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HIV e Fígado – Explorando a Conexão entre HIV e Saúde Hepática

HIV E Fígado
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HIV e Fígado. Pacientes diagnosticados com a presença do vírus da imunodeficiência humana no organismos podem ter mais chances de desenvolver problemas na região do fígado mesmo sem a presença de outros fatores associados.

Isso ocorre pois pessoas que vivem com HIV possuem um processo inflamatório crônico generalizado que pode não ser tão significativo em pacientes com carga viral indetectável, mas ainda assim não é igual a uma pessoa que não possui o vírus. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a relação entre o HIV e o Fígado.

Inflamação Corporal

A Inflação corporal causada pela presença do HIV acaba alterando o organismo como um todo, aumentando assim o risco do desenvolvimento de vários problemas, não relacionados à AIDS. Entre estes possíveis problemas estão: alterações do metabolismo do colesterol, diabetes, problemas cardíacos, etc.

Porque o fígado é importante?

O fígado é um órgão diretamente responsável, ou participativo, por vários processos que garantem o bom funcionamento de nosso organismo, como por exemplo:

  • Filtro do corpo;
  • Metabolismo de gorduras;
  • Metabolismo de proteínas;
  • Absorção de vitaminas;
  • Sistema imune;
  • Controle da pressão arterial.

HIV e Fígado – Gordura no fígado e HIV

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Problemas relacionados ao fígado constituem importantes causas de complicações e morte em pacientes com HIV. Antigamente esta preocupação se concentrava em pessoas com co-infecções como HIV + Hepatite B ou Hepatite C. Mas agora isso tem mudado.

Mais de 1 terço de pessoas com HIV, ou seja, soropositivas, possuem doença hepática gordurosa não alcoólica. Mesmo sem ter outras doenças que atacam o fígado como hepatites virais crônicas, existe co-infecção frequente nestes pacientes.

Gordura no fígado associada à síndrome metabólica é um problema crescente em pessoas obesas, por isso, se você apresenta comorbidades, o ideal é sempre ficar de olho na saúde.

O Que é Síndrome Metabólica

Síndrome metabólica é uma coleção de alterações metabólica que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como por exemplo:

  • Obesidade abdominal;
  • Hipertensão (pressão alta);
  • Glicemia alta;
  • Níveis anormais de lipídios (colesterol);

Problemas no fígado associados a pessoas vivendo com HIV:

  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (do inglês: NAFLD);
  • Esteato-hepatite não alcoólica (do inglês: NASH);
  • Fibrose hepática;
  • Cirrose;
  • Insuficiência hepática;
  • Câncer no fígado.

Estas complicações podem ser fases de um mesmo processo mas não é preciso passar por todas estas fases para se ter complicações.

Esteatose Hepática

Também conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica, a esteatose hepática pode ser representada por:

  • Acúmulo de gordura no fígado;
  • Presença de triglicérides dentro das células do fígado;
  • Pessoas sem histórico de abuso de bebida alcoólica.

A doença hepática gordurosa não alcoólica não tratada pode evoluir para NASH

Além disso, a esteatose hepática em si, já é um fator de risco para doenças cardiovasculares.

O Que é Esteato-hepatite Não Alcoólica

Derivada do termo em inglês, NASH, é um tipo de hepatite crônica ativa de causa não infecciosa. Ou seja, uma inflamação do fígado com lesão em nível celular. Se não tratado, o processo de inflamação crônica leva ao dano contínuo da estrutura do fígado, superando a capacidade de regeneração, causando fibrose.

Dependendo do grau de fibrose, a doença evolui para a cirrose e ou câncer do fígado. No entanto, não é necessário ter cirrose para desenvolver câncer. O processo inflamatório crônico em si já é um fator de risco para câncer do fígado.

Evolução Da Esteatose Hepática

Causas de problemas no fígado em pessoas vivendo com HIV:

  • Processo inflamatório crônico generalizado do vírus no organismo;
  • Co-infecção vírus do HIV e vírus da hepatite B;
  • Co-infecção vírus do HIV e vírus da hepatite C;
  • Consumo intenso/frequente de álcool;
  • Consumo de algumas medicações usadas no tratamento do HIV;
  • Aumento do açúcar no sangue (mesmo sem diabetes instalada);
  • Diabetes Mellitus;
  • Dieta inadequada;
  • Obesidade;
  • Acúmulo de gordura abdominal;
  • sedentarismo;
  • Fatores genéticos (história familiar).

Como Tratar O Fígado Gorduroso

Existem vários medicamentos sendo estudados, mas até o momento, nenhum é tão eficaz e livre de efeitos colaterais e interações quanto as medidas abaixo:

  • Manter o peso ideal de forma duradoura;
  • Realização de atividade física regular;
  • Controle da diabetes.

Para mais informações sobre a relação do HIV com a gordura no fígado procure seu médico infectologista e não deixe de realizar check-ups periódicos para monitorar melhor sua saúde.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 20 de agosto de 2018 e Atualizado em: 22 de agosto de 2023


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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