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Infecção Cirúrgica – Como Prevenir e Tratar

Infecção cirúrgica
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Infecção Cirúrgica. Todos sabemos que qualquer procedimento cirúrgico pode trazer riscos à vida de um paciente. Mas nem sempre lembramos que o período que sucede a cirurgia também pode levar a uma série de problemas, como por exemplo alguns tipos de infecções.

Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre as infecções após cirurgia, como preveni-las e tratá-las.

A Infecção Cirúrgica

As chamadas infecções pós-cirúrgicas ou infecções de sítios cirúrgicos, são infecções relacionadas a um procedimento cirúrgico que ocorre próximo ao local da cirurgia até 30 dias após o procedimento, ou até 90 dias após a cirurgia caso tenha algum implante envolvido.

Sua gravidade pode variar de acordo com diversos fatores, incluindo estado de saúde geral do paciente e região afetada.

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Existem mais de uma causa que pode levar ao paciente recém operado a desenvolver quadros de infecção na pele, onde a incisão foi realizada, músculos ou até mesmo em órgãos internos.

Causas da Infecção Cirúrgicas

Os principais fatores que podem originar quadros de infecção após cirurgia, são:

  • Bactérias de pele
    • A contaminação do sítio cirúrgico por bactérias que habitualmente vivem em nossa pele é considerada como a principal causa de infecções pós-cirúrgicas;
  • Controle e mitigação de contaminação ambiental
    • Salas de cirurgia, instrumentos cirúrgicos devem ser mantidos o mais estéril possível, com rigorosos protocolos de controle;
    • Equipamentos de proteção individual e higienização de mãos da equipe técnica
    • Controle de circulação de pessoal dentro do centro cirúrgico
  • Imunossupressão
  • Tempo de Cirurgia
    • Procedimentos cirúrgicos mais longos aumentam o tempo de exposição do paciente, elevando o risco de infecção;
  • Condições subjacentes
    • Diabetes,
    • Obesidade
    • Desnutrição
    • Doenças cardíacas
    • Tabagismo
    • Tratamento oncológico vigente
    • Infecção em outros sítios (como infecção urinária)
      • Antes da cirurgia eletiva, os pacientes com evidência de infecção ativa num local remoto devem completar o tratamento da infecção antes da cirurgia, particularmente em circunstâncias em que se prevê a colocação de material protético

Sintomas de Uma Infecção Adquirida Após a Cirurgia

A identificação de uma infecção pós-cirúrgica começa a partir de alguns sintomas físicos como por exemplo o inchaço, sensibilidade e vermelhidão no local onde o procedimento foi realizado. Além disso, a observação de dores persistentes, surgimentos de secreções como o pus ou outros fluidos e a presença de febre também são fatores que precisam ser verificados.

Dependendo da localização da cirurgia, pode haver também algum tipo de alteração no funcionamento do órgão afetado pelo procedimento.

Como Tratar uma Infecção Após Cirurgia

Após seu médico de confiança identificar a infecção e sua possível causa, algumas abordagens para o tratamento da condição podem ser necessários, tais como:

Uso de Antibióticos

A administração de antibióticos é frequentemente o primeiro passo para tratar infecções pós-cirúrgicas.

  • A via do antibiótico (oral ou endovenosa) será definida a depender da:
    • Gravidade da infecção,
    • Localização
    • Profundidade,
    • Histórico de uso de antibióticos anteriores
    • Perfil de sensibilidade de culturas prévias
  • O tempo de antibióticos irá depender da
    • Gravidade da infecção
    • Localização
    • Profundidade
  • Antibiótico tópicos
    • Apesar de ser tentador, não se trata infecção de sitio cirúrgico com antibióticos tópicos, seja qual for o esquema deve ser sempre sistêmico, seja oral ou endovenoso.

