Mialgia aguda a esclarecer na Bahia Infecção Viral Medicina do Viajante Medicina Tropical Notícias 14/01/201724/06/2018 Conteúdo ToggleMialgia Aguda a Esclarecer é a doença que está tirando o sono dos infectologistas.Como as dores se comportam:Outros sintomas que podem estar presentes:Dentre os casos vistos até agora, NÃO FORAM COMUNS os seguintes sintomas:O que está causando essa doença?Como isso é transmitido?O que fazer em caso de suspeita?Como tratar?Como se prevenir?Como descobrimos mais sobre uma doença totalmente desconhecida?O que os pesquisadores estudam? CompartilheMialgia Aguda a Esclarecer é a doença que está tirando o sono dos infectologistas. Essa doença está sendo chamada de mialgia aguda a esclarecer pois trata-se de uma dor muscular forte que aparece do nada e ainda não sabemos qual é a sua causa. Quem deu o sinal de alerta, mais uma vez, foi um estado da região Nordeste, dessa vez na Bahia, ainda em dezembro do ano passado. A doença se destaca de outros quadros muito vistos no verão como dengue, zika e chikungunya por deixar a urina escura. Já foram notificados 52 casos suspeitos de mialgia aguda a esclarecer em Salvador-Bahia entre os dias 14/12/2016 e 05/01/2017. Como as dores se comportam: Dores musculares intensas de início súbito Dor ao leve toque do corpo A dor se inicia em região cervical (pescoço), trapézio (ombros) e dorso (costas), Depois, a dor desce para braços, seguidos das coxas e panturrilhas. Dura entre 12 a 72 horas É autolimitada (vai embora sozinha) Outros sintomas que podem estar presentes: Urina escura (castanho escuro, vermelha ou cor de Coca-Cola), Artralgia (dor nas juntas), Sudorese (suor intenso) Exantema discreto (manchinhas vermelhas no corpo), mas foram poucos casos. Você Suspeita Estar com Alguma Infecção? Agende Hoje mesmo uma Consulta com infectologista. Ligar agora Whatsapp A urina escura está associada a um aumento da CPK, proteína que indica lesão muscular. Isso pode acontecer em casos como esforço físico extenuante, infarto do coração, infecções etc. Mas quando a lesão muscular é muito intensa, o rim acaba sendo lesionado ao tentar eliminar esses destroços do organismo o que provoca o escurecimento da urina. Isso é chamado de rabdomiólise. Até agora, os casos de lesão renal reverteram após intensa hidratação. Dentre os casos vistos até agora, NÃO FORAM COMUNS os seguintes sintomas: Febre, Dor de cabeça Sintomas respiratórios como tosse, coriza ou falta de ar Sintomas gastrointestinais como náuseas (enjoos), diarreia, dor abdominal O que está causando essa doença? 4 laboratórios brasileiros e um dos Estados Unidos estão analisando amostras de material colhido em pessoas doentes. Um dos laboratórios é o da Universidade Federal da Bahia, onde foi descoberto o vírus da Zika, eles encontraram o vestígio de 2 vírus em amostras de sangue e fezes. Um deles é o Parechovirus, encontrado em água suja de esgoto e fezes. Ele foi é um conhecido causador de diarreia em crianças e possui vários subtipos. É importante salientar que ainda não se sabe se o Parechovírus é realmente o causador da mialgia aguda a esclarecer, nem qual subtipo, quais outros fatores podem estar associados, nem se pode causar outras complicações. Ainda são poucos casos e os estudos estão apenas começando. Como isso é transmitido? Os primeiros 9 casos descritos eram de apenas 3 famílias diferentes. A doença passou para outros indivíduos da mesma família em pouco tempo o que sugere uma fonte comum de infecção. Ainda não se sabe como é transmissão, nem se pode passar por contato direto de pessoa a pessoa. O que fazer em caso de suspeita? Em caso de surgimento de qualquer sintomas suspeito, a pessoa deve: NÃO tomar nenhum anti-inflamatórios (como cetoprofeno, nimesulida, ibuprofeno, naproxeno, celocoxibe, etc) Procurar atendimento médico imediatamente Como tratar? O tratamento é apenas sintomático Deve-se hidratar bastante Observar a cor da urina (urina escura pode indicar lesão renal pela destruição dos músculos) Em caso de suspeita de rabdomiólise (urina escura), a hidratação deve ser mais intensa nas próximas 48 a 72hs, por via endovenosa Como se prevenir? Higienizar objetos Lavar e conservar bem os alimentos Higienizar as mãos. Comer apenas em locais bem estabelecidos. Como descobrimos mais sobre uma doença totalmente desconhecida? Trata-se de um verdadeiro trabalho de detetive realizado por toda uma equipe de profissionais. Entre eles, o médico infectologista. Tudo começa com os profissionais de saúde que atendem as pessoas doentes diretamente no pronto atendimentos, postos de saúde, etc Alguma coisa foge do padrão da rotina desses profissionais: Doenças já conhecidas que começam a evoluir de forma diferente; Suspeitas de doenças que não confirma o diagnóstico; Aparecimento de um sinal ou sintoma que antes não existia ou o seu amento de frequência, etc. O primeiro passo é a Notificação dos casos suspeitos aos órgãos competentes É através do estudo dos casos suspeitos e seu entorno que as descobertas vão sendo feitas: O que os pesquisadores estudam? Amostras de material biológico como urina, fezes, sangue, etc. de pessoas doentes são analisadas, procurando por microrganismos (vírus, bactérias, fungos, protozoários, etc.); Os pesquisadores também estudam o ambiente onde vivem e frequentam as pessoas doentes, tentando sempre buscar algum ponto comum entre os infectados: Onde comem ou onde compram sua comida Água que bebem, usam para lavar vasilhas ou banhar-se Ambiente que frequentam, etc. Fonte: Nota Tecnica n 16/2016 Informe de 06/01/2017 Você também pode se interessar por:Dengue: Tudo o que você precisa saberNova Vacina contra a Dengue chega ao BrasilVacinas mais importantes para os adultosCompartilhe Não tenha vergonha do HIV! 'Reserve a sua Consulta Hoje. Ligar agora Whatsapp
Sugiro procurar o atendimento médico pois dores musculares podem ter muitas, causas, infecciosas ou não. Com a relação a miosite aguda viral, a maioria dos casos vistos até o momento apresentavam alterações nos exames de sangue (aumento de CPK), mesmo sem urina escura, por isso é interessante que procure um médico para te avalia,r caso viva em área endêmica. Att, Dra Keilla Responder