
Hepatite E – Saiba Mais
Publicado: 01/10/2024
Publicado: 01/10/2024
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A hepatite E é uma doença viral hepática frequentemente autolimitada que pode levar a doenças agudas no fígado e, em casos raros, a uma forma crônica, especialmente em indivíduos imunossuprimidos.
Embora o tipo E da hepatite seja menos conhecido em comparação com outras formas da condição, como A, B e C, é uma preocupação significativa em várias partes do mundo.
Continue a leitura deste texto e saiba mais.
O vírus da hepatite E é mais comum em locais onde o saneamento é precário e, geralmente, a maioria das pessoas infectadas se recuperam completamente sem problemas hepáticos de longo prazo devido à infecção.
Sendo assim, a infecção é, geralmente, autolimitada e se resolve dentro de 2 a 6 semanas.
A principal forma de transmissão do tipo E da hepatite é via fecal-oral, geralmente por meio de água contaminada em regiões com saneamento precário. No entanto, ela não é a única forma de se infectar.
A transmissão também pode ocorrer por meio de alimentos contaminados, especialmente carne suína mal cozida, fígado de porco e produtos de veado. Existem relatos de transmissão zoonótica, principalmente em áreas onde o contato com animais é comum.
Além disso, a transmissão transfusional e de mãe para filho também são possíveis, embora menos comuns. A hepatite E é prevalente em países em desenvolvimento na Ásia, África e América Latina, mas surtos esporádicos e casos esporádicos são relatados em países desenvolvidos, geralmente associados às viagens para áreas endêmicas.
Algumas populações estão em maior risco de desenvolver formas graves de hepatite E. Nossa maior preocupação é de fato com as Mulheres grávidas, especialmente no terceiro trimestre, pois está população tem uma taxa de mortalidade significativamente maior quando infectadas por esse vírus, chegando a 25%.
Além disso, indivíduos com doenças hepáticas crônicas e aqueles que são imunossuprimidos, como os receptores de transplantes de órgãos, também correm maior risco de complicações graves e de infecção crônica.
Os sintomas da hepatite E podem variar de nenhum (assintomático) a graves. Quando presentes, os sintomas podem incluir:
Esses sintomas, geralmente, aparecem de duas a seis semanas após a exposição ao vírus e podem durar de algumas semanas a vários meses. Em casos raros, a hepatite E pode levar a insuficiência hepática aguda, que pode ser fatal, especialmente em mulheres grávidas no terceiro trimestre e em indivíduos com doenças hepáticas pré-existentes.
O diagnóstico da hepatite E é feito por meio de testes sorológicos para detectar anticorpos anti-HEV (IgM e IgG) e pela detecção do RNA viral no sangue ou nas fezes por métodos moleculares, como a reação em cadeia da polimerase (PCR).
Atualmente, não existe um tratamento antiviral específico para a hepatite E. Sendo que a maioria dos pacientes se recupera completamente sem a necessidade de intervenção médica significativa. O tratamento é, geralmente, de suporte, focado no alívio dos sintomas e na manutenção do equilíbrio hídrico e nutricional.
Em casos graves, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, pode ser considerado o uso de ribavirina, um antiviral, embora seu uso deva ser cuidadosamente monitorado devido aos possíveis efeitos colaterais.
A prevenção da hepatite E inclui medidas de saneamento e higiene, como o consumo de água potável e alimentos adequadamente cozidos.
Em algumas regiões endêmicas, foram desenvolvidas vacinas contra esse tipo de hepatite, como a vacina HEV 239, que demonstrou ser eficaz em ensaios clínicos. No entanto, essas vacinas ainda não estão amplamente disponíveis em todo o mundo.
A pesquisa sobre a hepatite E está em andamento, com foco na melhoria dos métodos diagnósticos, no desenvolvimento de vacinas mais acessíveis e na compreensão dos mecanismos de transmissão e patogênese do HEV. Para saber mais sobre essa condição, não deixe de consultar seu médico infectologista de confiança.