Doença de Chagas: saiba mais
Publicado: 14/03/2016
Atualizado: 22/01/2017
Publicado: 14/03/2016
Atualizado: 22/01/2017
Conteúdo
A doença de Chagas é uma infecção causada por um protozoário flagelado chamado Trypanosoma Cruzi.
Suas maiores manifestações são doenças gastrointestinais e cardiomiopatias.
Esta última leva, muitas vezes, à insuficiência cardíaca refratária, uma das principais indicações de transplante cardíaco nos países endêmicos.
A infecção é geralmente transmitida através das fezes infectadas do vetor barbeiro.
Essas fezes são depositadas pelo vetor durante sua refeição e posteriormente inoculadas através da ferida em pele ou membrana mucosas.
A transmissão pode ocorrer também por transmissão vertical (de mãe para filho), transfusão de sangue, acidentes laboratoriais, transplante de órgãos sólidos por doador infectado e ingestão de alimentos ou líquidos contaminados.
Transformando esta doença em um problema mundial.
Sabe-se que o barbeiro vive nas rachaduras das paredes das casas de pau a pique (casa rústica cuja parede é feita de paus entrelaçadas cobertos com lama) e telhados de palha.
A Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) realizou esforços para erradicação da transmissão por vetores domésticos em países da América latina.
Com isso houve um aumento da proporção da transmissão vertical atualmente estimada em 26% das novas infecções.
A prevalência global estimada de pessoas infectadas caiu de 18 milhões de pessoas em 1991, para 5.7 milhões em 2010.
Contudo ainda é uma doença que traz muitos prejuízos humanos e econômicos para os países da América Latina, com anos de vida perdidos por incapacidade, cerca de 7,5 vezes maior que a malária.
O barbeiro ingere o parasita quando se alimenta do sangue do ser humano ou outos mamíferos.
Uma vez dentro do inseto, o T. cruzi vai caminhando pelo sistema gastrointestinal e vai se diferenciando até sair pelas fezes do barbeiro.
O barbeiro libera suas fezes enquanto se alimenta do sangue do mamífero.
Depois que o barbeiro vai embora, quando o mamífero coça a área da picada, é que acaba jogando as fezes infectadas para dentro do organismo.
Uma vez dentro do hospedeiro (ser humano ou outros mamíferos) o parasita entra nas células e tecidos, principalmente músculos como o do coração.
Nas células, ele se multiplica até sair e cair na corrente sanguínea ou infectar novas células.
O período de incubação (tempo entre o momento da infecção e o início dos sintomas) varia de acordo à via de transmissão.
Casos de transmissão oral (como beber o suco da cana moída com o barbeiro infectado) parecem ter maior incidência de manifestações agudas mais graves.
A fase crônica começa quando a quantidade do parasita no sangue diminui, isso costuma ocorrer após 8-12 semanas da infecção.
Mas as pessoas infectadas seguem transmitindo a doença, mesmo na fase crônica e assintomática.
Além disso, o barbeiro, uma vez infectado, transmite a doença pelo resto de sua vida.
“Aproximadamente de 1-10% das crianças nascidas de mães infectadas pelo T. cruzi, já nascem infectadas.
A sua maioria são assintomáticas ou apresentam sintomas inespecíficos, mas nos casos sintomáticos podem apresentar baixo peso ao nascer, hepatoesplenomegalia, anemia, meningoencefalite e insuficiência respiratória com alto risco de mortalidade.
As que sobrevivem tem as mesmas chances de complicações crônicas que os indivíduos que se infectam quando adultos.
O tratamento da doença aguda tem altas chances de cura, mas é raro fazer o diagnóstico nessa fase.
O tratamento da fase de reativação tem ótima resposta.
Já o tratamento na fase crônica tem poucas chances de resposta e é controverso.
Quando indicado as opções de tratamento são:
Referências: