que o tempo de incubação do vírus é entre 5 e 21 dias, ou seja, nesse intervalo, qualquer pessoa que teve contato com o agente infeccioso poderá – ou não – apresentar os sintomas da condição e até mesmo transmiti-la.
Pacientes infectados com o vírus responsável pela varíola dos macacos podem se queixar de alguns sintomas semelhantes a uma gripe ou resfriado, tais como:
De 1 a 5 dias após apresentarem os primeiros sintomas, é possível que o infectado desenvolva lesões cutâneas descritas como manchas avermelhadas localizadas inicialmente no rosto, mas que logo se espalham para outras regiões do corpo.
Esses exantemas, ou rash cutâneo, como são chamados as alterações de cor da pele podem vir acompanhados de coceira, aumento dos gânglios cervicais, ínguas, erupção de calombos que podem evoluir para vesículas, pústulas, úlcera, e outros estágios mais graves.
Apenas alguns meses após o primeiro caso confirmado no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a liberação do uso emergencial do chamado tecovirimat, um medicamento pertencente à classe dos antivirais que pode ajudar no tratamento da varíola dos macacos e também da vacina Jynneos/ Imvanex para prevenir novas infecções.
De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas devem chegar ao país ainda no mês de setembro. Sendo distribuídas prioritariamente para os profissionais de saúde que atendem pacientes infectados ou que atuam na manipulação de amostras desse vírus.
O antiviral tecovirimat age impedindo a replicação do vírus da varíola dos macacos no organismo. Além disso, pode diminuir a gravidade das lesões e o tempo de infecção. A recomendação inicial é que a prescrição só seja realizada em casos de mais perigo para o paciente.
Para saber mais sobre a Varíola dos Macacos, clique aqui.