Curativo

É uma preocupação bastante recorrente entre pacientes com infecção de sítio cirúrgico sobre a:

  • Necessidade do uso de curativo
    • (é melhor deixar a ferida operatória aberta ou fechada?)
  • Limpeza da ferida operatória
    • Água e sabão
    • Soro fisiológico
    • Produto degermante
    • etc
  • Tipo de curativo
    • Gaze, faixa, curativo especial,
  • Medicações ou outros produtos tópicos que podem ser usados
    • Antibióticos tópicos
  • Tipo de fechamento de curativo
    • micropore, esparadrapo, etc
  • Frequência com que deve ser feito
  • Se pode ser molhado ou não
  • Com o que proteger o curativo caso não possa ser molhado, etc

Tudo isso deve antes de mais nada ser avaliado junto ao médico cirurgião caso seja necessário algo mais específico.

O médico infectologista também pode orientar

Caso seja necessário, há enfermeiros especialista em feridas que pode ajudar e muito tanto na orientação quanto no cuidado

Necessidade de Drenagem

Em alguns casos, pode ser necessário drenar fluidos acumulados para remover a fonte da infecção. Todo o material drenado de forma asséptica pode ser encaminhado para culturas e isolamento do agente infeccioso que irá guiar o tratamento antibiótico

Cirurgia de Revisão

Se o foco infeccioso se mantiver, pode ser necessária uma nova cirurgia nomeada de “cirurgia de revisão” para remover algum tecido infectado, o que acaba sendo uma excelente oportunidade para coletar material para culturas e isolamento de agente etiológico.

Controle da Dor e Inflamação

Alguns medicamentos podem ser prescritos para aliviar a dor e os incômodos da inflamação no paciente.

Acompanhamento Médico

O monitoramento contínuo é essencial para garantir que a infecção esteja respondendo ao tratamento.

A Avaliação da resposta terapêutica é feita através de:

  • Exame físico
    • Busca de sinais flogísticos (inflamatórios) no local da infecção como hiperemia (vermelhidão da pele), dor local, edema (inchaço), saída de secreção, deiscência (soltura) de pontos de sutura
    • Febre
  • Exames laboratoriais
    • Hemograma
      • Verificando células brancas, plaquetas, células vermelhas
    • Marcadores inflamatórios
    • Função renal
    • Função hepática
  • Exames de imagem
    • Ultrassonografia
    • Ressonância Magnética
    • Tomografia computadorizada

Além de todos os pontos citados acima, o repouso ou descanso adequado é vital para permitir que o corpo se recupere da melhor forma possível durante o tratamento da infecção após cirurgia.

Infecções Após Cirurgia: como prevenir

A prevenção de infecções após cirurgia é fundamental para o processo de recuperação do paciente. Algumas medidas comuns para prevenir infecções pós-operatórias são:

  • Avaliação pré-operatória
    • Toda doença preexistente que puder ser resolvida ou controlada antes de uma cirurgia eletiva deve ser feito
  • Adiamento cirúrgico eletivo em caso de infecção ativa
  • Higiene pessoal
    • Antes da cirurgia, o paciente deve realizar uma boa higiene pessoal, incluindo banho com sabonete antisséptico.
  • Antibióticos profiláticos
    • O médico pode prescrever antibióticos imediatamente antes da cirurgia para prevenir que haja algum tipo de infecção.
    • Prorrogar o antibiótico por um período maior que o necessário para a profilaxia cirúrgica não apenas não diminui as chances de infecção de sítio cirúrgico como aumentar as chances de uma infecção por bactérias resistente caso o paciente desenvolva esta complicação
  • Procedimentos assépticos
    • A equipe médica deve seguir rigorosos procedimentos assépticos durante a cirurgia para minimizar a introdução de bactérias.
  • Limpeza do local da cirurgia
    • O local da cirurgia deve ser limpo e preparado adequadamente antes do procedimento.
  • Monitoramento pós-operatório
    • Acompanhamento cuidadoso do paciente após a cirurgia é fundamental para detectar precocemente sinais de infecção.
  • Imunização

Prepare-se para qualquer complicação. Para saber mais sobre as infecções que podem ocorrer após a cirurgia, entre em contato com seu médico infectologista de confiança.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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