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Pediculose: Recomendações para Evitar e Tratar

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A pediculose é uma condição muito conhecida, principalmente em quem convive com crianças. Isso porque a doença é causada por parasitas conhecidos popularmente como piolho.

Existem diversos tipos de pediculose, cada um deles em diferentes partes corporais. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre as recomendações para evitar e tratar a pediculose.

Pediculose

Pediculose: Recomendações para Evitar e Tratar
OPAS – https://i0.wp.com/opas.org.br/wp-content/uploads/2018/07/tratamento-para-piolho-1.jpg?ssl=1

A pediculose nada mais é do que a infestação de pequenos insetos, sem asas e que se alimentam de sangue conhecidos popularmente como piolhos em certas partes do corpo que possuem um grande aglomerado de pelos e cabelos.

A fêmea põe seus ovos, chamados de lêndeas, na base do cabelo perto do couro cabeludo. Os novos piolhos nascem de 7 a 10 dias depois

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O piolho adulto não pode sobreviver por mais de 2 dias fora do corpo humano. Já um filhote pode permanecer vivo por até 10 dias fora do corpo (por exemplo, em roupas, escovas de cabelo ou tapetes)

Tipos de Pediculose

Dependendo do local do corpo afetado, a pediculose pode ser causada por diferentes espécies de piolho.

Pediculose de Cabeça

Pediculose: Recomendações para Evitar e Tratar

Essa condição é transmitida a partir do Pediculus humanus capitis, parasita que se aloja nos cabelos e suga o sangue do hospedeiro por meio do couro cabeludo e da pele ao seu redor.

Esse parasita também pode se deslocar até os cílios da pessoa infestada

Além da fêmea viver aproximadamente 30 dias, ela também pode colocar ovos que darão origem a novos piolhos, infestando cada vez mais fios de cabelo e causando cada vez mais sintomas como a coceira e surgimento de ínguas e até mesmo feridas.

Pediculose do Púbis

Transmitido por meio do Pthirus púbis, também conhecido como chato, a pediculose pubiana ocorre nas regiões íntimas de uma pessoa e é transmitido principalmente através de relações sexuais.

O parasita se adere firme aos pelos a fim facilitar a sucção de sangue na região. Assim como o piolho presente na cabeça, o chato também é capaz de deixar ovos colados ao longo dos pelos.

Em pessoas com excesso de pelo, esse parasita pode se deslocar pela pele a infestar outras áreas corporais como axilas, cílios, barba, tronco, entre outras áreas “peludas”.

 

Pediculose do Corpo

Causada pelo parasita tipo Pediculus humanus humanus, a pediculose corporal se assemelha àquela que ocorre na cabeça. Nela, o parasita se instala nas roupas dos hospedeiros e se alimenta por meio de picadas na pele.

Geralmente, o paciente nota o surgimento de pequenos caroços, pontos hemorrágicos, e coceira, mais comumente na cintura, e dobra das axilas, onde ficam as dobras de roupas. Além disso, os Pediculus sp. são vetores da bactéria Rickettsia prowazekii, transmitida pelas fezes do piolho, que podem entrar na corrente sanguínea através das feridas causadas pela coceira e causar Tifo. Essa grave infecção causa sintomas como febre, dor de cabeça e exaustão extremas, além de feridas na pele.

Os piolhos também podem ser transmissores de outras doenças como febre das trincheiras, e febre recorrente.

Quem tem mais risco de se infectar

Os piolhos podem ocorrer em qualquer pessoa e a infestação não está relacionada à higiene pessoal ou limpeza do meio ambiente.

As infestações por piolhos são vistas com mais frequência em situações em que há contato pessoal próximo, como escolas, casas, parques infantis, esportes e acampamentos.

Como se transmite

Ao contrário do que muita gente pensa, os piolhos não podem voar, saltar ou pular, eles precisam então ser transmitidos por:

  • Contato direto pessoa a pessoa
  • Contato indireto pessoa com algum objeto infestado

Os piolhos que infectam os humanos se alimentam apenas de sangue humano e portanto, animais de estimação não são capazes de transmiti-lo.

Como são os sintomas da pediculose

Os sintomas que uma pessoa infectada pode se queixar são:

  • Sensação de algo se movendo em alguma parte do corpo (parte afetada)
  • Coceira intensa,
  • Irritação cutânea (na pele)
  • inflamação cutânea
  • Gotas de sangue
  • Pontos de coloração azulada presentes na pele
  • Pontos de feridas
  • Nódulos pelo corpo
  • Hiperemia ocular (vermelhidão nos olhos)
  • Irritação ocular
Pediculose: Recomendações para Evitar e Tratar
Lesões em pele
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Lesões em couro cabeludo
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Piolhos da cabeça que alcançam os cílios causando irritação ou vermelhidão ocular

Como diagnosticar

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Piolhos são realmente parasitas bem pequenos, se formos considerar ainda os seus ovos e os filhotes, pode ser difícil de identificar, especialmente se a quantidade de animal presente não for tão grande.

