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A síndrome de Haff, ou doença da urina preta, foi descrita em 1924 na Europa.
Trata-se de um conjunto de sintomas que podem aparecer em até 24hs após o consumo de alguns tipos de peixe como o tambaqui, badejo, arabaiana ou frutos do mar como a lagosta, lagostim e o camarão.
Podemos dizer então que trata-se de uma intoxicação alimentar.
Esta toxina ainda não foi identificada. Acredita-se que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas.
Contudo, a toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.
Mesmo o peixe cozido pode transmitir a doença pois o calor não consegue eliminar esta toxina.
Pode ser um escurecimento leve, que pode chegar a uma urina avermelhada ou provocar até mesmo naquela urina cor de Coca-Cola
A Toxina causadora da síndrome de Haff causa a destruição das fibras que compõe os músculos do corpo.
O músculo é feito de um tipo de proteína chamada mioglobina, que com a destruição do músculo cai no corrente sanguínea em grande quantidade para ser eliminada do corpo através dos rins.
Ao filtrar este sangue cheio de mioglobina, os rins se sobrecarregam e apresentam esta coloração escura.
Quando a lesão muscular ocorre de forma intensa e há grande quantidade de mioglobina passando pelos rins através do sangue, há uma lesão no rim, causando uma síndrome grave chamada rabdomiólise que pode levar inclusive à insuficiência renal
A doença é autolimitada e, na maioria das vezes, os sintomas melhoram a partir de 24 horas, e as dores desaparecem em até 72 horas.
Em casos raros a doença evolui com insuficiência renal e, excepcionalmente, à morte.
O primeiro relato de um surto de doença de Haff no Brasil ocorreu em 2008, no estado do Amazonas, e foi associado à ingestão de pacu. Não houve óbitos.
De 2016 a 2017, foram relatados mais de 100 casos no estado da Bahia e houve dois óbitos.
Chama a atenção o aumento agudo dos casos entre 2020 e 2021, quando já foram relatados mais de 200 casos nas regiões norte e nordeste do Brasil, em diversos estados, ainda com muito pouco registro de óbitos.
Não existe tratamento específico. O tratamento consiste em:
Não se deve dar anti-inflamatórios não-hormonais, pois eles podem precipitar insuficiência renal aguda.
Artigo atualizado em 21/12/2021 15:03
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