
Adesão ao Tratamento do HIV: Porque é tão Importante
Publicado: 27/05/2025
Publicado: 27/05/2025
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A adesão ao tratamento do HIV é um dos pilares mais importantes no combate à doença. Com o avanço da Medicina nos últimos anos, atualmente é possível viver com qualidade de vida mesmo tendo a presença do vírus da imunodeficiência humana no organismo, desde que o tratamento esteja sendo seguido corretamente.
No entanto, muitos pacientes ainda enfrentam dificuldades em manter a rotina de cuidados, o que pode comprometer a eficácia do tratamento e trazer certos riscos para a saúde pública. Continue a leitura deste artigo e entenda mais sobre a adesão ao tratamento de HIV e porque ela é tão importante.
O vírus da imunodeficiência humana, o HIV, ataca diretamente células do sistema imune para se multiplicar. Quando não tratado com antivirais específicos, o HIV pode enfraquecer progressivamente as defesas do organismo, levando à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
O HIV é transmitido, quando um material contaminante entra em contato com o organismo de pessoa suscetível como por exemplo, por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas ou de mãe para filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. Embora ainda não exista cura, os avanços na Medicina possibilitam que pessoas vivendo com o vírus tenham uma excelente qualidade de vida, desde que mantenham a adesão rigorosa ao tratamento antirretroviral.
A adesão ao tratamento do HIV é um dos pilares fundamentais para o controle da infecção. Os medicamentos antirretrovirais (ARVs) agem inibindo a multiplicação do vírus no organismo, o que ajuda a manter a carga viral indetectável no sangue preservando o sistema imunológico.
Resumidamente, quando o tratamento é seguido corretamente, a pessoa vivendo com HIV pode ter maior qualidade de vida, evitar o desenvolvimento da AIDS e reduzir drasticamente o risco de transmissão do vírus para outras pessoas.
Interrupções no uso dos medicamentos ou adesão irregular ao tratamento podem trazer consequências sérias ao paciente:
O HIV pode voltar a se multiplicar no organismo, comprometendo o sistema imunológico e facilitando o aparecimento de doenças oportunistas, como infecções e certos tipos de câncer. Além de favorecer o surgimento de resistência aos medicamentos, dificultando o controle futuro da infecção.
A carga viral elevada também aumenta o risco de transmissão do HIV a outras pessoas.
Existem diversos fatores que podem interferir direta ou indiretamente na adesão ao tratamento do HIV, como, por exemplo, efeitos colaterais dos medicamentos, rotina diária, estigma social, questões emocionais e dificuldade de acesso ao serviço de saúde.
Por isso, o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar — incluindo médicos, psicólogos, farmacêuticos e assistentes sociais — é essencial para garantir o suporte necessário à pessoa em tratamento.
Uma boa comunicação com a equipe médica responsável pelo caso, bem como o entendimento sobre o funcionamento do tratamento e o apoio familiar e social, é um fator essencial que contribui para a continuidade do cuidado. Algumas estratégias importantes incluem:
Um dos conceitos mais importantes no enfrentamento do HIV atualmente é o “I=I”, ou “Indetectável = Intransmissível”. Isso significa que, quando a carga viral da pessoa vivendo com HIV é mantida em níveis indetectáveis com um tratamento contínuo, não existe o risco de transmissão pela via sexual mesmo sem preservativo
Essa informação reforça a importância da adesão como uma medida de autocuidado e de saúde pública. Se você vive com HIV ou conhece alguém nessa situação, saiba que o cuidado adequado faz toda a diferença. Buscar informações, manter o acompanhamento de saúde e aderir ao tratamento são atitudes fundamentais para uma vida longa, saudável e plena. Para saber mais sobre o tratamento do HIV, não hesite em marcar uma consulta com seu médico infectologista de confiança.