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Granuloma Inguinal ou Donovanose: Conheça

Donovanose
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Apesar de ser uma condição rara e pouco falada, a donovanose, ou granuloma inguinal é uma infeção sexualmente transmissível causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. Essa infecção afeta principalmente os órgãos genitais, a região perianal e a área inguinal (virilha).

A doença é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, especialmente em partes da África, América do Sul, Índia, Austrália e Caribe. Continue a leitura deste artigo e conheça melhor a donovanose, seus sintomas e meios de tratamento.

O Que é Donovanose

Causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, essa condição é basicamente transmitida pela via sexual, mas também pode ocorrer pela via fecal ou passagem do bebê pelo canal do parto com lesões.

Essa infecção afeta principalmente os órgãos genitais, a região perianal e a área inguinal (virilha). A doença é caracterizada pelo desenvolvimento de lesões na área genital e inguinal, que podem evoluir para úlceras ou nódulos. As lesões geralmente não são dolorosas, mas podem ser acompanhadas de secreção. Se não tratada adequadamente, a Donovanose pode levar a complicações, como a destruição de tecidos genitais.

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O Granuloma Inguinal ou Donovanose pode demorar de 3 dias a 6 meses para aparecer, mas no geral surge 50 dias após o contato.

Sintomas iniciais do Granuloma Inguinal ou Donovanose

As lesões podem se apresentar de vários tipos, mas as mais comuns são:

  • Ulceração vegetante de borda plana ou hipertrófica,
  • Bem delimitada,
  • Fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil,
  • Geralmente não afeta os gânglios regionais mas pode ocorrer Pseudo-bulbões (parecidos ao bulbão do linfogranuloma venéreo).

Granuloma Inguinal ou Donovanose

Evolução da doença

As úlceras presentes na região genital podem evoluir lenta e progressivamente, chegando até mesmo em estágio de necrose. As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a configuração em “espelho”, em bordas cutâneas e/ou mucosas. Também não há predileção pelas regiões de dobras e região perianal.

Além disso, não ocorre adenite, embora raramente possam se formar pseudo bubões (granulações subcutâneas) na região inguinal, quase sempre unilaterais.

Envolvimento extragenital do Granuloma Inguinal ou Donovanose

A localização extragenital é rara e, quase sempre, ocorre a partir de lesões genitais e perigenitais primárias. Pode ocorrer em 6 % dos casos, com maior risco em pacientes portadores de HIV.

  • Lábios, mucosa oral;
  • Couro cabeludo;
  • Abdome;
  • Braços;
  • Pernas;
  • Ossos.

Diagnóstico do Granuloma Inguinal ou Donovanose

O diagnóstico geralmente é feito por meio da observação clínica das lesões juntamente a testes laboratoriais, como cultura de tecido ou testes de ácido nucleico que podem ser realizados para confirmar a presença da bactéria.

O diagnóstico diferencial do Granuloma Inguinal ou Donovanose:

A lesão pode seguir se expandindo por anos se não tratada e pode voltar, mesmo após 18 meses do tratamento.

Complicações

  • Câncer (pode ocorrer em 25 pessoas a cada 10.000 infectados);
  • Inchaço crônico de uma das pernas (ocorre quando há obstrução linfática);
  • Inchaço crônico dos genitais;
  • Cicatrização com muita fibrose podendo levar a fimose ou outras deformidades funcionais;
  • Inchaço genital importante devido a obstrução dos vasos linfáticos;
  • Disseminação da infecção pelo sangue para órgãos como baço, pulmão, ossos e globo ocular, podendo levar à morte;
  • Auto-amputação do pênis portadores do HIV tipo 2 e infecção de longa data.

Tratamento

O tempo de antibiótico é de 3 semanas, independente da opção que pode ser:

  • Azitromicina;
  • Doxiciclina;
  • Eritromicina;
  • Ciprofloxacino;
  • Sulfametoxazol/Trimetoprima.

Prevenção e Importância do Acompanhamento Médico

As práticas sexuais seguras, incluindo o uso consistente de preservativos, são fundamentais para prevenir a transmissão de ISTs, incluindo a Donovanose. Manter consultas regulares com seu médico de confiança é a melhor maneira de identificar precocemente qualquer tipo de infecção sexualmente transmissível. Ao menor sinal de IST, converse com seu médico infectologista de confiança.

Fonte:

 

Artigo Publicado em: 12 de fev de 2017 e Atualizado em:23 de jan de 2024


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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