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Falha do PrEP relatado

Falha do PrEP: Transmissão do HIV relatado em paciente em uso do Truvada

Uma das coisas que sempre reforçamos quanto ao uso da Profilaxia Pós Exposição ao HIV – PrEP, é que ela deve ser associada ao preservativo e não substituí-lo.

Pela primeira vez foi documentado um caso de homem gay com boa adesão à PrEP, que contraiu o vírus HIV resistente a antirretrovirais.

O caso foi apresentado na Conferência de 2016  sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI) em Boston.

O indivíduo é um canadense de 43 anos, que faz sexo com homens, fazia uso do Truvada (medicamento utilizado na PrEP) com boa adesão há 24 meses.

Exames sorológicos mostraram positividade para o antígeno p2.

Sabemos que ele aparece por volta de 3 semanas após a Infecção pelo HIV e desaparece algumas semanas depois.

Os testes foram negativos para outros anticorpos que normalmente só aparecem 2 a 8 semanas após a infecção.

Tudo isso indica que sua infecção foi recente.

Na mesma amostra de sangue colhida para os testes sorológicos, foi também detectado altos níveis de Truvada.

Este paciente já está em uso de um esquema de antirretrovirais guiados pelos testes e se encontra em boa resposta.

Orientação do CDC:

de que os usuários do esquema, tomem a medicação diariamente.

Os estudos indicam que homens que fazem uso do Truvada pelo menos 4 vezes por semana já possuem um índice de proteção contra o HIV de 99%.

Estudos de vida real com o Truvada tem provado essa eficácia.

O Programa Kaiser acompanhou 1.400 homens em São Francisco que faziam uso regular do PrEP.

Nenhum deles contraiu o HIV, apesar da alta exposição, comprovada pela alta taxa de outras DSTs, inclusive dois casos de hepatite C.

Foram feitos analise do vírus, teste de resistência aos antirretrovirais e estudo de genotipagem.

Os testes indicaram que o vírus foi contraído de uma única pessoa que já possuía vírus resistente.

A pessoa fonte fazia uso de um esquema de antirretrovirais que tinham os componentes usados no Truvada e havia criado resistência a eles.

Apesar da importância do ocorrido, acredita-se que tal situação é rara.

Pesquisas recentes sugerem que entre todas as pessoas que contraem o vírus HIV, cerca de 1% pode contrair um vírus já resistente ao Tenofovir.

Fonte:

  • Revista “POZ

Artigo atualizado em 24/06/2018 20:59

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Publicador por
Dra. Keilla Freitas

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