Ureaplasma Parvum

Ureaplasma Parvum: Transmissão, Riscos e Tratamento

Publicado: 18/03/2025


O Ureaplasma Parvum é uma bactéria que pode ser encontrada tanto no trato genital masculino quanto no feminino, muitas vezes sem causar nenhum tipo de sintoma. No entanto, em algumas situações, pode levar a quadros de infecções e complicações, especialmente quando o sistema imunológico está enfraquecido ou há outras infecções associadas.

Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre como ocorre a transmissão do Ureaplasma Parvum, os riscos para a saúde e quais são as opções de tratamento.

O Ureaplasma Parvum

Ureaplasma Parvum é uma bactéria resistente a muitos antibióticos comuns pertencente à família Mycoplasmataceae. Essa bactéria pode fazer parte da flora normal do trato urogenital, mas, em alguns casos, é capaz de desencadear infecções e complicações.

Junto com o Ureaplasma urealyticum é um dos tipos mais comuns de Ureaplasma encontrados em seres humanos e pode estar relacionado às infecções genitais, urinárias e até complicações reprodutivas.

A Transmissão do Ureaplasma Parvum

Considerado uma bactéria oportunista, o Ureaplasma Parvum pode permanecer muitos anos no organismo sem causar problemas. No entanto, em determinadas condições, pode provocar certas infecções.

Principais formas de Transmissão do Ureaplasma Parvum:

  • Relações sexuais desprotegidas: o contato íntimo sem preservativo é a principal via de transmissão.
  • Transmissão de mãe para filho: durante o parto vaginal, a bactéria pode ser transmitida ao bebê.
  • Contato com fluidos corporais contaminados: embora seja mais raro, o Ureaplasma pode ser transmitido por secreções vaginais ou uretrais em contato direto.

Vale lembrar que por ser uma bactéria naturalmente presente no organismo de algumas pessoas, nem todos os casos são considerados infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Os Riscos do Ureaplasma Parvum

Na maioria das pessoas, o Ureaplasma Parvum não causa sintomas e não representa um risco significativo à saúde. No entanto, em algumas situações, pode estar associado a problemas como:

  • Infecções urinárias e genitais: a bactéria pode provocar ardência ao urinar, secreções anormais na uretra ou vagina, dor pélvica e desconforto genital e até mesmo pedra nos rins;
  • Complicações na fertilidade: o Ureaplasma Parvum pode afetar a mobilidade dos espermatozoides e contribuir para casos de infertilidade masculina;
  • Gravidez de risco: gestantes infectadas pela bactéria possuem o risco aumentado para parto prematuro, ruptura da bolsa amniótica prematura, infecções uterinas pós-parto;
  • Infecções neonatais: recém-nascidos podem ser expostos à bactéria no canal de parto, o que pode levar a infecções pulmonares e problemas respiratórios.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico do Ureaplasma Parvum, geralmente, é feito por meio de exames laboratoriais específicos, como, por exemplo:

  • PCR (reação em cadeia da polimerase): detecta o DNA da bactéria em amostras da urina, secreção vaginal ou uretral;
  • Cultura microbiológica: permite o crescimento da bactéria em laboratório para identificação posterior.

Esses exames são indicados, principalmente, quando há sintomas persistentes ou complicações associadas.

O Ureaplasma Parvum Sempre Precisa Ser Tratado?

Nem todos os casos de Ureaplasma Parvum precisam de tratamento. Se a bactéria estiver presente sem causar sintomas, o médico pode optar por apenas monitorar o paciente. No entanto, o tratamento pode ser recomendado em caso de:

  • Sintomas persistentes como dor ao urinar ou secreção anormal;
  • Infertilidade sem causa aparente;
  • Planejamento de gravidez, especialmente se houver histórico anterior de abortos espontâneos;
  • Infecções urinárias recorrentes.

As opções de tratamentos para o Ureaplasma Parvum incluem:

Antibióticos Específicos

Como o Ureaplasma não possui parede celular, antibióticos comuns, como penicilinas e cefalosporinas, não são eficazes. Nestes casos, os medicamentos mais utilizados são:

  • Azitromicina (dose única ou prolongada);
  • Doxiciclina (uso por 7 a 14 dias);
  • Levofloxacino ou Moxifloxacino (em casos resistentes).

É essencial seguir corretamente a prescrição médica para evitar resistência bacteriana.

Tratamento Cruzado / Tratamento do Parceiro

Se a infecção for detectada em uma pessoa com vida sexual ativa, seu parceiro ou parceira também deve ser testado para Ureaplasma Parvum e tratado para evitar qualquer tipo de reinfecção.

Cuidados Adicionais e Preventivos

Além do uso de antibióticos, algumas medidas podem ajudar na recuperação e prevenção de novas infecções:

  • Uso de preservativo: reduz o risco de transmissão e uma nova infecção;
  • Higiene íntima adequada: evitar o uso de produtos agressivos que possam alterar a flora natural;
  • Fortalecimento do sistema imunológico: manter uma alimentação equilibrada e evitar fatores que enfraquecem a imunidade, como tabagismo e estresse excessivo;
  • Exames periódicos: principalmente, para quem tem vida sexual ativa, mesmo sem sintomas;
  • Acompanhamento pré-natal: é importante para reduzir os riscos de infecções e outras complicações para o feto.

Se você apresenta sintomas ou deseja realizar um check-up, consulte um médico infectologista de sua confiança para avaliação. A prevenção é a melhor forma de evitar complicações associadas ao Ureaplasma Parvum.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

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