A confirmação do diagnóstico se dá pela visualização do parasita ou de seus ovos.

A lâmpada de Wood pode ser usada para o diagnóstico, na qual o médico joga uma luz negra na área suspeita e os parasitas e ovos aparecem com uma coloração amarelo esverdeado fluorescente

Como tratar

Pediculose: Recomendações para Evitar e Tratar

Existem várias estratégias de tratamento:

Retirada mecânica dos parasitas (pentear)

  • Pentear o cabelo molhado com pente fino
    • Ideal para evitar o uso de inseticidas em crianças pequenas ou como adjuvante do tratamento com inseticidas
    • Deve ser feito várias vezes durante um período de algumas semanas

Inseticidas tópicos

  • Loção de Permetrina a 1%
  • Piretrinas
  • Espinosade em suspensão a 0,9%
    • Ação também contra lêndeas
  • Dimeticone em loção a 4%
  • Ivermectina em loção a 0,5%
  • Ácido benzílico a 5%
  • Malathion a 0,5%

Como usá-los

  • Deve-se usar apenas um único inseticida por vez (NÃO USAR MAIS QUE UM INSETICIDA AO MESMO TEMPO)
  • A maioria destes produtos matam apenas os parasitas vivos, não os seus ovos e por isso devem ser reaplicados 7-10 dias após
  • Seguir atentamente as orientações do fabricante
  • No caso do uso em couro cabeludo, evitar o uso de condicionador combinações de Shampoo-condicionador antes da aplicação do produto
  • No caso de uso em couro cabeludo, aguardar pelo menos 2 dias para lavar o cabelo novamente
  • A maioria dos inseticidas precisam ser enxaguadas e removidas do corpo após 10 minutos de sua aplicação (verificar bem as orientações)
  • Colocar roupas limpas após o uso do inseticida

Medicamentos sistêmicos

  • Ivermectina oral
    • Em dose única e repetido após 7 – 10 dias

Outros cuidados durante o tratamento:

Pediculose: Recomendações para Evitar e Tratar

  • Examine os demais membros da família e trate-os se estiverem infestados.
  • Lavar as roupas usadas assim como roupas de cama e toalhas em água quente (acima de 54,45 ° C) e seque-as usando o ferro quente nos vincos, dobras e costuras por pelo menos 20 minutos.
  • Lave qualquer objeto com o qual a pessoa doente tenha entrado em contato durante as últimas 48 horas em água quente por pelo menos 5 minutos.
  • Objetos que não podem ser lavados devem ser selados em sacos plásticos por duas semanas.
  • Os piolhos morrerão dentro de 2 dias
  • As lêndeas nascerão e morrerão dentro de 2 semanas
  • É importante seguir as instruções cuidadosamente para ter certeza de que o tratamento funciona.
  • Em caso de infestação do ambiente, uma equipe especializada deve ser chamada

O que não fazer

Existem várias receitas caseiras oferecidas na internet ou passadas de pessoa a pessoa (o famoso “boca a boca”) que podem ser totalmente ineficazes ou até causar sérios danos à saúde.

Muitos desses produtos não convencionais são passados com o objetivo de sufocar o parasita. Só que este animal é extremamente difícil de ser sufocado.

Veja alguns exemplos do que NÃO USAR:

  • Azeite
  • Vaselina
  • Manteiga
  • Maionese
  • Gasolina
  • Querosene
  • Inseticida para piolho de plantas
    • Além de ser ineficaz para piolhos que parasitam humanos, podem causar reação alérgica grave ou ser absorvido pela pele e causar intoxicação

Como Evitar e Prevenir a Pediculose

Existem algumas medidas capazes de impedir a proliferação dos agentes causadores de pediculose, principalmente causada pelo tipo Pediculus humanus capitis, sendo elas:

  • Examinar com frequência a cabeça das crianças, principalmente daquelas que frequentam creches e escola;
  • Não fazer o compartilhamento de objetos como escovas de cabelo, bonés, chapéus, toucas, e afins;
  • Evitar o contato direto com pessoas contaminadas;
  • Manter a higiene íntima limpa;
  • Aparar os pelos da região íntima frequentemente

Para saber mais sobre o piolho, seus meios de tratamento e prevenção, busque ajuda de um médico infectologista de sua confiança.


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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