
Densidade Mineral Óssea é baixa em pacientes com HIV
O início da terapia antirretroviral está associado com uma diminuição de 2-6% de massa óssea durante os primeiros dois anos de tratamento, um decréscimo que é semelhante, em magnitude, ao que ocorre durante os primeiros dois anos após a menopausa.
Estudos recentes têm descrito o aumento das taxas de fraturas na população infectada pelo HIV.
As causas da baixa densidade mineral óssea em indivíduos com HIV parecem ser multifatoriais e provavelmente representam uma complexa interação entre a infecção causada pelo HIV, os fatores de risco para osteoporose tradicionais e a terapia antirretroviral.
Além disso, as pessoas com HIV estão vivendo mais tempo, devido ao sucesso da terapia antirretroviral, o que sinaliza à comunidade médica que as complicações ósseas – fraturas, osteopenia, osteoporose – podem se agravar.
Na verdade, já deveríamos contar com clínicas de envelhecimento especializadas em pacientes com HIV
A população total de pessoas com HIV está ficando mais velha, graças aos avanços e melhoras proporcionados pela terapia antirretroviral. Atualmente, nos Estados Unidos, 1 em cada 4 pessoas com HIV já tem 50 anos de idade ou mais.
A Comissão Especial sobre Envelhecimento do Senado americano previu que metade de todos os adultos com HIV, naquele país, teria mais de 50 anos em 2015.
Suplementação é essencial
Um artigo publicado na revista Clinical Infectious Diseases recomenda aos pacientes com HIV a ingestão de 1.000 a 1.500 mg de cálcio e 800 a 1.000 UI de vitamina D por dia, bem como, pelo menos, 30 minutos de exercícios de levantamento de peso, correr ou andar, pelo menos três vezes por semana.
O cálcio é abundante nos produtos lácteos e na sardinha, e está disponível em suplementos, tais como carbonato de cálcio e citrato de cálcio.
Também é importante evitar o fumo e o uso excessivo de álcool, uma vez que estes podem causar osteoporose”, informa a infectologista.
Outras causas que aumentam risco de fraturas em paciente vivendo com HIV:
- A infecção, em si, provoca inflamação, que por sua vez impacta as células que formam os ossos.
- Muitas condições comuns em pessoas com HIV – tais como a deficiência de vitamina D, estar abaixo do peso e baixos níveis de testosterona – estão associadas com a osteoporose.
- A terapia antirretroviral e outros medicamentos frequentemente prescritos para pessoas com HIV, como a prednisona, também causam perda óssea.
Mesmo que muitos antirretrovirais possam causar perda óssea, a osteoporose não é uma razão para parar de tomá-los.
A terapia antirretroviral é necessária para salvar vidas.
Já sabemos que parar com a terapia antirretroviral não é uma boa estratégia para prevenir complicações ósseas.
Precisamos continuar investindo na prevenção desses problemas e na educação dos pacientes
Um estudo recomenda que todos os homens HIV positivos com mais de 50 anos de idade e mulheres na menopausa devam ser submetidos a uma densitometria óssea para a osteoporose
Todas as pessoas com HIV precisam ser assertivas sobre a discussão da osteoporose e das outras condições relacionadas ao envelhecimento.
A maioria dos pacientes com HIV não sabe nada sobre as complicações ósseas de sua doença.
Os pacientes só despertam para o tema após uma fratura, muitas vezes, extremamente difícil de tratar.
Outras doenças que devem ser monitoradas em pacientes vivendo com HIV:
- Doenças do coração,
- Pressão alta
- Colesterol
- Diabetes Mellitus
- Doenças ósseas,
- Comprometimento cognitivo
- Insônia
- Doença renal
- Doenças do fígado
- Outras Infecções de Transmissão sexual como sífilis, hepatites, HTLV