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Esporotricose – Saiba Mais

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A esporotricose é um fungo da família Sporothrix que vive na natureza e está presente no solo, palha, vegetais, espinhos, madeira, galhos, folhas e materiais em decomposição.

Pode afetar animais como (ratos, tatus, gatos e cães) ou humanos.

Esporotricose - Saiba Mais

O que é Esporotricose

Esta família possui vários indivíduos, mas o que está ganhando espaço é o Sporotrix brasiliensis. Ele geralmente causa lesões vegetantes em pele que não cicatrizam. Mas nos últimos anos, além de se espalhar, ele tem causado quadros mais graves e eu vou explicar isso melhor daqui a pouquinho.

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A transmissão ocorre quando o fungo penetra em pele ou entra em contato com mucosas.

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Ele pode penetrar através de traumas ou microtraumas causados por espinhos ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, mas não existe transmissão de pessoa a pessoa.

Até o final da década de 1990, a doença era mais comum em jardineiros, agricultores ou pessoas que tivessem contato com plantas e solo. Por isso Nos Estados Unidos ela é conhecida como “Rose Gardener’s Disease,” a Doença do Jardineiro das Rosas.

Como são os sintomas

Como eu disse anteriormente, a característica mais notória dessa doença são feridas na pele que não cicatrizam.

A forma de apresentação clássica é a (esporotricose linfocutânea)

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Inicia-se como uma feridinha semelhante a picada de mosquito que evolui com nódulos subcutâneos supurantes que progridem em úlceras proximalmente ao longo dos canais linfáticos

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O sporothrix brasiliensis sofreu alguma mudança ambiental e se adaptou bem aos gatos. Essa mudança epidemiológica com relação a esporotricose humana foi observada nos anos 90 quando foram identificados os primeiros casos no Rio de Janeiro.

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Os gatos infectados passam para outros animais da mesma espécie através de mordeduras ou arranhaduras.

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Nos gatos, a esporotricose se apresenta inicialmente como uma ferida pequena que não cicatriza e vai aumentando em tamanho. Pode evoluir formando nódulos ou caroços em torno da ferida original, que podem crescer e se espalhar pelo corpo do gato, Além disso o gato por apresentar perda de peso, febre, coriza e complicações como infecção secundária da ferida.

O gato pode transmitir a esporotricose estando assintomático, ou seja, não precisa ter lesões visíveis para estar infectado e transmitir a doença.

Transmissão

Para transmitir ao ser humano, o gato não necessariamente precisa morder, lamber ou arranhar. Apenas o contato com o animal que não necessariamente precisa parecer doente já pode colocar o organismo do ser humano em contato com o fungo

Desde os primeiros casos identificados no Rio de Janeiro nos anos 90, o número de caso tem pouco a pouco se espalhado em outras regiões.

De janeiro de 2011 a setembro de 2020, mais de 10.000 casos foram notificados à Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro, considerando um número subestimado devido a subnotificação.

No ano de 2011, foi detectado um surto da doença na zona leste da cidade de São Paulo que foi identificado a partir da notícia que, em um mutirão de castração, veterinários haviam observado uma lesão caraterística da doença em um dos animais. Foi feito a partir daí uma busca ativa em humanos com um rastreamento populacional que levou ao diagnóstico de esporotricose em seis pessoas. Todos com historia de contato próximo com gatos doentes. A partir de então, os casos em humanos se disseminaram para as zonas norte, sul e oeste. Agora, estudos mostra a progressão geográfica dos casos para os bairros e cidades da Grande São Paulo.

Em 2018, casos da doença foram identificados em mais oito estados no sul e no leste do Brasil.

Para se ter uma ideia do aumento de casos, De 2017 a 2021, o número de casos de esporotricose humana em felinos na cidade de São Paulo passou de 40 para 145. Em 2022, foram notificados 425 casos até 26 de agosto.

Os casos em humanos estão se espalhando em vários estados do brasil e outros países da América Latina como Paraguai e Argentina, mas já existem casos pontuais na Inglaterra e Estados unidos.

Apesar de poder causar lesões cutâneas graves em qualquer pessoa, a preocupação maior é com pessoas de baixa imunidade que podem inalar o esporo e ter acometimento pulmonar e sistêmico muito grave afetando vários órgãos internos.

a Esporotricose Pulmonar

Mas mesmo em pessoas sem comorbidades, temos visto manifestações atípicas da esporotricose como reações de hipersensibilidade severas e generalizadas, infecção da mucosa e infecção cutânea disseminada não apenas em várias áreas da pele.

Como também acometendo órgãos como ossos, articulações ou sistema nervoso central.Esporotricose - Saiba MaisSe você apresentar qualquer lesão na pele após contato com animal doente, procure um médico infectologista de sua confiança.

Esporotricose tem cura e o tratamento é feito com antifúngicos

 

NÃO MALTRATE, PERSIGA, ABANDONE OU MATE NENHUM GATO.

O animal com suspeita de esporotricose não deve ser abandonado, sacrificado. Ele não é culpado pela disseminação do fungo e também é uma vítima. Para combater o fungo, precisamos amar e tratar os gatos, fazer busca ativa da doença nos felinos e tratá-los.

Em felinos, a suspeita não deve ocorrer apenas em caso de lesões ulcerosas e nódulos que não cicatrizam, mas também quando o animal tiver acesso à rua e histórico de brigas, ou em caso de espirros, dificuldade respiratória ou secreção nasal.

A melhor forma de combater o fungo e manter o bichinho bem cuidado é com o checkUp veterinário em dia. Ele precisa de ser amado, cuidado e tratado

Se o bichano vier a falecer com suspeita de infecção pelo sporotrix, ele não deve sob nenhuma hipótese ser enterrado pois o corpo do felino inocula os fungos no solo propagando ainda mais a doença. Por isso se o seu gato falecer com suspeita dessa doença, ele deve ser cremado e não enterrado. Você precisa conversar com o seu veterinário ou entrar em contato com o controle de zoonoses de sua cidade.

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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