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Quando realizar a Genotipagem-HIV ?

genotipagem-HIV
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Pessoas que vivem com HIV, mesmo tomando os antirretrovirais de forma adequada podem não obter níveis indetectáveis do vírus no sangue. Isso pode ocorrer por uma série de causas e uma delas é a resistência do vírus aos antirretrovirais. Para evitar que o vírus crie resistência, uma das estratégias utilizada é o esquema de tratamento com remédios combinados

A genotipagem do HIV é útil para saber quais medicamentos devem ser trocados e se a nova combinação será eficaz. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o assunto.

O que é Genotipagem-HIV ?

Genotipagem-HIV é um exame que avalia a estrutura genética do vírus HIV buscando mutações.

Essas mutações podem nos dizer se o vírus é resistente a algum remédio antes mesmo de experimentá-lo.

Fatores que podem aumentar a incidência de vírus resistente aos remédios:

  • Tratamento em larga escala, como no Brasil, ois aumenta a exposição dos vírus aos remédios
  • Uso irregular do tratamento
  • Reinfecção (sexo desprotegido com pessoa com vírus no sangue)
  • Infecção por vírus resistente

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Quando uma pessoa é infectada por uma cepa de vírus que já é resistente a algum ARV e este acaba sendo usado no esquema de tratamento inicial dessa pessoa, a resposta ao tratamento pode não ser o melhor possível, o que acaba levando a uma resistência ainda maior das cepas circulantes e/ou não suprimindo totalmente a carga viral (a quantidade de vírus circulante no sangue diminui mas não fica indetectável).

Pelo tipo de mutação pode-se determinar a quais ARVs este é resistente.

Vantagens do teste de genotipagem-HIV:

  • Maior possibilidade de atingir a supressão viral já no primeiro esquema.
  • Alcançar a Carga Viral indetectável mais rapidamente
  • Evitar trocas desnecessárias de ARVs,
  • Propicia o uso de um mesmo esquema por mais tempo.

Como é no Brasil:

De acordo ao último Boletim Epidemiológico de HIV/aids do Ministério da Saúde do Brasil (2015), cerca de 405.000 pessoas estão em uso de TARV no país.

Apenas 356.000 estão com carga viral plasmática “indetectável” (definida como abaixo de 1.000 cópias/mL) e, portanto, com baixo risco de transmissão viral.

Isso significa que aproximadamente 49.000 pessoas estão em uso de TARV e com carga viral detectável, sob risco de seleção de HIV resistente e transmissão de cepas resistentes aos antirretrovirais, em especial os utilizados em primeira linha no nosso país, como o efavirenz, a lamivudina e o tenofovir

Segundo a Rede Nacional de Identificação e Caracterização do HIV (RENIC) , houve um aumento considerável das mutações que geram resistência entre os anos de 2002 e 2007/8, com variações regionais no Brasil.

Várias diretrizes internacionais de lugares como Estados Unidos e Europa  recomendam a realização do teste de genotipagem logo após o diagnóstico do HIV,  antes de começar o tratamento.

O PCDT é o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos do Brasil.

Nele, a genotipagem-HIV é solicitada principalmente em casos de Falha terapêutica

Situações para solicitação de genotipagem no pré-tratamento de acordo ao PCDT:
  • Gestantes infectadas pelo HIV
  • Pessoas infectadas por parceiro em uso de TARV (atual ou pregresso)

Já o PCDT para crianças e adolescentes estabelece a solicitação de genotipagem antes do início do tratamento em todas as crianças.

Novas orientações:

Desde o dia 01/12/2016, a Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda formalmente a realização do teste de genotipagem-HIV convencional para todos os portadores do vírus HIV antes do início do tratamento.

Fonte:

Artigo Publicado em: 4 de dez de 2016 e Atualizado em 06 de outubro de 2020


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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