Cura para o HIV é prioridade para cientistas
Publicado: 03/02/2016
Atualizado: 23/06/2018
Publicado: 03/02/2016
Atualizado: 23/06/2018
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Enormes avanços ocorreram no tratamento e na prevenção do HIV ao longo dos últimos 10 anos.
Ainda assim, não há cura ou vacina.
As descobertas são parte de uma grande revisão sobre a epidemia global de HIV publicada no The Lancet.
A avaliação mostra que, devido a avanços no tratamento, pessoas com o vírus estão vivendo mais.
No geral, as novas infecções diminuíram de 3,3 milhões, em 2002, para 2,3 milhões em 2012.
Os óbitos relacionados à AIDS globalmente atingiram um pico de 2,3 milhões em 2005, diminuindo para 1,6 milhões, em 2012.
De acordo com o artigo, na última década houveram grandes avanços nas formas de se prevenir o HIV.
Como o uso de novas agulhas e o uso de preservativos.
Essas estratégias de prevenção biomédicas tiveram um grande impacto na redução do número de novas infecções.
Avanços importantes do tratamento contra o HIV:
Portanto, com mais pessoas fazendo um tratamento eficaz, estamos vendo menos transmissão do vírus.
A vacina eficaz ainda é uma meta a ser alcançada. Muitos estudos estão sendo realizadas nesse sentido.
Ao contrário da maioria das infecções ou doenças, quando se trata de HIV, muitas pessoas criam anticorpos ineficazes.
No entanto, um pequeno número de pessoas fornece respostas muito boas aos anticorpos para o HIV, que são chamados de anticorpos amplamente neutralizantes
Estes anticorpos amplamente neutralizantes são muito eficazes na luta contra uma ampla gama de cepas do HIV.
Os testes com esses anticorpos é que nos dão esperanças de desenvolvermos vacinas eficazes contra o HIV.
O tratamento que dispomos hoje contra o HIV é altamente eficaz, mas a cura é agora considerada uma das principais prioridades científicas mundiais
A revisão de estudos ajuda a entender também o porquê os tratamentos atuais não curam o HIV.
Isso ocorre porque o vírus consegue entrar em uma célula, se tornar parte do DNA do paciente e permanecer em silêncio.
Há muitas pesquisas sendo feitas também no sentido de ‘despertar o vírus’ desse sono para torná-lo visível às drogas e ao sistema imunológico. Essa é outra abordagem científica que um dia poderá levar à cura da doença