
Quando realizar a Genotipagem-HIV ?
Publicado: 06/10/2020
Atualizado: 08/10/2020
Publicado: 06/10/2020
Atualizado: 08/10/2020
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Pessoas que vivem com HIV, mesmo tomando os antirretrovirais de forma adequada podem não obter níveis indetectáveis do vírus no sangue. Isso pode ocorrer por uma série de causas e uma delas é a resistência do vírus aos antirretrovirais. Para evitar que o vírus crie resistência, uma das estratégias utilizada é o esquema de tratamento com remédios combinados
A genotipagem do HIV é útil para saber quais medicamentos devem ser trocados e se a nova combinação será eficaz. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o assunto.
Genotipagem-HIV é um exame que avalia a estrutura genética do vírus HIV buscando mutações.
Essas mutações podem nos dizer se o vírus é resistente a algum remédio antes mesmo de experimentá-lo.
Quando uma pessoa é infectada por uma cepa de vírus que já é resistente a algum ARV e este acaba sendo usado no esquema de tratamento inicial dessa pessoa, a resposta ao tratamento pode não ser o melhor possível, o que acaba levando a uma resistência ainda maior das cepas circulantes e/ou não suprimindo totalmente a carga viral (a quantidade de vírus circulante no sangue diminui mas não fica indetectável).
Pelo tipo de mutação pode-se determinar a quais ARVs este é resistente.
De acordo ao último Boletim Epidemiológico de HIV/aids do Ministério da Saúde do Brasil (2015), cerca de 405.000 pessoas estão em uso de TARV no país.
Apenas 356.000 estão com carga viral plasmática “indetectável” (definida como abaixo de 1.000 cópias/mL) e, portanto, com baixo risco de transmissão viral.
Isso significa que aproximadamente 49.000 pessoas estão em uso de TARV e com carga viral detectável, sob risco de seleção de HIV resistente e transmissão de cepas resistentes aos antirretrovirais, em especial os utilizados em primeira linha no nosso país, como o efavirenz, a lamivudina e o tenofovir
Segundo a Rede Nacional de Identificação e Caracterização do HIV (RENIC) , houve um aumento considerável das mutações que geram resistência entre os anos de 2002 e 2007/8, com variações regionais no Brasil.
Várias diretrizes internacionais de lugares como Estados Unidos e Europa recomendam a realização do teste de genotipagem logo após o diagnóstico do HIV, antes de começar o tratamento.
O PCDT é o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos do Brasil.
Nele, a genotipagem-HIV é solicitada principalmente em casos de Falha terapêutica
Já o PCDT para crianças e adolescentes estabelece a solicitação de genotipagem antes do início do tratamento em todas as crianças.
Desde o dia 01/12/2016, a Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda formalmente a realização do teste de genotipagem-HIV convencional para todos os portadores do vírus HIV antes do início do tratamento.
Fonte:
Artigo Publicado em: 4 de dez de 2016 e Atualizado em 06 de outubro de 2020